Studies in the Scriptures

Tabernacle Shadows

 The PhotoDrama of Creation

[left.htm]

 

ESTUDOS

DAS

ESCRITURAS

 

SÉRIE II

 O Tempo
Está Próximo

 

ESTUDO VII

DISPENSAÇÕES PARALELAS

 

A Idade Judaica um Tipo da Idade Evangélica — Notável Paralelismo ou Correspondência Entre as Duas Dispensações — Entretanto são Distintas — Superioridade da Era Cristã, os Antitípicos. O Contraste do Israel Carnal e Espiritual — O Exame de Proeminentes Paralelos — Notificação Especial de Paralelos de Tempo — Períodos de Favor do Israel Carnal — Tempo de Rejeição e Afastamento de Israel do Favor — O Período do Desfavor Demonstrado da Profecia para ser Igual ao Período de Favor — Testemunho Apostólico que seu Período de Desfavor é o Período para a Vocação Celestial do Israel Espiritual — A Duração da Idade Evangélica Demonstrada Indiretamente, mas Claramente — Harmonia da Cronologia Bíblica, Testemunho do Jubileu, Tempos dos Gentios, e outras Profecias com as Lições Destes Paralelos Incontestáveis, Conclusivos e Satisfatórios.

   

[201] NOS estudos prévios o fato tem sido citado com alusão, que os procedimentos de Deus com a nação de Israel eram de um caráter típico; no entanto poucos têm alguma concepção adequada de como na integra este foi o caso. Isto tinha indubitavelmente sido observado por muitos que os Apóstolos, particularmente Paulo, em instrução à Igreja cristã, freqüentemente refere-se a alguns delineamentos que chamam a atenção do típico e antitípico nas dispensações judaica e cristã. Mas uma contígua atenção e ensinamentos dos Apóstolos demonstrará que ele não apenas fez uso de umas poucas ilustrações tiradas da economia judaica, mas que em seus raciocínios finais ele chamou todo o sistema judaico como divinamente instituído (ignorando inteiramente a “tradição dos anciãos”, quais não eram parte daquele sistema), e indicavam que em todos seus aspectos eram então típicos da amanhecente dispensação cristã, projetando mais claramente o curso da Igreja cristã na Idade Evangélica, bem como indicando seu glorioso trabalho na Idade Milenar. [202]

Muitos presumem que as idades judaica e cristã são realmente uma, e que Deus tem selecionado a Igreja cristã logo no começo da existência da humanidade. Isto é um sério erro, qual obscurece e retarda a correta e clara compreensão de muitas verdades. Jesus foi o cabeça e precursor da Igreja cristã, que é seu corpo (Ef. 5:23; Col. 1:24); conseqüentemente ninguém precedeu ele como membro da Igreja. Se tivesse alguém precedido-o, ele não podia propriamente ser chamado o precursor. A “vocação celestial” para tornarem-se sacrificados juntamente, e finalmente coherdeiros com Ele, em outras gerações não foi manifestada. (Efésios 3:2, 5, 6) Os bons que viveram e morreram antes do pagamento atual de nosso resgate pelo precioso sangue nada sabiam desta “vocação celestial”. E desde que os dons e a vocação de Deus são favores imerecidos, não é feita injustiça para aqueles de outras eras ou outras gerações em não oferecer-lhes o mesmo favor. A chamada e favor para aqueles das idades passadas, como também serão para aqueles da idade vindoura, eram para honras terrestres, e glórias terrestres, e a vida eterna como seres (humanos) terrestres; enquanto a chamada e favor da Idade Evangélica são para honra e glória dos Céus, para uma transformação de natureza da humana em divina, e para poder, honra, e domínio nos Céus e na Terra, como seus co-herdeiros e colaboradores com Cristo. E desde que a Igreja desta maneira, separou-se do mundo, e desenvolveu-se durante esta idade, na idade vindoura é para ser o agente de Jeová na completa execução do seu grande plano das idades — um plano qual empreende os interesses não apenas da humanidade, mas também de toda criatura que está no Céu, e na Terra — maravilhosas têm sido as preparações feitas nas idades passadas para seu treinamento e instrução. E não menos maravilhoso tem sido o cuidado com qual estes, chamados para serem herdeiros da glória divina, têm durante esta idade sido treinados, disciplinados, guiados, e protegidos através do longo, difícil, caminho estreito, aberto primeiro por seu Senhor e Pre- [203] cursor, para eles seguirem as suas pisadas — como ele deixou o exemplo. — I Ped. 2:21.

Nosso Senhor passou os três anos e meio do seu ministério ajuntando em Israel, treinando e instruindo, os poucos discípulos que deviam formar os núcleos da Igreja cristã. Quando estava perto de deixá-los sozinhos no mundo ele deu-lhes a promessa do Espírito Santo, qual durante a idade inteira, deverá guiar a Igreja a toda a verdade, e lhes anunciará as coisas vindouras, e trará com renovado vigor aspecto sadio para recordarem o que ele tinha ensinado — promessa que começou de ser verificada e autenticada em Pentecostes. Também está escrito que os anjos são todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação (Heb. 1:14), e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. (Mat. 28:20) Todos os escritos dos Apóstolos são endereçados à Igreja, e não ao mundo, como muitos parecem pensar; e eles são cheios de instruções especiais, encorajamentos e exortações, necessários somente aos santos que durante esta idade estão andando no caminho estreito. E a revelação de Jesus Cristo, que depois de ter ele passado para a glória, Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e, enviando-as pelo seu anjo, as notificou [notificou — falando em sinais, símbolos, etc.] a seu servo João e através dele a sua Igreja. (Apoc. 1:1) Nos está também dito que as profecias dadas dantes pelos santos homens de outrora foram dadas, não a eles mesmos, nem a outros de seus dias e épocas, mas exclusivamente para instruções da Igreja cristã. — I Ped. 1:12.

Neste estudo pretendemos demonstrar que toda a nação judaica, durante aquela idade inteira, estava inconscientemente empenhada, sob direção de Deus, em fornecer-nos uma ilustração típica do plano inteiro de salvação em todas suas atividades, mesmo temos visto seus Jubileus indicando sobre a final consumação do plano nas bênçãos de todas as famílias da Terra. Isto é pelo nosso esboço [204] sobre este tesouro da verdade, tão abundantemente e especialmente provido à Igreja, que o Espírito de Deus alimenta-nos e guia-nos gradualmente a um mais e mais quase completo entendimento de seu plano, como rapidamente o conhecimento torna-se necessário para nós. E deste grande depósito Deus está agora fornecendo grande quantidade de luz especial e alimento necessários a nós nesta “ceifa” e tempo de consumação da idade. Visto que Deus tem estado dando tal cuidado e abundante provisão à Igreja cristã acima de todos outros povos do passado e idades futuras, como importante em sua estimação que o precioso conhecimento sera para nós, e como ansiosamente deveríamos tirar proveito disto.

Enquanto não queremos neste estudo ou volume entrar em uma detalhada pesquisa dos lineamentos típicos de Deus no procedimento com Israel, como demonstrados no Tabernáculo, e Templo, e ordenanças e sacrifícios, etc., agora pedimos atenção precisa a alguns do marcado e proeminente resumo ou rascunho da correspondência entre as dispensações judaica e cristã como típicas e antitípicas; por tudo que a Igreja cristã atualmente experimentou e executou, a Igreja judaica prefigurou. E muitos destes lineamentos de correspondências são paralelos não apenas no caráter, mas também nos seus relativos tempos de ocorrência. Até na sua história nacional, e na história de muitos indivíduos particulares daquela nação, encontramos correspondências marcadas pelas Escrituras. Algumas destas, cristãos que pensam têm por longo tempo notado, e outros têm inteiramente omitido. Aqui um bonito e frutífero campo de pensamentos e estudos abrese diante de nós.

Paulo designou a Igreja judaica “Israel segundo a carne”, e a Igreja cristã “o Israel de Deus”. (I Cor. 10:18; Gal. 6:16) Nós podemos portanto propriamente designá-los Israel carnal e Israel espiritual. O eminente plano da casa espiritual é também apontado pelo Apóstolo quando descreve o Israel carnal como uma casa [família] dos servos, e Israel espiritual como a casa dos filhos.  [205] (Heb. 3:5, 6; Rom. 8:14) A casa carnal eram os seres honrados da casa espiritual em várias maneiras, no entanto liderados, visto que inconscientemente naquele instante, sob o arranjo de Deus, pantomimas ilustrações de coisas espirituais, quais, se estudar e prestar atenção, grandemente abençoam e alumiam a casa dos filhos.

Em ambos os casos tem havido um Israel nominal e um Israel real, na estimação de Deus, entretanto para o homem eles têm aparecido como um; o nominal e o real não sendo claramente distinguíveis até o fim ou tempo da ceifa de suas respectivas idades, quando a verdade naquele tempo devido trouxe à luz realizando a separação, e fez manifestações quais são do real e quais do mero Israel nominal. Da casa carnal Paulo disse: “Porque nem todos os que são [nominalmente] de Israel são israelitas”. (Rom. 9:6); Jesus reconheceu tal fato quando de Natanael disse a seu respeito: “Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!” e também quando no tempo da ceifa ele separou o real do nominal, e chamou o primeiro de trigo valioso e o posterior de mero joio — ainda que comparativamente, o trigo era somente um punhado e o joio incluía quase toda aquela nação. Em uma proporção similar, e sob uma figura similar, os nominais e os reais membros do Israel espiritual da Idade Evangélica são apontados; e sua separação, também, é por ocasião da ceifa — no fim da Idade Evangélica. Então só o trigo — um comparativo pequeno número, “o pequeno rebanho” — serão separados das massas do Israel spiritual nominal, enquanto a grande maioria, sendo joio e não o verdadeiro trigo serão rejeitados como indignos do principal favor para o qual eles foram chamados, e não serão contados entre as jóias do Senhor. — Rom. 9:27; 11:5; Luc. 12:32; Mat. 3:12; 13:24-40.

O cabeça da casa carnal foi Jacó, cognominado Israel (um príncipe); e através de seus doze filhos ele fundou a casa qual leva seu nome, Casa de Jacó, a Casa de Israel. Igualmente aconteceu com a Casa Espiritual: seu fundador, Cristo, estabeleceu-a através [206] dos doze Apóstolos; e esta casa também leva o nome do seu fundador — A Igreja de Cristo. Com referência ao tempo, Deus chamou o Israel carnal primeiro; mas com referência ao favor, e no tempo de realização, Israel espiritual veio a ser primeiro. Pois há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos. (Luc. 13:30) As Escrituras marcam claramente estas duas casas de Israel como sendo uma descendência carnal de Abraão e a descendência espiritual de Jeová — o Pai celestial, aquele que Abraão tipificava.

Alguns estão cegos para importantes verdades pela suposição que a expressão, “as duas casas de Israel”, refere-se as duas divisões do Israel carnal, depois da separação nos dias do filho de Salomão, Roboão. Unicamente é tão necessário lembrar que depois do cativeiro em Babilônia, sob a sua restauração à Palestina, a todos israelitas, de todas as tribos então cativos em todo o domínio universal da Medo-Pérsia, incluindo a região da Síria ou Babilônia, foram dadas liberdades para voltarem a sua própria terra se eles preferissem. (Esd. 1:1-4) Muitos dos israelitas fiéis de todas as tribos, que tinham respeito a promessas de Deus associadas com a terra santa e a cidade santa, voltaram a várias cidades da Palestina. Da tribo de Judá, a tribo principal, na qual estava investido o reinado oficial, e no cujo território Jerusalém, a cidade principal estava localizada, naturalmente tornou-se uma parte principal em sua reconstrução; no entanto depois que voltou da Babilônia, Israel não era mais uma nação dividida, mais habitada juntamente como no princípio, como um povo e era conhecida por um nome original, Israel. — Veja Neem. 11:1, 20; Esd. 2:70.

