ESTUDOS
DAS
ESCRITURAS
SÉRIE II
O
Tempo
Está Próximo
ESTUDO IX
O HOMEM DO PECADO —
ANTICRISTO
O
Anticristo deve ser Desenvolvido, Revelado, e Atingido Duramente antes
do Dia do Senhor — Uma Visão Contrária deste Assunto Considerado —
Delineamento Profético — Nascimento do Anticristo — Seu Rápido
Desenvolvimento — A Ilustração Histórica e a Descrição Bíblica estão de
Acordo — Seu Reino uma Falsificação — Sua Cabeça e Boca são Notáveis —
Seu Grande Aumento de Palavras de Blasfêmia — Seus ensinamentos
Blasfemos — Seu Desgaste dos Santos do Altíssimo — Seu Reino de Mil Anos
— Anticristo Atingido com a Espada do Espírito — Sua Luta Final e seu
Fim.
[267]
“Ninguém de
modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a
apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição.” 2 Tess.
2:3.
À VISTA
destas
aguçadas palavras do apóstolo Paulo, demonstrando que um caráter qual ele
designou “O Homem do Pecado” deve preceder a vinda do dia do Senhor, do qual
a aurora já tem começado como temos provado, isto é importante para que
olhemos em redor, para ver se um tal caráter já tinha aparecido. Pois se tal
caráter como Paulo e os outros Apóstolos tão cuidadosamente descreveram já
não tem vindo, as palavras acima devem ser entendidas como veto de Paulo
para todos os outros testemunhos concernentes a presença do Senhor e o
estabelecimento de seu Reino
agora.
E esse veto deve
ficar como um incontestável argumento até este Homem do Pecado ser
reconhecido, correspondendo detalhadamente à toda
descrição profética.
Está dito
claramente, não somente que este Homem do Pecado deve primeiro levantar-se,
mas também que ele deve desenvolverse e prosperar, antes da vinda do dia do
Senhor.
Antes
do dia
[268]
de Cristo a prosperidade e a influência deste poder terão chegado a seu
clímax e estarão no declínio; e isto é para ser pelo claro esplendor da
presença
do
Senhor no seu segundo advento que este Homem do Pecado deverá ser totalmente
destruído. Estas circunstâncias preditas nós devemos observar, em ordem para
ver se esta precaução para a Igreja nos dias de Paulo é ainda aplicável em
nossos dias. Agora, depois de dezoito séculos, a reivindicação é novamente
feita que o dia de Cristo tem vindo; e a importante pergunta aparece, alguma
coisa qual Paulo disse a fim de corrigir o erro dos tessalonicenses
permanece agora como uma objeção a esta reivindicação?
Das exortações do
Apóstolo para a Igreja, a fim de vigiar à volta do Senhor, prestando atenção
à firme palavra profética, e por causa de seu cuidado em apontar os sinais
da presença de Cristo, o caráter de seu trabalho naquele tempo, etc., isto é
evidente que ele estava totalmente como preocupado que a Igreja deveria ser
capaz de reconhecer a presença do Senhor quando ele viria, como que eles não
deveriam ser enganados com o erro que ele tinha vindo, antes do tempo de sua
presença. Uma caída dentro do último erro, na primitiva parte da idade,
expondo que aqueles que abraçaram isto para as decepções do
princípio
do Anticristo
qual estava então igualmente trabalhando; embora uma falta para reconhecer o
dia do Senhor, e sua presença no dia em que sua presença é devida, expôs
aquelas faltas para reconhecê-lo as decepções continuadas e doutrinas falsas
do Anticristo, e cegando-os para as grandes verdades e privilégios especiais
deste dia. Por esta razão a preocupação do Apóstolo a respeito da Igreja nos
ambos termos da idade, e sua advertência: “Ninguém de modo algum vos engane”.
Daqui também a descrição exata do Homem do Pecado, na ordem que ele pode ser
reconhecido a seu tempo.