Isto é mais adiante enfatizado no Novo Testamento. O Senhor e os Apóstolos falam do Israel carnal como um. Paulo disse que Israel procurou, mas que somente um “remanescente” foi achado digno. (Rom. 10:1-3; 9:27; 11:5-12, 20-25; At. 26:7) Nosso Senhor disse que ele; Não foi enviado senão às [todas] ovelhas perdidas da casa de Israel; Ainda quando ele não permitia seus discípulos saírem fora de Palestina para procurarem elas (Mat. 10:5, 6; 15:24),  [207] isto é evidente que aqueles que viviam na Palestina representavam todo Israel. Pedro também, fala do Israel carnal como uma casa; e discursando ao povo em Jerusalém ele disse: “Saiba pois com certeza toda a casa de Israel” etc. Tiago também fala das doze tribos como um povo. (At. 2:36; Tiago 1:1) Muitos de todas as tribos habitaram na Palestina, e muitas de todas as tribos habitaram em nações vizinhas. Deste modo Paulo encontrava e proclamava o Evangelho aos israelitas em quase todas cidades quais ele visitou na Ásia Menor e Itália, mas eles eram sempre reconhecidos como uma nação, Israel espiritual seria somente outro Israel.

Deus tem feito pactos ou promessas às duas casas de Israel. As promessas para a casa carnal eram todas terrestres, enquanto as promessas para a casa espiritual são todas celestiais. Embora as promessas para a casa carnal foram (e ainda são) grandes e preciosas, as promessas para a casa espiritual são caracterizadas como as “melhores promessas”, e “preciosas e grandíssimas promessas”. (Heb. 8:6; 2 Ped. 1:4) Para a casa carnal isto foi dito: “Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu pacto, então sereis a minha possessão peculiar dentre todos os povos, porque minha é toda a terra; e vós sereis para mim reino sacerdotal e nação santa.” E ainda que todo Israel respondeu e disse: “Tudo o que o Senhor tem falado, faremos” (Êx. 19:5-8), e depois não cumpriram o seu pacto, mas os fiéis entre eles, que sinceramente esforçaram-se em suas fraquezas para o cumprirem, na Idade Milenar serão “príncipes sobre toda a terra”. Membros da fase terrestre do Reino de Deus. — Veja Vol. I., Estudo XIV.

Para a casa espiritual, pelo contrário, está dito: “sois edificados como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios* espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus [208] Cristo. ... Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz: vós que outrora nem éreis povo, e agora sois povo de Deus”. — I Ped. 2:5, 9, 10.

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*A palavra espiritual antes de sacrifícios neste texto (verso 5) é omitida no velho manuscrito grego — o Sinaítico. A correção desta omissão é evidente quando refletimos que não são coisas espirituais que são sacrificadas, mas terrestres, ou privilégios humanos, direitos, etc

 

Israel carnal tinha por uma ordenação de Deus um Tabernáculo feito com mãos, qual era típico em ambos: nos próprios e em todos seus serviços. (Heb. 9:1, 2, 9, 10) Mas Israel espiritual tem “o verdadeiro [o antitípico] tabernáculo que o Senhor fundou, e não o homem”. (Heb. 8:2) Para os serviços do Tabernáculo típico um sacerdócio típico era ordenado, do qual Arão era o cabeça, qual oferecia sacrifícios típicos pelos pecados dos povos típicos, e realizava uma purificação ou justificação típica todo ano. O Tabernáculo antitípico tinha seu sacerdócio, qual oferecia sacrifícios melhores (Heb. 9:23), qual atualmente e para sempre cancela os pecados de todo o mundo. E deste sacerdócio nosso Senhor Jesus é o cabeça — o Sumo Sacerdote da nossa confissão [ou ordem] — a Igreja que é o seu corpo sendo os seus membros subsacerdotes. Toda a Igreja nominal não é este sacerdócio — mas a Igreja verdadeira, a fiel em Jesus Cristo, aquela que segue as pisadas do nosso grande Sumo Sacerdote em sacrifício.

Outro marco característico desta correspondência com o tipo e antítipo, notado nas Escrituras, é que duas casas de Israel (carnal e espiritual) foram levadas cativas para Babilônia. Isto será visto mais claramente quando em um estudo sucedente voltaremos a ver “A grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra.” (Apoc. 17:5, 6) Meramente noticiamos aqui a correspondência. Israel carnal foi levado cativo para Babilônia literal, qual foi construída junto ao literal rio Eufrates, enquanto na Idade Evangélica, a Babilônia mística ou figurativa, qual levou cativo o Israel espiritual, é retratada como situada sobre o místico Eufrates. No tipo, as vasilhas de ouro do Templo eram carregadas e [209] profanadas pela Babilônia literal: no antitípico, as preciosas verdades divinas (de ouro), pertencentes ao serviço do verdadeiro Templo, a Igreja (I Cor. 3:16, 17; Apoc. 3:12), eram removidas longe de seus próprios lugares, pervertidas e empregadas mal pela Babilônia mística. Babilônia literal foi construída e existiu sobre o rio Eufrates, qual materialmente contribuiu para sua prosperidade e riquezas, sua derrota foi concluída pela ação de desviar aquelas águas para outro lado. Também a Babilônia mística está assentada sobre, é suportada por, muitas águas (povos e nações) e sua queda é predita através de desvio para um lado de seus apoiadores e suportadores, o povo. — Apoc. 16:12; 17:15.

TEMPOS PARALELOS

Comensurando

Sombra e Substância — Tipo e Antítipo

Agora chegamos à consideração de que o delineamento mais maravilhoso desta correspondência típica, a saber, o elemento de tempo, qual em cada instante sustenta e corrobora as datas indicadas pelos Jubileus, a Cronologia, e o profetizado fim dos Tempos Gentios. E é com esta finalidade particularmente que este assunto é aqui introduzido — para que a força deste paralelismo maravilhoso possa aumentar e confirmar a fé dos filhos de Deus no elemento de tempo de seu plano, como isto era evidentemente intentado fazer-se. Heb. 9:9, 23; 10:1.

De todas as profecias e provas de tempos aí nenhum é mais surpreendente e convincente do que este um. A lição dele é surpreendente por causa de muita simplicidade, e leva convicções aos corações dos humildes. Não apenas o Israel carnal e suas cerimônias foram típicos, mas também a Idade Judaica foi típica da Idade Evangélica. Elas são exatamente da mesma duração e corresponde uma para a outra; de tal grau que, vendo e apreciando [210] a Idade Judaica, sua duração, e as peculiaridades de sua ceifa ou fim, podemos saber a exata duração da Idade Evangélica, seu antitípo, e podemos saber o que podemos esperar, e quando, na ceifa da Idade Evangélica. Mas deixe agora procedermos para demonstrarmos isto; no entanto podemos tomar isto por certo nos princípios gerais, e dizermos que os vários delineamentos do sistema judaico correspondem àqueles da Idade Evangélica, portanto também o tempo deve corresponder, todavia Deus não tem deixado portanto deduzirmos isto, mas tem claramente ainda que indiretamente nos dito assim.

Paulo disse-nos que Deus tinha jogado para fora a casa carnal do favor ou graça, durante o tempo da seleção da casa espiritual; e que quando a casa espiritual tiver sido selecionada, então o favor ou a graça de Deus voltará à casa carnal. Ele disse: “Porque não quero, irmãos [irmãos da Igreja, ou Israel espiritual], que ignoreis este mistério (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, [natural, ou carnal] até que a plenitude dos gentios* haja entrado; como está escrito: Virá de Sião o [prometido] Libertador, [o Cristo — nosso Senhor, o cabeça, e os remanescentes ou pequeno número de fiéis, de ambas as casas nominais de Israel, quais devem compor seu corpo, a Igreja] e desviará de Jacó as impiedades. E assim todo Israel sera salvo e este será o meu pacto com eles, quando Eu tirar os seus [211] pecados. Quanto ao evangelho [a vocação celestial ou a alta vocação desta idade], eles na verdade, são inimigos [jogados fora] por causa de vós [para que vocês possais ter a preferência e herdarem a parte melhor, das partes espirituais das promessas]; mas, quanto à eleição [pela qual eles foram escolhidos para receberem favores terrestres especiais de Deus, prometidos para seu pai Abraão e sua descendência natural], eles são amados por causa dos pais. Porque os dons e a vocação de Deus são irretratáveis.” O que Deus tem prometido com certeza se cumprirá. Conhecendo o fim desde o começo, Jeová nunca fez um convênio ou pacto qual Ele necessitaria ou desejaria dissolver.

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*Ninguém deve confundir esta “plenitude dos [ou, dentre os] gentios” com o “Tempo dos Gentios” mencionado antes. O “Tempo dos Gentios”, tem sido demonstrado no período de tempo durante o qual está permitido aos gentios governarem o mundo; enquanto a “plenitude dos gentios” refere-se ao número total para ser selecionado dentre os gentios, para completar a Igreja Evangélica que, com os “remanescentes” selecionados dentre os israelitas (quais incluem também os Apóstolos), devem constituir a Igreja de Cristo, A Nação Santa, o Sacerdócio Real, o Reino de Deus, a quem o reino e domínio da Terra deverá ser submetido.

 

Nesta profecia o Apóstolo dá uma ilustração da duração da Idade Evangélica, pela demonstração que isto começou com rejeição de Israel carnal, e que isto terminará com sua restauração ao favor. Dando lugar às declarações de Paulo e Pedro (Rom. 11:27 e At. 3:19-20) juntos, nós aprendemos que o tempo para a volta do favor ou graça a Israel será no começo dos Tempos da Restauração, no segundo advento de nosso Senhor. Paulo disse, a volta do favor para aquele povo será quando Deus tirar os seus pecados, Pedro disse, será refeito nos tempos de refrigério ou restauração qual virá quando nosso Senhor virá outra vez, quando os céus por longo tempo não retém-no.

A data do segundo advento do nosso Senhor, e a aurora dos Tempos da Restauração, nós já temos demonstrado para ser em 1874 d. C. Devemos esperar, portanto, para alguns sinais de Deus da volta do favor ou graça ao Israel carnal logo depois de 1874 d. C., como um dos primeiros pontos mais importantes da obra da restauração. E, com certeza suficiente, vemos o favor ou a grace começando de voltar a eles. E cada nova evidência da remoção da cegueira de Israel, e volta do favor divino para eles, é, quando avaliado pelas palavras dos Apóstolos, uma nova prova que a Idade Evangélica está finalizando e que o “pequeno rebanho” está perto de ser completado. Mas temos outra prova qual nos fornece a data [212] exata em que o favor deve começar de voltar a Israel. Até aqui temos meramente visto que à medida que o Israel carnal foi rejeitado da condição é a medida do tempo de favor especial a outros, para o chamamento de outros povos (gentios) para serem co-herdeiros de Cristo, qual chamamento finaliza-se no começo dos Tempos da Restauração; mas não logo no começo (demonstram outras profecias).

No entanto fazemos pausa por um momento — para não deixar equívoco neste ponto: Quando a vocação para o alto privilégio de tornarem-se membros da Igreja, a noiva e co-herdeiros de Cristo, cessar, isto de nenhuma maneira não significa que todos desses já chamados são certamente contados por dignos, e por esta razão por eleitos: “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” Porque somente uns poucos dos chamados condescendem com as condições da chamada. Isto também não faz dedução que a estes não chamados, para esta “vocação celestial”, depois não seriam oferecidos outros favores. O fato é, que quando esta “vocação celestial”, cessar, isto é porque o grande Desenhista do plano das idades terá completado aquela parte do seu plano intentado para ser concluído na Idade Evangélica — a saber, a seleção da Igreja Evangélica, a noiva de Cristo. Todos povos não foram chamados para esta eminente honra. Estamos especialmente informados que o desígnio de Deus era selecionar para este propósito somente um número limitado, um “pequeno rebanho”, quando comparado com as massas da humanidade. Depois de ter sido chamado o número suficiente, o tempo da chamada termina-se e não é próprio para estender por longo tempo esta chamada para outros, ainda seria possível a estes já chamados, que têm aceitado a chamada para fazer firme a sua vocação e eleição; pela lealdade a seus convênios de inteira consagração a Deus, mesmo até a morte; e ainda seria possível a estes fracassar em fazer assim. Esta chamada, qual deve terminar quando o suficiente número ter sido convidado do qual se completará o favorecido “pequeno rebanho”, o corpo de Cristo, [213] está longe o limite da existência do amor de Deus, favor e chamamento. Seu fim meramente determinará o encerramento da alta vocação ou “vocação celestial”. Pois onde esta vocação termina-se, onde esta porta de oportunidade e favor fecha-se, outra porta começa de abrir-se — a porta da oportunidade para entrar no caminho santo, e ascenderão depois disso — não para a natureza divina, para qual a Igreja Evangélica era chamada, mas para vida eterna e perfeição como seres humanos. Veja Vol. I., estudos X e XI.

Mas agora quanto à data exata da volta do favor a Israel, qual marca o fim exato da vocação celestial — a partir de qual data Israel começará gradualmente de ver, e de ter aumentado as evidências da volta ao favor divino, e a partir da qual data também a vocação de Deus para honras celestiais cessará, e somente esses já chamados serão privilegiados para obterem este prêmio pela fidelidade até o fim da vida:

Israel carnal, tal como Israel espiritual, eram chamados por Deus para serem seu povo peculiar, possessão peculiar acima de todos outros povos (possessão na terra, e um típico do outro, que é possessão nos céus). Separados do mundo, eles foram recebedores do favor especial de Deus por mil oitocentos e quarenta e cinco (1845) anos. Este período começou com o início de sua vida nacional, desde a morte de Jacó, o último dos patriarcas, quando eles foram pela primeira vez reconhecidos como uma nação, e chamados “As Doze Tribos de Israel”, um nome nacional. Veja Gên. 49:28; 46:3; Deut. 26:5. Estes mil oitocentos e quarenta e cinco anos de vida nacional e favor terminaram com a sua rejeição do Messias — 33 d. C. — quando, cinco dias antes de sua crucificação, ele apresentou-se a eles como seu rei, e, não sendo recebido declarou: Eis aí abandonada vos é a vossa casa.” (Mat. 23:38) Este, o fim de seu favor, era o ponto de sua queda, qual continuou por trinta e sete (37) anos, e terminou em 70 d. C. com a destruição total de sua constituição nacional, tanto como de sua ci- [214] dade, templo, etc. Deve ser notado, entretanto, que Deus continuou seu favor a individuais daquela nação, depois que a nação, como uma nação, tinha sido rejeitada, pois o chamamento para o evangelho era restringido a individuais daquela nação por três anos e meio depois de Pentecostes, após a morte de Cristo — não atingindo Cornélio o primeiro gentio assim favorecido (At. 10), até aquele tempo. Isto era o completo fim das sete semanas de favor prometidos através de Daniel, como tinha sido escrito: “E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana”. Essa setuagésima semana de anos começou com o batismo de nosso Senhor; sua cruz, como predito, marcou a metade da semana; e o favor foi restringido a Israel carnal até seu fim.

Durante seu longo período (1845 anos) de favor nacional, durante qual outros foram ignorados, Israel teve castigos e bênçãos combinadas. No entanto seus castigos por pecados eram evidências e elementos do favor de Deus e paterno cuidado com eles. Ele enviou aflições sobre eles, e freqüentemente permitia que eles fossem levados para o cativeiro, quando eles esqueciam e desobedeciam Ele; mas quando eles arrependiam-se e clamavam ao Senhor ele sempre os ouvia e os libertava. A história inteira daquele povo, como recordada em Êxodo, Josué, Juízes, Crônicas e Samuel, atestam que Deus não escondeu longamente sua face deles, e que os seus ouvidos estavam atentos ao seu clamor — e assim foi até o dia, em que ficou abandonada a casa deles. Mesmo naquele dia, Deus perdoou-lhes mais do que sempre, e tinha enviado-lhes o Messias por longo tempo prometido, o Libertador, na pessoa do nosso Senhor, seu Filho. A incapacidade daquela nação por longo tempo para ser sua possessão especial, ou em alguma medida para representar o Reino de Deus na terra, foi manifestada na sua rejeição do santo, inocente, imaculado, e no seu desejo de um assassino no seu lugar.

Desta maneira, por causa de sua incapacidade, o dia do seu grande favor tornou-se o dia de sua rejeição e queda do favor. E o [215] grande favor de tornar-se co-herdeiros com o Messias, qual Israel, exceto os fiéis “remanescentes” (Is. 1:9; 10:22, 23; Rom. 9:28, 29; 11:5), desta maneira errando pela sua cegueira e dureza de coração, fora oferecido aos crentes gentios: não a nações gentias, mas aos justificados crentes de toda nação — embora o favor estava primeiramente, por três anos e meio, restringido exclusivamente a crentes da nação de Israel. Cegados como um povo pelos preconceitos nacionais, o grande prêmio qual lhes foi oferecido primeiro, mas do qual eles tornaram-se indignos, passou para uma nação santa, um povo peculiar, composto de dignos remanescentes da sua nação, com outros chamados das nações gentias, que em seus arrogantes orgulhos os judeus desprezavam como “cães”, chamando-os de cachorros. E o prometido favor de Deus não voltará a eles como a um povo, para remover sua cegueira, e para guiá-los como os primeiros frutos das nações para bênçãos terrestres, até que o número completo de “um povo todo seu” tenha sido chamado dos gentios — até que a plenitude dos gentios haja entrado neste alto favor ou graça.

Portanto, como Paulo declarou (Rom. 11:7), O que Israel busca, isso não o alcançou; isto é, o favor ou a graça principal. Supunham que o favor principal são as bênçãos terrestres, e no orgulho de seus corações reivindicavam que essa bênção principal lhes pretence como seu direito natural de primogenitura, e como além disso merecida pelos seus trabalhos, eles cegamente tropeçaram e a rejeitaram como um favor através de Cristo. Como Davi tinha profetizado, sua mesa — tão fartamente posta com ricas promessas e bênçãos oferecidas a eles através de Cristo — tornou-se “em laço, e em armadilha, e em tropeço, e em retribuição”; por causa da dureza de coração. (Rom. 11:9, 10; Sal. 69:22-28) Cristo, quem veio para redimir e quem teria exaltado eles a uma posição de glória além de sua habilidade para desejar ou imaginar, era para seu orgulho “uma pedra de tropeço, e uma rocha de escândalo”. Rom. 9:32, 33; Is. 8:14. [216]

No entanto a cegueira de Israel era somente um “endurecimento em parte”, e não uma perda total de visão; para o testemunho da Lei, dos profetas e dos Apóstolos eram abertos e tornaram-se acessíveis a todos, quer judeu ou gentio; e durante a Idade Evangélica todo judeu aquele que quisesse resolutamente remover os filmes de preconceito e orgulho, e humildemente e agradecidamente aceitar o favor de Deus com seu irmão gentio, podia fazer assim. Poucos têm sido capazes de fazer assim; e o favor não será garantido, e nem esforços especiais para convencêlos como uma nação da verdade, ou para dominar seus preconceitos, serão empregados, até que a plenitude dos gentios haja entrado: ou, em outras palavras, até o Israel espiritual ser completo.

Desde a rejeição do Messias — desde que a sua casa ficou abandonada — Israel não tinha tido sinais do favor de Deus. Mesmo os judeus devem admitir que suas lágrimas, gemidos e súplicas têm ido sem resposta; e, como profetizado pelos seus profetas, eles têm sido “objeto de espanto e de assobio” para todas as nações. Ainda que outrora Deus ouvia suas orações, e marcava suas lágrimas e os restituía a sua própria terra e continuamente favorecia-os, desde esse tempo Ele não cuida-os e não lhes concede nenhum favor. Desde que eles disseram: “O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos”, eles têm tido castigos contínuos: eles têm sido espalhados e perseguidos entre todas as nações, assim como profetizado. Estes são os fatos como todos podem ler nas páginas da história. Agora voltaremos às profecias e veremos como detalhadamente estes fatos foram preditos, e o que os mesmos profetas têm a dizer concernente ao seu futuro.

Através do profeta Jeremias (capítulo 16), em seguida falando a Israel como ele tinha abandonado-o, Deus disse: “Portanto eu vos lançarei fora desta terra, para uma terra que não conhecestes, nem vós nem vossos pais; e ali servireis a deuses estranhos [governos] de dia e de noite; pois não vos concederei favor algum. (versí- [217] culos 9-13) Estes dias vieram quando eles rejeitaram o Messias. Quão literalmente esta ameaça tem-se cumprido, todos podem julgar, e eles mesmos devem admitir. Esta profecia não pode referir-se a alguns de seus anteriores cativeiros nas nações vizinhas — Síria, Babilônia, etc. Tal inferência está protegida na expressão: “para uma terra que não conhecestes, nem vós nem vossos pais”. Abraão veio de Ur da Caldéia — Babilônia — e Jacó da Síria. (Deut. 26:5) A dispersão de Israel entre todas as nações desde o fim de seus 1845 anos de favor, e não outros de seus cativeiros, encaixa esta evidente expressão — uma terra que não conhecestes, nem vós nem vossos pais. Pois então, isto, junto com o não favor, positivamente marca esta profecia como relativa à presente dispersão de israelitas entre todas nações.

Mas ainda que Deus cortou-os de todo favor (graça) por um espaço de tempo, Deus não os deixará rejeitados para sempre, mas disse — Jer. 16:13-15: “Portanto, eis que dias vêm, diz o Senhor, em que não se dirá mais: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito. mas sim: Vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do norte [Rússia, onde reside quase a metade da raça hebraica], e de todas as terras para onde os tinha lançado; porque eu os farei voltar à sua terra, que dei a seus pais.”