Enquanto cristãos
neste fim da idade estão inclinados para esquecerem igualmente a promessa da
volta do Senhor, e, quando eles lembrarem isto, para pensarem disto somente
com medo e
[269]
temível
pressentimento, a Igreja primitiva olhou para isto ansiosamente, e com
jubilosa antecipação, como a fruição de todas suas esperanças, a recompensa
de toda sua fidelidade e o término de todas suas tristezas. Conseqüentemente,
os crentes daquele dia estavam prontos para ouvirem diligentemente a algum
ensinamento qual reivindicava que o dia do Senhor estava também muito
próximo ou presente; e por esta razão eles estavam em perigo de serem
desapontados neste detalhe a não ser que eles fossem cuidadosos estudantes
dos ensinamentos dos Apóstolos a respeito deste assunto.
A Igreja em
Tessalônica, impressionada com os erroneous ensinamentos de alguns, com o
propósito que o Senhor tinha vindo novamente, e que eles estavam vivendo no
seu dia, evidentemente supondo que a idéia estava em harmonia com
ensinamentos de Paulo na sua primeira epístola dirigida a eles, na qual ele
disse (I Tess. 5:1-5) que o dia do Senhor virá quietamente entrando
furtivamente e inobservado, como vem o ladrão de noite, isto é, ainda que
outros estariam em seu descuido, os santos estariam na luz concernente a ele.
Sabendo dos sérios erros dentro dos quais eles tinham caído, por suporem que
o dia da presença do Senhor já tinha vindo, Paulo escreveu a eles uma
segunda epístola, o central pensamento do qual foi a correção deste erro.
Ele disse: Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa
reunião com ele, rogamo-vos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso
modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra,
quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse
[presente
- enestemi]
já perto. Ninguém
de modo algum vos engane; porque não sucederá sem que
venha primeiro a
apostasia
e seja revelado o
homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra
tudo o que se chama Deus [poderoso soberano] ou é objeto de adoração, de
sorte que se assenta no santuário [templo] de Deus, apresentando-se como
Deus. Não vos lembrais de que eu vos dizia estas coisas
[270]
quando ainda
estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém para que [Cristo] a seu
próprio tempo seja revelado. Pois o mistério da iniqüidade [para Cristo] já
opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora; e então será
revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e
destruirá com a manifestação da sua [presença] vinda”. Paulo pôde escrever
assim positivamente do desenvolvimento do Homem do Pecado antes do dia do
Senhor, por causa de seu estudo da profecia de Daniel, à qual o nosso Senhor
também fez alusão (Mat. 24:15); e provavelmente por próprio Paulo, em suas
“visões e revelações”, tinha sido demonstrado a grande devastação que este
caráter faria na Igreja.
Isto deve ser
observado que Paulo não fez uso de argumentos tais como alguns hoje estão
dispostos para aplicação contra a pretensão que o dia do Senhor tinha
começado. Ele não disse: Ó insensatos tessalonicenses, não sabeis que quando
Cristo viesse vossos olhos o veriam, e vossos ouvidos ouviriam um terrível
som da trombeta de Deus: e que vocês teriam além disso provas disso na
cabalmente pedra tumular e a ressurreição dos santos? Isto não é evidente
que se tal censura tinha sido propriamente dita, Paulo teria sido ligeiro
para aproveitar-se de um argumento tão simples e tão fácil de compreender? E
além disso, não é o fato que ele não fez uso deste argumento como uma prova
que se tal argumento não é, e não pode ser, fundamentado sobre a verdade?