Poderíamos multiplicar citações dos profetas e Apóstolos concernentes à ultima volta do favor de Deus a Jacó, ou Israel segundo a carne, depois da seleção do completo número “do corpo de Cristo” dentre os gentios, mas o estudante pode então fazer pelo uso de uma Concordância ou uma Referência Bíblica. Entre muitas indicadas referências a este favor para ser restaurado a Israel, no Novo Testamento, isto é por Tiago, At. 15:14-16, e por Paulo, Rom. 11:26. Mas primeiro, eles devem beber muito dos últimos tragos de seus castigos; e assim isto é expressado nesta notável profecia (versículo 18); “E primeiramente [antes do favor vir] eu [218] retribuirei em dobro a sua iniqüidade e o seu pecado”. A palavra hebraica aqui interpretada “em dobro” é mishneh, e significa uma segunda porção, uma repetição. Portanto compreendida, a declaração do Profeta é, que desde o tempo da sua rejeição existente do favor até o tempo de sua volta ao favor seria uma repetição, ou duplicação de tempo, de sua história prévia, durante o tempo em que eles tinham desfrutado o favor divino.

Como mostrado no diagrama adjunto, o período do seu favor, desde o início de sua existência nacional com a morte de Jacó, até o fim daquele favor com a morte de Cristo, 33 d. C. foram mil oitocentos e quarenta e cinco (1845) anos; e aí o seu “em dobro” (mishneh) — a repetição ou duplicação da mesma duração de tempo, mil oitocentos e quarenta e cinco (1845) anos, sem favor — começou. Mil oitocentos e quarenta e cinco anos desde 33 d. C. demonstra 1878 d. C. para ser o fim do seu período de desfavor. 33 d. C. mais 1845 igual 1878 d. C.

Todos estes pontos proféticos são claramente marcados no passado, e nós devíamos esperar alguma evidência da volta do favor de Deus a Israel carnal [“Jacó”] em 1878 d. C. ou em redor desta data. Isto nós interpretamos encontrando, no acontecimento que agora é permitido para os judeus privilégios na Palestina negado-lhes durante séculos passados. E foi exatamente naquele ano — 1878 d. C. em que seu “em dobro” estava completo, e o favor de Deus devido devia voltar a esse povo — que o “Congresso das Nações em Berlim” foi apoio, no qual o Lord Beaconsfield (um judeu), então Primeiro Ministro da Inglaterra, era a figura central e ocupou a parte principal. A Inglaterra havia assumido um protetorado geral sobre províncias asiáticas da Turquia, entre qual a Palestina; e o governo turco emendou suas leis relativas a estrangeiros, quais grandemente melhoraram as condições dos judeus então residentes na Palestina, tanto como parcialmente abriram as portas a outros para fixarem residências lá, com o privilégio de tornarem-se proprietários de bens imóveis. Antes, os judeus não eram “mais do que um cão”, para serem tratados a [221] socos, a ponta pés, e abusados pelo governo de seu Mohammedan, e eram negados os mais ordinários privilégios de existência, na terra santa para eles com memórias do passado, e com promessas concernentes ao futuro.

 

“DUAS CASAS DE ISRAEL.”

—TEMPOS PARALELOS—

 

 

 

No mesmo tempo em que a porta da Palestina, portanto, abriu-se diante deles, uma feroz perseguição surgiu na Romênia e Alemanha, e especialmente na Rússia, onde ainda continua — aumentando. Por um regulamento após outro eles têm sido privados dos direitos e privilégios por estes governos, tanto como tumultuados pelos seus vizinhos, até que eles fossem compelidos para deixarem aqueles países em grande número. No entanto esta perseguição é indubitavelmente também um favor, assim como tenderá, e já tem tendido a motivá-los para olharem Jerusalém e seus convênios ou pactos, e para lembrá-los que são herdeiros de certas ricas promessas terrestres.

Mas devemos lembrar que o ano 1878 d. C. era entretanto o ponto decisivo da volta do favor para Israel carnal. Já temos apreendido, do nosso estudo sobre “Os Tempos dos Gentios”, que Jerusalém e seu povo continuariam sendo pisados — controlados e oprimidos pelos gentios — “até que os tempos destes se completem”, e por esta razão, ainda que o favor era devido e começou em 1878 d. C., os judeus não seriam recebidos de volta para pleno favor até depois de 1915. Portanto sua ascensão ao favor será gradual, assim como foram caindo dele. E notável, também, que estes dois períodos de sua queda e ascensão são exatamente de mesma duração — a queda era gradual, com aumento cinético, por trinta e sete anos, a partir de 33 a. C. onde seu favor nacional cessou, até 70 d. C., onde sua existência nacional terminou, a terra foi desolada e Jerusalém totalmente destruída. A história desse modo marca o começo e o fim de sua queda, enquanto as profecias marcam ambos fins de sua ascensão — 1878 e 1915 — demonstrando um paralelo exato dos trinta e sete anos. Isto é uma parte adicional do seu mishneh (“em dobro”) [222] mencionado pelo profeta.

Entretanto os pontos decisivos da Idade Judaica e da Idade Evangélica são portanto claramente marcados para os anos 33 d. C. e 1878 d. C. respectivamente, pela rejeição de Israel e volta para o favor, no entanto o trabalho de cada uma destas idades envolve de outro lado a idade sucedente. Portanto o ponto decisivo da Idade Judaica sendo alcançado, sua idade depois disso se sobrepõe à abertura da Idade Evangélica, justamente quando à volta do seu favor, qual é uma das aberturas de lineamentos da Idade Milenária sobrepondo-se durante o fim ou ceifa da Idade Evangélica. Por trinta e sete anos (desde 33 d. C., o fim de seu favor nacional, até 70 d. C., sua total destruição) Israel, exceto os fiéis remanescentes, estavam caindo, os crentes gentios levantavam-se — a Idade Judaica estava terminando e a Idade Evangélica estava começando; e por trinta e sete anos (desde 1878 d. C; até 1915 d. C.) a Idade Evangélica conclui-se, e as desgraças e ameaças preparam-se e vêm sobre a assim chamada cristandade, exceto os fiéis remanescentes, enquanto a obra de restauração de Israel e de todos os povos está preparando-se. Isto quer dizer, as datas 33 d. C. e 1878 d. C. marcam quando as obras das respectivas novas idades começaram, ainda que a obra da ceifa da precedente idade, e destruição de rebotalhos era admitida para continuar trinta e sete anos dentro da nova, em ambos casos. Desta maneira a sobreposição das dispensações tanto como os limites finais de cada uma, esta claramente definido.

Um trabalho dobrado cabe a cada um destes períodos sobrepostos: a demolição do velho e o estabelecimento do novo arranjo ou dispensação. E como a Idade Judaica e o povo eram somente figuras ou sombras, devemos esperar que os resultados aqui sejam muito mais extensivos do que lá; e portanto devemos encontrá-los. Este duplo trabalho é demonstrado na declaração do profeta Isaías — “Porque o dia da vingança estava no meu coração, e o ano dos meus remidos é chegado.” — Is. 63:4. [223]

Isto não são fábulas engenhosas correspondentes, arranjadas para ajustar os fatos; pois muitos destes paralelos, e outras verdades, foram vistos das profecias, e foram proclamados como aqui apresentamos, vários anos antes de 1878 d. C. — esse ano foi anunciado como o tempo da volta do favor para Israel, antes de vir, e antes de algum evento marcar assim. O autor deste volume publicou estas conclusões tiradas das Escrituras, em forma de panfleto, na primavera de 1877 d. C.

O testemunho raramente poderia ser forte, e no entanto seria mantido secretamente até o presente tempo oportuno e até que a ciência se multiplicasse, e os sábios [no verdadeiro ensino celestial] entenderão. O ano exato da rejeição de Israel — sim, igualmente até o dia — nós sabemos; que eles estavam para ter um mishneh ou em dobro, o Profeta explicitamente declarou; que este period paralelo é de mil oitocentos quarenta e cinco anos, e que terminou em 1878 d. C., supomos ter demonstrado claramente; e que este se distinguiu pelo favor ou graça num fato indisputável. E guardais na memória, também, que é desde o fim do seu “em dobro” que o Prof. Delitzsch tem publicado sua tradução hebraica do Novo Testamento, qual já está nas mãos de milhares de hebreus e despertou muito interesse. E além disso, lembra que o grande movimento cristão entre os hebreus desde os dias dos Apóstolos, dirigido por Rabinowitsch e outros, está agora em progresso na Rússia. E teve seu começo depois de decorrer quase o mesmo tempo após 1878 d. C., onde o “em dobro” de Israel terminou, como o tempo do despertar entre os gentios tinha começado depois da rejeição de Israel em 33 d. C.

Agora trazemos à lembrança as palavras do Apóstolo quais mostram claramente que eles foram rejeitados do favor divino, e dos convênios ou pactos terrestres, entretanto, até que a plenitude ou o número completo dos gentios haja entrado — até o fim da chamada Evangélica — e então vereis que 1878 é uma data marcada, de profundo interesse para Israel espiritual — não menos importante que para Israel carnal.[224]

Não obstante, ninguém a não ser nosso Senhor Jesus sabia a importância do fim da Idade da Lei e o começo da Idade Evangélica (mesmo os Apóstolos sabiam somente em parte e viam vagamente antes do dia de Pentecostes), portanto podemos agora esperar que somente o corpo de Cristo, consagrado com o mesmo espírito, verá claramente o fim da Idade Evangélica e a importância deste acontecimento. Os pobres judeus e muitos cristãos professos ainda até agora não sabem da grande mudança dispensacional qual ocorreu no primeiro advento — com o fim da Idade Judaica e com o começo da Idade Evangélica. E também agora poucos sabem, ou chegarão ao conhecimento até que evidências visíveis provem isto à sua visão natural, que estamos agora no fim ou “ceifa” da Idade Evangélica, e que 1878 d. C. marcou um ponto tão importante que o levou a efeito ou termo. Isto não foi intentado para que outros além de poucos fiéis deveriam ver e saber, e não ficar nas trevas como o mundo — “A vós é confiado o mistério”, disse o Senhor.

Mas alguns talvez podem dizer, Jeremias era um verdadeiro profeta do Senhor, cujo testemunho quanto a “mishneh” ou duplicação das experiências de Israel deve ser respeitado, deveríamos considerar a evidência ainda mais forte se outro profeta tivesse mencionado a mesma coisa. A tais respondemos que a declaração de um profeta de confiança é boa e suficiente fundamento para a fé, e que muitas das notáveis provas sobre o primeiro advento foram preditas somente por um único profeta: Mas Deus sendo rico em misericórdia, e cheio de compaixão, considerou nosso fracasso de fé, e tem respondido a oração de nossos corações adiantado, provendo mais do que um testemunho.

Voltemos agora à profecia de Zacarias (9:9-12). Na visão profética ele andou ao lado de Jesus quando ele viajou para Jerusalém — 33 d. C. — cinco dias antes de sua crucificação (João 12:1-12), e para o povo o Profeta proclamou: Alegre-te muito, ó filha de Sião: exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei, [225] ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um jumento”. Marquemos o claro cumprimento destas palavras — Mat. 21:4-9, 43; João 12:12-15; Luc. 19:40-42. Cada item foi cumprido, até na aclamação. Quando as grandes multidões clamavam Hosana! Os fariseus pediam a Jesus para que as repreendesse, mas ele recusou-se, dizendo: “se estes se calarem, as pedras clamarão.” Por quê? Porque isto tinha sido profetizado que haveria uma aclamação, e todo item da profecia deve cumprir-se. Deixemos esta particularidade de detalhes no cumprimento profético dar-nos confiança na promoção da declaração deste e de outros profetas.