De acordo com o
fato que Paulo, em seu esforço enérgico para corrigir os erros deles,
ofereceu a reivindicações deles apenas esta única objeção, ele desse modo
evidentemente endossou como corretas suas vagas idéias do dia do Senhor —
que ele podia ser iniciado enquanto muitos podem estar em ignorância dele,
que isto podia vir sem aparência para marcar esta demonstração. Mas a única
base de sua objeção foi, que deve vir
primeiro
a apostasia, e
em conseqüência daquela apostasia, o desenvolvimento do Homem do Pecado —
qual, por mais que ele pode ser (quer um único
[271]
indivíduo, ou um
grande sistema Anticristo qual ele desse modo personifica), deve levantar-se,
existir com renome o declínio —
antes
do dia da presença
do Senhor. Assim, então, se esta única objeção qual Paulo ofertou não estará
por longo tempo longe — se nós podemos claramente ver um caráter em atual
existência cuja história em todo particular corresponde à profética
descrição do Homem do Pecado, desde o começo de sua existência e decadência
no tempo presente — então a objeção de Paulo, qual foi bem feita em seu dia,
e sua única, não é uma longa válida objeção contra a presente reivindicação
que nós estamos vivendo no dia do Senhor, o dia da presença do Senhor. E,
além disso, se o Homem do Pecado pode ser facilmente distinguido, se sua
ascensão, desenvolvimento e declínio são claramente vistos, então este fato
torna-se outra corroborativa prova do ensinamento dos precedentes estudos,
que demonstram que nós estamos agora no dia do Senhor.
Delineamento
Profético do Homem do Pecado
O estudante da
profecia encontrará que o Homem do Pecado é distintamente notável através
das Escrituras Sagradas, não apenas por darem uma clara descrição de seu
caráter, mas também por demonstrar os tempos e lugares de seu começo,
prosperidade, e declínio.
Este caráter é
muito forçosamente delineado ainda nos nomes aplicados a eles pelos
escritores. Paulo chama-o: “esse iníquo”, “o homem do pecado”, “o mistério
da iniqüidade”, e o filho da perdição”; o profeta Daniel chama-o “a
abominação desoladora” (Daniel 11:31; 12:11); e nosso Senhor refere-se ao
mesmo caráter como “a abominação da desolação, predita pelo profeta Daniel”
(Mat. 24:15), e novamente como uma “besta” (Apoc. 13:1-8) Este mesmo caráter
foi também prefigurado por outro chifre, pequeno, ou poder, de um animal
terrível que Daniel viu na visão profética, e eis que neste chifre, pequeno
havia olhos, como os de homem, e
[272]
uma boca que
falava grandes coisas, e quais prosperaram, e fazia guerra contra os santos,
e prevalecia contra eles. (Daniel 7:8, 21) João também viu e preveniu a
Igreja contra este caráter, dizendo: “ouvistes que vem o anticristo”. Ele
então advertiu como escaper da influência do Anticristo. (I João 2:18-27) O
livro do Apocalipse, também, é em grande parte um detalhe simbólico das
profecias concernentes a este mesmo Anticristo — ainda que a isto nós
devemos meramente dar uma olhada aqui, deixamos o seu mais minucioso estudo
para um subseqüente volume.
Estas várias
denominações e breves descrições indicam uma base, sutil, hipócrita,
ilusória, tirânica e caráter cruel, desenvolvido no meio da Igreja cristã;
no primeiro rasteiro e em subir muito gradualmente, então rapidamente
ascendendo em poder e influência até isto atingir o verdadeiro pináculo do
poder terrestre, prosperidade, e glória — entretanto mostrando sua
influência contra a verdade, e contra os santos, e por seu próprio
engrandecimento, reivindicando, para o último, santificação peculiar,
autoridade e poder de Deus.
Neste estudo
propomos demonstrar que este Homem do Pecado é um sistema, e não um único
indivíduo, como muitos têm a impressão de inferir; que como o Cristo
consiste do verdadeiro Senhor e da verdadeira Igreja, então o Anticristo é
uma imitação do sistema consistente de um falso senhor e uma igreja apostata,
qual por um tempo é permitida para deturpar a verdade, para praticar engano
e para
imitar
a autoridade e futuro reino do verdadeiro Senhor e sua Igreja, e para
intoxicar as nações com falsas pretensões e suposições.