Notificamos resumidamente sobre as más conseqüências após a rejeição do seu rei (Zacarias 9:10), o Profeta, falando por Jeová, endereçou-lhes assim (verso 12): “Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também hoje anuncio que te recompensarei em dobro.” A palavra em dobro é a mesma palavra usada por Jeremias — “mishneh” — uma repetição, ou outra porção igual. Os israelitas tinham durante anos estado sob o jugo romano, mas eles eram “prisioneiros da esperança”, esperando por um Rei que os libertaria e os exaltaria para o prometido domínio da terra. Agora seu rei, sua torre forte, tinha vindo, mas tão manso e humilde que eles pela dureza de seus corações não o reconheceram como um libertador. E além do mais eles eram prisioneiros do Pecado, e este libertador tencionava também esta grande liberação. Nosso Senhor tinha estado com eles três anos e meio, cumprindo as Escrituras no meio deles, e agora vem a última prova final — eles o receberiam, o Ungido do Senhor, como seu rei? A presciência de Deus, que eles rejeitariam o Messias, é mostrada pelas palavras do Profeta — “também hoje anuncio que te recompensarei em dobro”.

Esta profecia não somente deixa sem dúvidas sobre ali existente em dobro — uma multiplicação de castigo incluído às experiências de Israel por causa de sua rejeição do Messias — mas também [226] marca o dia exato em que isto começou e faz conclusões tiradas da profecia de Jeremias, e estabelecidas pelas palavras do nosso Senhor: “Eis aí abandonada vos é a vossa casa.” Em dobro, forte, exato e claro.

Trazemos à lembrança as palavras do Senhor naquele tempo e nesta conexão: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que a ti são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste! Eis aí abandonada vos é a vossa casa. Pois eu vos declaro que desde agora de modo nenhum me vereis, até que [do coração] digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.” (Mat. 23:37-39). Também lemos que no último dia do seu teste, “quando chegou perto [montado em um jumento] e viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! se tu conhecesses, ao menos neste dia, o que te poderia trazer a paz! mas agora [daqui em diante] isso está encoberto aos teus olhos”. (Luc. 19:41) Graças a Deus, agora que o seu “em dobro” está completo, podemos ver que a sua cegueira está começando a retirar-se. E isto dá alegria aos santos na sua própria avaliação, também, para compreenderem que a glorificação do corpo de Cristo já está perto.

Mas o nosso Pai amoroso, quem evidentemente desejando de firmar e de estabelecer nossos corações fora de dúvida, sobre o pequeno ponto qual decide e prova tanto, tem enviado-nos palavras concernentes a “em dobro” de Israel por outro de seus servos mais honrados — o profeta Isaías.

Este profeta tomou o seu ponto de vista com atenção a este fim, no tempo em que o “em dobro” (mishneh) tem sido cumprido — 1878 d. C.; e, endereçando a nós que agora vivemos, ele deu-nos a mensagem de Deus dizendo: “Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai benignamente a Jerusalém e bradai-lhe que já a sua milícia é acabada, que a sua iniqüidade está expiada e que já [227] recebeu em dobro* da mão do Senhor, por todos os seus pecados. — Is. 40:1, 2.

O estudante da profecia deve particularmente observar que os profetas variando seus pontos de vista de expressão, às vezes falam de futuras coisas como futuro, e algumas vezes assumem uma posição futura e falam desde este ponto de vista assumido; como por exemplo, Isaías, falando do nascimento de nosso Senhor, assume de estar em pé ao lado de uma manjedoura onde o menino Jesus estava deitado, quando ele disse: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros”; etc. (Is. 9:6) O Livro de Salmos não pode ser lido inteligentemente sem este princípio ser reconhecido. Nenhuma ilustração melhor deste princípio de diferentes pontos de vista proféticos pode ser dada do que as três profecias relativas a “em dobro” de Israel já citadas. Jeremias profetizou que os dias viriam em que Deus os espalharia entre todos os povos, e que, quando eles terem recebido o “em dobro”, ele os congregará novamente por uma mais poderosa exibição de poder no lado deles do que quando eles saíram da escravidão egípcia. Zacarias fala no entanto como se vivesse no tempo de Cristo oferecendo-se ele mesmo a Israel como seu rei, e diz-nos que ali, naquele dia propriamente dito, seu “em dobro” começa a ser contado. Isaías está ao nosso lado em 1878 d. C., e chama nossa atenção para o fato de que Deus tinha já arranjado um tempo determinado ou fixo para favorecer Israel, e que esse tempo determinado foi depois de um em dobro, ou contraparte, de seu prévio favor; e ele disse nos que deveríamos dar a Israel esta confortável mensagem que seu em dobro está complete — seu tempo apontado finalizado. De fato seria difícil de decider qual destas três profecias é mais forte ou mais importante. Cada uma delas é importante, e cada uma seria exclusivamente forte; mas combinadas elas são um triplicado cordel de ma- [228] ravilhoso poder para os humildes, estudiosos e confiantes filhos de Deus.

———————

*A palavra hebraica aqui traduzida “em dobro” é kephel, qual significa em dobro, no sentido de um acontecimento duplicado ter sido colocado no meio.

 

A força destas formas proféticas de expressões aumenta quando lembramos que estes profetas não apenas viveram e escreveram centenas de anos à parte, mas também que eles escreveram coisas inteiramente contrárias a expectação dos judeus. Certamente infiéis e brandos de coração para acreditarem tudo o que Deus tinha falado pelos profetas, são aqueles que não podem ver neste testemunho claro e harmonioso o dedo e os procedimentos de Deus.

Se alguém tem objeções, que o Congresso de Berlim e suas ações não eram um começo suficientemente marcado da volta do favor de Deus a Israel, respondemos que ele foi uma muito mais marcada volta do favor, do que era a ação do nosso Senhor montada sobre Jerusalém para um marco de desfavor. Nem um nem outro, no tempo de sua ocorrência, foi reconhecido como um cumprimento da profecia. E hoje existem milhares a mais que sabem do cumprimento do em dobro do que existiam até Pentecostes, que sabiam que o dobro começou lá. Portanto nós vemos que o menino do qual Simeão disse, foi posto para queda e para levantamento de muitos em Israel (Luc. 2:34) provando a queda ou pedra de tropeço para Israel carnal como uma nação; e temos visto, como o Cabeça e Capitão do Israel espiritual, é para ser o Libertador, para levantar novamente a casa carnal, e para restaurar todas as coisas depois do “tempo determinado”, seu “em dobro”, está completo; e agora vemos o “em dobro” completo e o começo do favor a Israel. Quando notamos estes cumprimentos das Palavras de nosso Pai, nossos corações podem cantar bem.

“Como uma fundação firme, vós santos do Senhor,

É posta por vossa fé em sua Palavra excelente.”

Enquanto desta maneira mencionamos a queda do favor de Israel e sua conseqüente perda, e por causa de tudo isto, não esquecemos que nisto também eles prefiguravam o Israel espiritual nominal, e [229] que alguns profetas tinham profetizado o tropeço e a queda das ambas casas de Israel — “mas servirá de pedra de tropeço e de rocha de escândalo, às duas casas de Israel”. Is. 8:14.

Realmente tanto como exatamente foi uma rejeição e queda do Israel carnal nominal, como temos visto, aí é também para ser uma rejeição e queda do Israel espiritual nominal, a Igreja Evangélica nominal, e por razões similares. A rejeição e queda tanto de um como de outro são positivamente tanto quanto vividamente retratados nas Escrituras. E positivamente tanto quanto certamente, também, como um remanescente do Israel carnal foi salvo da cegueira e queda através da humildade e fé, ainda assim também um similar remanescente do Israel espiritual nominal deve ser salvo da cegueira e queda da massa nominal na “ceifa” ou fim desta idade. Deste modo os últimos membros da Igreja verdadeira, o corpo de Cristo, serão separados da Igreja nominal — para juntarem-se com o Cabeça, glorificado. Estes (remanescentes selecionados do Israel carnal na sua queda, e os poucos fiéis da Idade Evangélica, incluindo os remanescentes vivos no fim) exclusivamente constituem o verdadeiro “Israel de Deus”. Estes são os eleitos de Deus — justificados pela fé para a obra da redenção de Cristo, chamados para sacrifício conjunto e coherdeiros com Cristo, escolhidos mediante a santificação do espírito e a fé na verdade, e fiéis até a morte. Com a completação da seleção desta companhia, na ceifa desta idade, totalmente uma comoção pode ser esperada entre o trigo e o joio; por muitos favores divinos, especialmente concedidos por causa dos poucos fiéis, serão tirados das massas nominais, quando o pequeno rebanho, para cujo desenvolvimento esses favores foram concedidos, terá sido completado.

Devemos esperar que a ordem aqui seria, como na típica ceifa judaica, um trabalho de separação, cumprindo as palavras do Profeta: “Congregai os meus santos, aqueles que fizeram comigo um pacto por meio de sacrifícios.” (Sal. 50:5) E como 33 d. C. [230] marcou a caída da casa judaica nominal, como um sistema, para desfavor, ruptura e ruína, igualmente e correspondente data, 1878 d. C., marcou o começo do desfavor, ruptura e ruína do Israel espiritual nominal, do qual teremos mais para dizer nos estudos sucedentes.

Demonstração Matemática

Assumindo que a evidência precedente é conclusiva e satisfatória, agora prosseguimos para demonstrarmos cronologicamente: Primeiro, que a Idade Judaica, desde a morte de Jacó até o tempo em que foi abandonada a sua casa quando seu em dobro ou segunda parte começou de ser cortado, era durante mil oitocentos e quarenta e cinco (1845) anos; e segundo, que o em dobro terminou em 1878 d. C., e o favor era devido para começar lá provando portanto o fim dos favores da Idade Evangélica.

O segundo ponto realmente não requere demonstração; por ser um fato que nosso Senhor morreu em 33 d. C., tornou-se uma matéria fácil para adicionar mil oitocentos quarenta e cinco anos para 33 d. C., e encontrar o ano 1878 d. C. para ser o ano em que o favor para Israel devia de começar, podemo-nos prover a nossa primeira proposição, que o período de espera de Israel para o cumprimento das promessas de Deus sob seu favor foi um period de mil oitocentos e quarenta anos.

A duração deste período é completamente estabelecida no quarto capítulo da Cronologia exceto um item, isto é, o período da morte de Jacó até a saída do Egito. Este período era antes peculiarmente ocultado, ou escondido, até recentemente; até não ser notada e conhecida a duração da Idade Judaica e sem isto o em dobro não podia ter sido avaliado, igualmente se as profecias com respeito ao em dobro teriam sido notadas e entendidas. A Cronologia continua sem dificuldade até a morte de Jacó, mas desde aquela data até a saída do Egito, o registro não está completo. Vários fragmentos  [231] aqui e lá são dados, no entanto não ligados por linhas que pudéssemos certamente saber. Foi por esta razão que neste ponto na lista ou tabela da Cronologia fomos compelidos a olharmos para o Novo Testamento. Lá recebemos ajuda do inspirado Apóstolo, que deu-nos o elo conectivo. Desse modo aprendemos que foi um período de quatrocentos e trinta (430) anos desde o Pacto, na morte de Tera, pai de Abraão, até o êxodo de Israel do Egito.