Temos esperança de
provar, para a satisfação de todos leitores conscienciosos, que esta grande
apostasia mencionada por Paulo tem vindo, e que este Homem do Pecado tem
sido desenvolvido, tem sentado “no santuário de Deus” (o real, não o típico),
tem cumprido todas as predicações dos Apóstolos e profetas concernentes a
[273]
seu
caráter, obra, etc., tem sido revelado e já, desde 1799 d. C., está sendo
consumido pelo sopro de sua boca (a verdade), sera
totalmente
destruído
durante este dia
da irá do Senhor e manifestação em chama de fogo da retribuição, já começada.
Sem algum desejo
de tratar ligeiramente as opiniões dos outros, todavia sentimos a
necessidade de apontar aos leitores um pouco dos absurdos ligados com a
comum visão concernente a Anticristo, para que por meio disso a dignidade e
razoabilidade da verdade neste assunto possa ser propriamente estimada, em
contraste com a estreita reivindicação para tudo o que as Escrituras
predizem concernente a este caráter será efetuado por um único
homem
literal. Este
homem, ele é reivindicado, então atrairá todo o mundo que em uns poucos anos
ou por pouco tempo ele segurará para ele mesmo a homenagem e
adoração
de todos
homens, quem sera então facilmente imposto sobre como para supor este homem
para ser Deus, e, em um reedificado templo judaico, para adorar ele como o
Todo-Poderoso Jeová. Tudo isto é para ser concluído na velocidade de um
relâmpago — três anos e meio, dizem eles, mal interpretando o tempo
simbólico, igualmente como eles mal interpretaram o “homem” simbólico.
Narrações de
ficção e o maior número de absurdas imaginações da infância não fornecem
paralelo à extrema visão de algum Deus das crianças queridas que estão
erradas sobre uma interpretação
literal
da linguagem de
Paulo, e por meio disso estão cegando a si mesmos e outros sobre muitas
preciosas verdades, que, são por causa do erro neste assunto, eles estão
despreparados para ver em uma luz sem preconceitos. Não importa quanto
podemos simpatizar com eles, sua “fé cega” força um sorriso com eles,
seriamente falam sobre os vários símbolos do Apocalipse quais não entendem,
empregando mal literalmente para seu
homem maravilhoso.
Nisto,
a mais séptica idade o mundo tem sempre conhecido, eles alegam que o Homem
do Pecado, no curto espaço de três anos e meio, terá todo o mundo debaixo de
seus pés, adorando ele como um Deus,
[274]
enquanto os
Césares, Alexandre, Napoleão, Maomé e outros navegaram através dos mares de
sangue e gastaram muito mais tempo que três anos e meio, sem concluir uma
milésima parte do que é reivindicado por este homem.
E já aqueles
conquistadores tinham todas as vantagens de densa ignorância e superstição
para ajudá-los, enquanto hoje vivemos sob condições muitíssimo desfavoráveis
ao desenvolvimento de engano e fraude: num dia em que todas coisas
ocultas
estão sendo
manifestadas como nunca antes; num dia em que fraudar da sorte reivindicada
é também prepóstero e ridículo para consideração. Entretanto, a tendência de
nossos dias está favorável a uma necessidade de respeito aos homens, não
como boa matéria, talent e habilidade, ou que posição de confiança e
autoridade eles possam ocupar. Até tal grau isto é verdade, como nunca
antes, que isto é mil vezes mais provável que todo o mundo negaria que
existe
algum Deus,
é verdade de que
eles sempre adorariam um sujeito humano como sendo um Deus Todo-Poderoso.
Um grande
obstáculo para muitos, considerando este assunto, é a idéia contraída
geralmente mantida do significado da palavra
deus.