Encontremos o período oculto da morte de Jacó e a saída de Israel do Egito, exatamente, por primeiro calculando da morte de Jacó, e em seguida deduzimos esse número de anos de quatrocentos e trinta anos, o período desde a morte de Tera até o êxodo do Egito. Assim:

Tinha Abraão setenta e cinco (75) anos quando o Pacto foi feito

com ele, na morte de Tera (Gên. 12:4), e Isaque nasceu vinte e

cinco (25) anos depois. (Gên. 21:5) Conseqüentemente —

 

Do Pacto até o nascimento de Isaque ...................................  25 anos

Do nascimento de Isaque até o

nascimento de Jacó (Gên. 25:26) .........................................   60   ”

Do nascimento de Jacó até sua morte (Gên. 47:28) ...........     147   ”

Total de anos do Pacto Abraamico até a                               ——

morte de Jacó, ..................................................................    232   ”

Do Pacto até o dia em que Israel deixou o

Egito (Êx. 12:41), na Páscoa ...............................................   430   ”

Disto diminue-se o período do

Pacto até a morte de Jacó .................................................     232   ”

O período desde a morte de Jacó até o Êxodo,

portanto, era .....................................................................     198   ”

Assim toda dificuldade relativa a duração da existência nacional de Israel é claramente ausente. O período oculto da morte de Jacó até o Êxodo não era duvidoso, foi propositalmente escondido, até ser devido para ser visto. Por isto nós agora adicionamos os períodos presentes na Mesa Cronológica, como segue: [232]

Período da morte de Jacó até o Êxodo ...............................    198 anos

Israel no deserto, ................................................................     40   ”

Até a divisão do Canaã ......................................................        6   ”

Período dos Juízes ..............................................................  450   ”

      “       “   Reis ...............................................................    513   ”

      “       “   Desolação ......................................................      70   ”

Do primeiro ano de Ciro até 1 d. C. ....................................    536   ”

Total de anos da morte de Jacó até o nosso                           ——

Ano do Senhor ..................................................................   1813    ”

Desde 1 d. C. até a crucificação, no dia da Páscoa,

coana primavera de 33 d. C. — anos completos,

     tempo eclesiástico judaico* ............................................     32    ”

Período total da espera de Israel pelo reino,                           ——

     sob favor e reconhecimento divino ...............................    1845 anos

———————

*O ano eclesiástico judaico data-se desde a primavera; e a páscoa ocorria no dia 15 do primeiro mês de cada novo (eclesiástico) ano.

 

Para encontrar a medida de seu em dobro, quando o favor devido estava começando para eles, e quando por conseguinte começou a desviar-se do Israel espiritual nominal, contamos mil oitocentos e quarenta e cinco (1845) anos desde a primavera de 33 d. C., e obtemos a data da páscoa 1878 d. C. Sua ascensão novamente desde 1878 d. C. até 1915 d. C. (o fim dos Tempos dos Gentios) sob o favor do Rei quem eles rejeitaram, e quem nesse tempo sera por eles reconhecido, corresponde em toda a extensão com seus trinta e sete anos de queda, desde o dia que sua casa foi deixada abandonada, no ano 33 d. C. até sua total destruição como um povo no ano 70 d.C.

Já temos examinado muitos surpreendentes paralelos entre a Idade Judaica como sombra, ou tipo, e a Idade Evangélica como substância, ou antitípica, e aqui temos exatamente outra prova: A duração das duas idades correspondem exatamente — a Igreja Evangélica sendo chamada durante o “mishneh” de Israel ou em [233] dobro de desfavor. E enquanto outras correspondências são surpreendentes, especialmente são também lineamentos finais das duas idades — suas “ceifas”, seus ceifeiros, seus trabalhos e o tempo devotado, tudo serve para dar-nos esboços claros do trabalho final para ser concluído na ceifa a qual é o fim desta idade. Note-se cuidadosamente estas duas ceifas, assim como vamos sumariamente recapitular:

Revisão das Ceifas Paralelas

A Idade Judaica terminou com uma “ceifa”, nosso Senhor e os Apóstolos fizeram o trabalho de colher os frutos, a semente qual tinha sido semeada por Moisés e os profetas. “Levantai os vossos olhos (disse Jesus), e vede os campos, que já estão brancos para a ceifa.” Eu vos enviei a ceifar onde não trabalhastes; outros trabalharam e vós entrastes no seu trabalho. (João 4:35-38) O fim da Idade Evangélica é também chamada uma ceifa — “A ceifa é o fim do mundo” (idade); “e por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o joio e atai-o em molhos [feixes] para o queimar; o trigo, porém recolhei-o no meu celeiro”. — Mat. 13:39, 30.

João predisse o trabalho e efeito da ceifa judaica, dizendo (Mat. 3:12), “A sua pá ele tem na mão, e limpará bem a sua eira, e recolherá o seu trigo[os verdadeiros israelitas] ao celeiro [a Igreja cristã]; mas queimará a palha [os rebotalhos da nação] em fogo inextinguível.” — (uma tribulação que consumirá eles nacionalmente). Aqui foi o batismo do Espírito Santo e do fogo — o Espírito Santo veio sobre os “verdadeiros israelitas” em Pentecostes, e o fogo da tribulação sobre todos outros, durante trinta e sete anos seguindo sua rejeição. (Mat. 3:11) Naquela tribulação Israel como uma nação foi destruído, mas não como individuais. O Revelador fala da ceifa desta idade com uma foice afiada da verdade, porque é chegada a hora de ceifar, e mostra um trabalho dobrado, parte do qual relata-se a vinha da terra, como dis [234] tinta da videira verdadeira da plantação do Pai, Jesus Cristo e seus membros ou varas. (João 15:1-6) A ceifa desta idade é dita de ser de trigo e joio (Mat. 13:24-30, 36-39): aquela da Idade Judaica foi chamada ceifa de trigo e joio. E como o joio predominou largamente lá, a analogia e paralelismo portanto marcam em cada um outros lineamentos concluindo que o joio será mais abundante do que o trigo nesta ceifa.

A ceifa judaica, em todo um período de quarenta anos começou com o ministério do Senhor e terminou com a rejeição e ruína de Israel nominal, e a destruição de sua cidade, realizada pelos Romanos, em 70 d. C. E a ceifa desta idade começou com a presença de nosso Senhor no começo do Grande Jubileu da terra, em 1874, como demonstrado no Estudo VI, e termina-se com a derrota do poder dos gentios — 1914 d. C. igualmente um period de quarenta anos — mais um dos maravilhosos paralelos das duas idades.

Embora a ceifa judaica começou com o ministério do nosso Senhor, e o favor de Deus desviou-se de seu sistema nominal três anos e meio mais tarde, e foi seguido por trinta e sete anos de tribulação sobre aquele sistema, no entanto continuou o favor especial a individuais daquela nação, e a chamada para a alta posição de co-herdeiros com Cristo foi concedida-lhes exclusivamente por três anos e meio depois da rejeição por eles do nosso Senhor — assim comprova-se a promessa de Daniel (Dan. 9:27), que o favor seria mostrado a seu povo até absolutamente chegar ao fim da septuagésima semana, no meio da qual foi cortado o Messias. Esta promessa cumpriu-se para todo o trigo verdadeiro, enquanto o sistema que continha aquele trigo foi condenado e rejeitado no meio da semana. A ceifa do trigo da Idade Judaica durou por alguns anos, começando com o ministério do nosso Senhor, ainda que todo o favor especial cessou três anos e meio [235] depois da morte de Cristo. A tribulação (fogo) sobre aquela nação começou a acender-se cedo, mas não atingiu sua fúria terrível até que o trigo daquela nação tivesse sido em toda parte ajuntado.

Períodos similares estão marcados na ceifa dessa idade agora finalizando-se, correspondentes a aspectos daquela ceifa. O outono de 1874 d. C., onde os ciclos do Jubileu indicam que nosso Senhor devia estar presente, correspondentes ao tempo, de seu batismo e unção pelo Espírito Santo, em que ele tornou-se o ungido, o príncipe (Dan. 9:25), e começou seu trabalho de ceifeiro da ceifa judaica. A primavera de 1878 d. C. (três anos e meio depois) corresponde à data em que o nosso Senhor desempenhou a função de Rei, viajou montado num jumento, limpando o templo de seus cambistas, e lamentou sobre ela e deu à desolação essa igreja ou reino nominal; e isto marcou a data quando os sistemas da igreja nominal foram “vomitados” (Apoc. 3:16) e desde (1878 d. C.) eles não são os porta-vozes de Deus, nem em qualquer grau reconhecidos por Ele. E três anos e meio seguintes à primavera de 1878 d. C., qual terminou, em outubro, 1881 d. C., correspondente a três anos e meio de favor contínuo para judeus individuais na última metade de sua setuagésima semana de favor. Como no tipo aquela data — três anos e meio após a morte de Cristo — marcou o fim de todo favor especial para os judeus e o começo do favor para os gentios, por isto reconhecemos 1881 d. C. como marcando o fim do especial favor para os gentios — o fim da “vocação celestial”, ou convite para bênçãos peculiares para esta idade — para tornarem-se co-herdeiros com Cristo e participantes da natureza divina. E, como temos visto, isto marca um grande movimento entre o povo judeu concernente ao cristianismo, conhecido como o “Movimento Kishenev”. E agora a tribulação está por acontecer sobre o cristianismo nominal, mas a tempestade ficará adiada até que o trigo seja ajuntado, até que sejam selados na sua fronte (inteligência) com a verdade os servos (mensageiros) de nosso [236] Deus. — Apoc. 7:3.

Os lineamentos desta ceifa correspondentes a aqueles da ceifa judaica têm sido exatamente feitos igualmente quanto à prédica feita. Nos primeiros três anos e meio da ceifa judaica, o Senhor e os discípulos têm para eles por texto especial o tempo, e o fato da presença do Messias. A proclamação deles foi: “O tempo está cumprido”, o Libertador tem vindo. (Marcos 1:15; Mat. 10:7) Assim foi nesta ceifa também: até 1878 d. C. e as profecias de tempo e o fato da presença do Senhor, substancialmente como aqui apresentado, ainda que menos claramente, foi nossa mensagem. Desde então o trabalho estendeu-se, e a visão de outras verdades havia tornado-se brilhante e clara; mas alguns fatos e manuscritos, ensinando o mesmo tempo e presença, estão de pé inalteráveis e incontrovertíveis. Com o favor qual continuou a israelitas individuais, depois de sua casa nominal ser cortada do favor, não foi pretendido para converter e reformar seu sistema da Igreja nominal, nem permitir na esperança de trocar seu joio pelo trigo, mas foi intencionado meramente para separar e ajuntar todo grão maduro de trigo, igualmente nesta ceifa o objetivo do favor contínuo e abundante (da luz da verdade) do presente não é designado para converter todas seitas nem para obras de reformas nacionais, mas pelo contrário para separar completamente a classe do trigo da classe do joio. Eles têm crescidos juntos lado a lado durante séculos, e um puro, todo trigo da seita, tem sido desconhecido; entretanto agora na ceifa a separação deve vir, e a tensão será terrível. Isto significará em muitas instâncias, o desarraigamento das benevolências terrestres e a separação de muitos laços de amizades, e a verdade fará a separação. A afirmação do Senhor quanto à “ceifa” no primeiro advento sera verdadeira na ceifa presente. (Veja Mat. 10:35-38; Luc. 12:51-53) Assim como a verdade pôs o pai contra o filho, a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; e assim muitas vezes os inimigos do [237] homem serão os da própria casa. Isto não poderá ser evitado. Aqueles que amam a paz mais do que a verdade serão provados, e aqueles que amam a verdade acima de tudo serão aceitos e aprovados como “vencedores” — positivamente como na ceifa judaica.

Na “ceifa” judaica os mensageiros escolhidos e enviados adiante como precursores do Rei e do Reino que está próximo eram humildes, homens sem títulos, e aqueles que eram opostos a mensagem eram os Principais Sacerdotes, Escribas, Fariseus, e Doutores da Divindade; e como devíamos esperar encontremos isto aqui: os cegados são os líderes dos cegos, aqueles que, iguais a seus tipos judaicos: Não conheceram o “tempo de sua visitação”. — Luc. 19:44.

A presença foi um dos principais pontos de prova lá, e a cruz foi o outro. João, o Batista, clamava a eles: “no meio de vós está um a quem vós não conheceis”. Embora somente os israelitas eram capazes de compreenderem o fato da presença do Messias; e destes muitos tropeçaram sobre a cruz; pois apesar de dispostos a aceitarem Messias como um libertador, seu orgulho fez eles sem vontade de recebê-lo como Redentor, também. Agora, igualmente, muitos tropeçam sobre a presença de Cristo, sobre a “ceifa” em progresso, e sobre a rejeição das massas de professores nominais; e o grande Libertador, por cuja vinda e reino muitos têm orado (como faziam os judeus), eles não estão preparados para reconhecêlo. Novamente isto é verdadeiro, “no meio de vós está um a quem vós não conheceis”. E novamente a cruz de Cristo torna-se um teste e: Como uma pedra de tropeço ou julgamento como ninguém podia ter esperado; e muitos, muitos estão agora tropeçando e caindo sobre ela, dizendo: Nós aceitaremos Cristo como nosso Libertador, mas o rejeitaremos como nosso Redentor e Salvador.

Certamente todos aqueles que considerarem a material cuidadosamente devem reconhecer que a evidência que nosso Senhor está agora presente (um ser espiritual, e por isso invisível) é maior e mais clara do que a evidência qual os judeus tinham de sua presença na carne no primeiro advento. E não apenas são as evidên- [238] cias proféticas da presença do Senhor agora mais amplas, completas, e numerosas, entretanto os sinais dos tempos em toda parte em redor de nós, demonstram o trabalho da ceifa em progresso, são muito mais aparentes e convincentes, a esses cujos olhos estão ungidos (Apoc. 3:18), do que as circunstâncias do primeiro advento, quando nosso Senhor Jesus, com um punhado de seguidores, atravessou muita oposição e sob muitas condições desfavoráveis, anunciava: “O tempo está cumprido, ... Arrependeivos, e crede no evangelho.” — O Messias tem vindo, o Mensageiro do grande Jeová, para cumprir todas as promessas feitas para vossos pais. É de se admirar que só alguns dos humildes dispostos puderam aceitar o humilde Nazareno como o grande Libertador, ou dos humildes, homens sem títulos com ele como partes de seu escolhido gabinete — como aqueles que deviam ser os principles sob ele. Somente os poucos puderam ver, em um que montado em um jumento e chorando sobre Jerusalém, o grande Rei, de quem Zacarias tinha profetizado que Sião recebê-lo-ia como Rei com aclamações de alegria.

No seu primeiro advento ele humilhou-se a si mesmo, tomando a forma e natureza de homem (Heb. 2:9, 15), desse modo realizou nossa redenção por dar-se a si mesmo como preço do nosso resgate. Deus o exaltou soberanamente, e já não morre mais; e no seu segundo advento, revestido com todo poder (Fil. 2:9), ele enaltecerá seu “corpo”, e depois aplicará sobre o mundo as bênçãos da restauração quais ele comprou para eles no seu primeiro advento com seu próprio sangue. Lembrai que ele não é mais carnal, mas um ser espiritual, e em breve transformará e glorificará seus membros e co-herdeiros, todos seus fiéis seguidores.

À casa judaica Jesus apresentou-se em três caracteres — como Noivo (João 3:29), Ceifeiro (João 4:35, 38), e Rei (Mat. 21:5, 9, 4). À casa cristã ele apresentou-se nos mesmos três caracteres. (2 Cor. 11:2; Apoc. 14:14, 15; 17:14) Para a casa judaica ele veio como [239] Noivo e Ceifeiro no começo de sua ceifa (o começo de seu ministério); e exatamente antes da sua crucificação ele apresentouse como Rei, exercendo autoridade real na sentença proferida contra eles, para deixar ficar sua casa abandonada, e no ato típico da purificação de seu templo. (Luc. 19:41-46; Mar. 11:17-15) Exatamente assim tem sido nesta ceifa: A presença do Nosso Senhor como Noivo e Ceifeiro foi reconhecida durante os primeiros três anos e meio, desde 1874 d. C. até 1878 d.C. Desde aquele tempo tem sido enfaticamente manifestado que o tempo tinha vindo em 1878 d. C. em que o julgamento real começou pela casa de Deus. Isto está aqui Apoc. 14:14-20 aplicado, e nosso Senhor é trazido à vista como o Ceifeiro coroado. O ano 1878 d. C., sendo o paralelo de seu assumido poder e autoridade no tipo, claramente marca o tempo para a atual tomada de poder como o Rei dos reis, pelo nosso presente, espiritual e invisível Senhor — o tempo de ele mesmo ter tomado o seu grande poder, e começar a reinar, qual nas profecias é rigorosamente associado com a ressurreição de seus fiéis, e o começo da tribulação e ira sobre as nações. (Apoc. 11:17, 18) Aqui, como no típico, o julgamento está começando com a Igreja nominal, na condenação à destruição dos sistemas nominais (não os povos), externamente apresentando a Igreja verdadeira — “o corpo”. Aqui também é a purificação do templo verdadeiro, a Igreja verdadeira, o corpo de Cristo — a classe consagrada. (I Cor. 3:16; Apoc. 3:12) Esta consagrada ou classe do templo na Igreja nominal fica relacionado à igreja nominal, como um todo, como o templo literal ficou relacionado à cidade santa Jerusalém, como um todo. Depois a cidade entregouse e o templo foi purificado: igualmente agora a classe do templo deve ser purificada: todo egoísmo, pensamento carnal e interesse pelos assuntos mundanos devem ser jogados, para que o templo possa ser purificado, o lugar de morada do Espírito Santo de Deus — santuário do Deus vivo. [240]

O trabalho especial desde 1878 d. C. tem sido a proclamação do comando do Rei, “Sai dela [Babilônia], povo meu, para que não sejas participantes dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.” (Apoc. 18:4) “Retirai-vos, retirai-vos, saí daí, não toqueis coisa imunda; saí do meio dela, purificai-vos [o sacerdócio real], os que levais os vasos do Senhor.” — Is. 52:11.

Outro ponto marcado de similaridade acompanhando o primeiro e segundo adventos é o prevalecente senso da necessidade de um libertador, e uma impressão muito difundida entre as nações que a libertação deve vir imediatamente — as idéias de alguns até aproximam a matéria da verdade. Mas em cada caso só alguns são capazes de reconhecer o Libertador e alistar-se sob sua bandeira no serviço da verdade. Na ceifa judaica saiam multidões de gente para encontrar o Cristo quando todos “estavam em expectativa” dele (Luc. 3:15), no tempo de seu nascimento, trinta anos depois de sua unção como Messias no começo do seu ministério; e igualmente existia uma correspondente expectativa e movimento na parte de muitos (mais tarde chamados adventistas) guiados principalmente por um irmão batista chamado William Miller, no seu país, e pelo Sr. Wolff e outros na Europa e Ásia. Isto culminou no ano de 1844 d. C., exatamente trinta anos depois em 1874 d. C., quando Cristo o Noivo e Ceifeiro atualmente veio, como demonstrado pelo ensinamento do Jubileu. Nisto nós encontramos outro surpreendente tempo — paralelo entre estas idades; para aqueles trinta anos correspondendo exatamente a trinta anos desde o nascimento do menino Jesus até o ungido Messias — batizado, e introduzido como Noivo e Ceifeiro, aos trinta anos de idade. Mat. 3:12; João 3:29.

Em ambos os casos havia um desapontamento e uma demora de tempo de trinta anos, durante qual todo sonolento, e somente alguns em cada caso acordaram no próprio tempo para uma realização da presença do Messias. A grande massa nominal em ambas casas [241] deixou de reconhecer a visitação, porque sobrecarregaram-se e tornaram-se mornos, negligenciando a ordem para tomar conhecimento e vigiar. Portanto está cumprindo-se o predito pelo Profeta — “mas servirá de pedra de tropeço, e de rocha de escândalo, às duas casas de Israel”. (Is. 8:14) A casa carnal tropeçou porque bem sabia rejeitar o mandamento de Deus, para guardar a sua tradição, invalidando assim a palavra de Deus (Mar. 7:9, 13), e por isso não tinha uma própria concepção da maneira e objetivo do primeiro advento. Por essa razão os judeus estavam despreparados para recebê-lo no estado que ele veio, e portanto tropeçaram sobre ele e sua obra de sacrifício. As massas do Israel espiritual nominal agora estão tropeçando sobre a mesma rocha, e pelo mesmo motivo. Eles estão cegados pelas tradições dos homens e preconceitos sectários quais impedem uma própria iluminação pela Palavra de Deus; conseqüentemente eles não têm concepção própria da maneira ou objetivo do segundo advento do Senhor. E aqui também a cruz de Cristo, a doutrina do resgate, está tornandose um teste para todos. É digno de nota cuidadosa, também, que nem uma nem outra casa tropeçaria ou cairia sobre uma rocha não presente. A Rocha está agora presente, e sistemas nominais estão tropeçando, caindo, e estão quebrados em pedaços; agora como no primeiro advento, os “verdadeiros israelitas” estão individualmente reconhecendo e aceitando a Rocha, e pelo escalamento sobre esta verdade estão sendo elevados espiritualmente em alto grau acima das massas que tropeçam com freqüência, que rejeitam esta verdade e não a entendem. Aqueles que têm iluminados os olhos do seu entendimento não tropeçam, no entanto como eles elevam-se sobre a Rocha, desde seu alto ponto de vista eles vêem muito mais claramente os ambos, o passado e o futuro do plano divino — algumas coisas não possíveis para proferir, relativas à gloria vindoura da Igreja e os dias de festa da terra. Aqueles que põem sua confiança no Senhor jamais serão confundidos. [242]

A força total deste paralelismo não é obtida a menos que é notado que os ciclos do Jubileu e os Tempos dos Gentios marcam os períodos quais correspondem desta maneira exatamente com estes nos paralelos judaicos. Não é uma imaginação que as idades judaica e cristã são típicas e antitípicas — os Apóstolos e profetas testificam a sua correspondência. Também não confiamos meramente nos paralelos como prova do trabalho da ceifa da dispensação cristã agora em progresso: nesta ceifa, como já demonstramos, são diferentemente marcados — ambos, seu começo e seu fim. Os ciclos do Jubileu provam que nosso Senhor Jesus devia estar presente e começar a obra da restauração no outono de 1874 d. C. E o paralelismo referido acima para demonstrar aquela data (1874) para corresponder exatamente com a unção de Jesus como o Messias, no começo da “ceifa”, no primeiro advento. O “Tempo dos Gentios” prova que os presents governos devem todos ser derrubados em volta do fim de 1915 d. C. e o paralelismo acima demonstra que este período corresponde exatamente com o ano de 70 d. C., qual testemunhou o completamento da queda da política judaica. Uma razoável pergunta, quando, à vista de tudo isto, é: São esses tempos correspondentes meros acidentes, ou são eles do mesmo arranjo divino quais nós temos visto arranjados e outros afazeres da casa carnal como sombras das realidades desta dispensação?

Não, eles não são acidentais: indubitavelmente o Único que tudo sabe, aquele mesmo ensinou-nos através da Cronologia que seis mil anos desde a criação de Adão terminaram em 1872 d. C., e que os sete mil anos, a Idade Milenar, começou lá; quem através do ciclo do Jubileu ensinou-nos que o Senhor estaria presente e que os Tempos da Restauração começariam no outono de 1874; e quem através dos Tempos dos Gentios demonstrou-nos que não devemos esperar que estas coisas sejam feitas apressadamente, mas aparentemente pelos meios naturais abrangendo um período de quarenta anos, tem nisto Dispensações Paralelas marcadas pelo [243] “em dobro” de Israel dando-nos evidências quais não apenas por si mesmas ensinam claramente a presença do Senhor, (começando com o favor para Israel carnal), mas ao mesmo tempo fornecem uma prova da precisão de outras evidências proféticas e da Cronologia. Por ser distintamente notado que se a Cronologia, ou alguns destes tempos — períodos, são alterados ainda que um ano, a beleza e a força deste paralelismo são destruídos. Por exemplo, se a Cronologia está alterada mesmo que um ano, mais ou menos — se adicionarmos um ano, por assim dizer o período dos Reis ou dos Juízes, ou se fizermos um ano menos — arruinaria o paralelismo. Se adicionarmos um ano faria o primeiro dos períodos de Israel durar 1846 anos, e o em dobro ou outra metade disso seria por isso torcida um ano mais tarde, enquanto pelo contrário, por uma substituição da Cronologia dos ciclos do Jubileu seria torcida um ano mais cedo, isto é, 1873 d. C.; e isto faria os 6000 anos terminarem em 1871, d. C., enquanto o Tempo dos Gentios não seria afetado por isso em tudo. Todos podem ver que a harmonia ou paralelismo seria deste modo totalmente destruído. Ou, se um ano fosse deduzido desde a contagem cronológica a confusão seria grande, as mudanças para alguns períodos estariam em direção oposta. Desse modo estas várias profecias de tempo corroboram mutuamente, enquanto o paralelismo das duas dispensações autentica seu testemunho.

Será notado por esses familiarizados de qualquer modo com os cálculos usualmente feitos por “Segundos Adventistas” e outros, relativos a períodos proféticos, etc., que este método do procedimento com estes assuntos é muito diferente deste, qual estamos aplicando. Eles usualmente tentam para fazer todas as profecias terminarem em uma mesma data. Suas expectações errôneas os levam a isto. Eles esperam que alguns momentos testemunharão o programa inteiro qual realmente ocupará mil anos — a vinda do Senhor, a ressurreição, e o julgamento do mundo. E sua expectação concernente a estes poucos momentos é que eles [244] concluem-se pela queima do mundo. Para apreciar e aceitar as profecias quais apontam várias datas de vários graus no grande plano de Deus, eles necessitariam primeiro entender “O Plano Divino das Idades”, e a verdadeira maneira do segundo advento do Senhor. Mas a grande maioria são também muito cegados pelas suas teorias e preconceitos para fazerem isto. Suas tentativas para ajustar profecias a suas expectações falsas muitas vezes levam a intrigas ou sofismas, alongamentos ou reduções, de acordo com as necessidades do caso, no esforço por trazer todas as profecias para terminarem em alguma data única. Estes amigos deveriam despertar de seu erro nesta direção; porque suas expectações uma após outra têm falhado, enquanto nós e eles sabemos que algumas das profecias que eles têm usado não podem estender-se no futuro, mas ficaram, no passado, e são agora abandonadas por eles. Estas profecias cumpriram-se, no entanto diferentemente do que eles esperavam, e eles não sabem isto.

Pelo contrário, as profecias aqui apresentadas, e aquelas ainda para serem consideradas, são não constrangidas, sem sofismas, ou corte. Simplesmente as apresentamos assim como as encontramos na Palavra de Deus; e temos corretas expectações do grande “Plano das Idades”, é fácil para aqueles que vêem claramente notarem como os vários elos proféticos se ajustam a este plano e constituem suas medidas. Eles marcam, de acordo um ponto importante e algum outro; e a tais que tanto vêem este paralelismo das dispensações judaica e cristã demonstram e provam além de razoáveis dúvidas a precisão de todas as outras.

A declaração dos períodos de tempo do plano de Deus, fornecidos nas profecias, é muito similar a especificações de um arquiteto; e os paralelos das dispensações judaicas assemelham-se aos primeiros traços de um desenho. Suponhamos que temos especificações de um arquiteto para uma casa, sem nenhum dos desenhos, e nós nos sentamos para fazer um desenho das especifi- [245] cações, e depois recebemos do arquiteto seu projeto desenhado da construção prospectiva — se uma comparação disso com nosso próprio esboço ou croqui, faz das especificações, indicar todos os ângulos e medidas exatamente iguais, devemos estar duplamente seguros quanto a nossa correta combinação das especificações. Portanto aqui o desenho, o tipo ou sombras da Idade Evangélica fornecida-nos na Idade Judaica, e a correspondência das profecias e eventos com aqueles pronunciamentos, dá-nos poderosa garantia da precisão de nossas conclusões como pode ser perguntado, enquanto ainda “andamos por fé, e não por vista”.

Outros testemunhos proféticos ainda para serem examinados também serão encontrados em perfeito acordo com estes paralelos. Um deles, os Dias de Daniel, apontando à grande bênção sobre os consagrados que estariam vivos em 1875 d. C. e para diante — uma bênção certamente sendo cumprida na grande abertura das verdades da Palavra de Deus desde aquele tempo. A glória seja Daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz!

Lembrai que os quarenta anos da ceifa judaica terminaram em outubro, 69 d. C., e foi seguida pelo completo derrocamento daquela nação; e que igualmente os quarenta anos da Idade Evangélica terminariam em outubro, 1914, e que igualmente a ruína e o derrocamento da “cristandade”, assim chamada, deve-se esperar para seguir imediatamente. “Pois numa só hora” veio o teu julgamento. — Apoc. 18:10, 17, 19.

A atenção do leitor seja dirigida para a Tabela das seguintes Correspondências, qual bem compensará o estudo cuidadoso.

[246]

 

“Duas Casas de Israel”

CORRESPINDÊNCIAS DAS

DISPENSACŌES MOSAICA E CRISTĀ

 

ISRAEL SEGUNDO A CARNE ISRAEL SEGUNDO O ESPÍRITO

A Casa dos Servos.
1 Cor. 10:18; Rom. 9:7,8; 4:16; Heb. 3: 5.

Fundada nas Doze Tribos de Jacó.

1 Reis 18:31

Reino Sacerdotal e Naçāo Santa.

Éx. 19:6.

Arāo. Sumo Sacerdote Carnal.

Heb. 9:7.

Circuncisāo da Carne.

Rom. 2:28,29.

Lei do Pecado e da Morte.

Rom. 8:2

Promassas Terrestres.

Gén. 15:14-17; At. 7:2-5.

No Cativeiro da Babilōnia Literal.

2 Crōn. 36:20.

Duracao do Favor 1845 anos, desde a

Morte de Jaco ate a Rejeicāo de

Israel Espiritual, 33 d. C.

 

A Casa dos Filhos

Gal. 4:5,6,7,30,31. 6:15,16; Joāo 1:12; Rom. 8:15

Fundada nos Doze Apóstolos de Jesus

Apoc. 21:14.

O Rea Sacerdócio, uma Naçāo Santa.

1 Ped. 2:5,9.

Jesus, Sumo Sacerdote Espiritual.

Heb. 9:11.

Circuncisao do Coraçāo.

Rom. 2:28,29.

Lei do Espirito da Vida, em Cristo Jesus.

Rom. 8:2.

“Melhores Promessas”

Heb. 9:23; 11:40.

No Cativeiro da Babilōnia Mistica.

Apoc. 17:5; 18:4.

Duraçāo do Favor 1845 anos, desde a

Morte de Jesus até o Começo do Reino de

Cristo e a Rejeiçāo da Babilōnia, 1878 d. C.

 

A Rejeiçāo do Sistema Nominal, 33 d. C.

Mat. 23:38

O Sistema Nominal Lançado For a, 1878 d. C.

Apoc. 3:16

 

 

 

37 Anos da Queda. Ate 70 d. C

O Fim da Idade, uma Ceifa de 40 Anos.

Luc. 10:2, 16.

Presença de Cristo na Carne como Ceifeiro.

Joāo 4:35-38.

A Presença de Nosso Senhor e o Caráter

Sacrificial de Sua Morte, a Pedra de Tropeço.

 

37 Anos da Queda, até 1915 d. C.

O Fim da Idade, uma Ceifa de 40 Anos.

Mat. 13:24-30, 36-43.

Presença Espiritual de Cristo como Ceifeiro.

Apoc. 14:14,15.

A Presença de Nosso Senhor e o Caráter

Sacrificial de Sua Morte, a Pedra de Tropeço.

 

“Ele … servirá de pedra de tropeço, e de rocha de escándaio ás duas [nominais]
casas de Israel”. Is. 8:14

ELES NĀO CONHECERAM O TEMPO DE SUA VISITAÇĀO

Luc. 19:44; Mat. 24:38, 39

A PRESENÇA DE NOSSO SENHOR EM TRÉS CARACTERES — COMO NOIVO,
CEIFEIRO, E REL
João 3:29; 4:35,38; Mat. 21:5, 9, 4; 2 Cor. 11:2; Apoc. 14:14, 15; 17:14

Um Advento Movimentado no Tempo do

Nascimento de Jesus’ Trinta Anos Antes de seu

Advento e Unção, como Messias, no Batismo.

Mat. 2:1-16; Atos 10:37, 38.

Atual Presença do Senhor como Noivo e

Ceifeiro — Outubro, 29 d. C.

Poder e Titulo como Rei Assumido três

anos e meio depois — 33 d. C.

 

Um Advento Movimentado em 1844, trinta anos

Antes do tempo atual de Sua Presença,

Para Despertar e Provar a Igreja.

Mat. 25:1.

Atual Presença do Senhor como Noivo

E Ceifeiro — Outubro, 1874 d. C.

Poder e Titulo como Rei Assumido três

Anos e meio depois — 1878 d. C.

 

PRIMEIRO TRABALHO DO REI, JULGAMENTO

A Casa Nominal Judaica Rejeitada;
Templo Literal

Purificado. — Mat. 20:18; 21:5-15; 23:37; 24:1

Total Destruiçāo da Politica Judaica Concluida

em 37 anos Depois de serem Rejeitados — ou

40 anos desde o Começo da Ceifa
—70 d. C.

 

A Casa Nominal Cristã Rejeitada;
O templo Espiritual

Purificado.—I Ped. 4:17; Apoc. 3:17; Mal. 3:2

Total Destruição da Cristandade Nominal,

Concluida em 37 anos Depois de serem Jogados

Fora—ou 40 anos desde o Começo da

Ceifa—1915 d. C.

 

 

 

 

 

Prefácio Estudo 1 Estudo 2 Estudo 3 Estudo 4 Estudo 5
Estudo 6 Estudo 7 Estudo 8 Estudo 9 Estudo 10 Indice  

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