Eles faltaram de
notar que o grego
theos (deus)
não referia-se
invariavelmente a Jeová. Isto significa um
único poderoso,
um
soberano, e especialmente um religioso ou uma ordem ou rito sacerdotal. No
Novo Testamento,
theos
é raramente usado
exceto com referência a Jeová, porque, em seus discursos, os Apóstolos falam
raramente e pouco dos falsos sistemas de religião, e por isso raramente
noticiam seus sagrados governantes ou deuses; já nos seguintes textos a
palavra
deus (theos)
é usada com
referência a outros do que a único supremo ser, Jeová — a saber: João 10:34,
35; At. 7:40, 43; 17:23; I Cor. 8:5.
Reconhecendo a
amplitude da palavra grega
theos,
isto sera
percebido por mais uma vez que a declaração do Apóstolo concernente ao
Anticristo — que ele mesmo se assenta no santuário de Deus, apresentando-se
como Deus. Não fazendo de necessidade significar que o Anticristo tentará
exaltar a si mesmo sobre Jeová,
[275]
nem ainda que ele
tentará de tomar o lugar de Jeová. Isto simplesmente significa que este um
se exibirá como um soberano religioso, reivindicando, e exercendo autoridade
em toda parte além de outros soberanos religiosos, ainda até o grau de
exaltar a si mesmo na Igreja, que é o verdadeiro Santuário ou Templo de
Deus, e ali reivindicando e exercendo arrogantemente autoridade como seu
chefe ou soberano autorizado. Onde no grego a palavra
theos
é usada em alguma
sentença onde seu significado será ambíguo, então é precedido pelo artículo
grego, se isto refere-se a Jeová; como se em português disséssemos
o
Deus. Nos textos
acima, quais referem-se a
outros
deuses, e neste
texto (2 Tess. 2:4), qual referees ao Anticristo, não existe tal ênfase.
Com isto
compreendendo claramente, um grande obstáculo é removido, e a mente é
preparada para olhar para as coisas certas como cumprimento desta predição:
não para um Anticristo reivindicando para ser Jeová e exigindo culto como
tal, mas por uma reivindicação para ser o chefe, supremo mestre religioso na
Igreja; quem deste modo tentará a usurpação da autoridade de Cristo, o
divinamente indicado Cabeça, Senhor, e Mestre.
Estranhamente o
bastante, também, estes que fazem esta visão literal do Homem do Pecado são
geralmente aqueles que são crentes na pré-milenar vinda de Cristo, que estão
procurando e aguardando o Senhor para vir “agora a qualquer momento”. Por
que não podem totalmente entender o significado da expressão do Apóstolo,
quando ele positivamente declara que o dia do Senhor (o dia de sua presença)
não pode vir e não deve ser esperado antes que o Homem do Pecado seja
revelado? Foi preciso mais que quarenta anos para construir o primeiro
templo judaico, e certamente sera preciso pelo menos dez a vinte anos para
construir, com mais magnificência do que o anterior, o novo templo em
Jerusalém, onde eles aguardam um literal Homem do Pecado para ser instalado
e adorado como Deus. Por que então devem aqueles que acreditam deste modo
esperar o Senhor para vir
agora em qualquer
momento?
Tal visão esta
fora da harmonia tanto com a razão como
[276]
com a profecia do
Apóstolo. Consiste em exigir que eles deveriam de dar qualquer de duas
alternativas: uma que tem aspecto ou aparência pelo que toca à volta do
Senhor a qualquer momento, ou dar outra sobre sua expectação de um futuro
Homem do Pecado; pois a presença do dia do Senhor não poderá vir antes de
estar no lugar a apostasia, e antes do que o Homem do Pecado seja
desenvolvido e revelado inteiramente dessa apostasia.
Mas quando obtemos
uma visão correta das palavras do Apóstolo, junto com idéias corretas da
maneira
da
vinda do Senhor, desta maneira não encontramos discrepância e contradições,
mas uma convincente harmonia e conveniência. E tal parecer apresentamos de
acordo com as Escrituras. O leitor deve provar.
Os diversos
títulos aplicados a este sistema são evidentemente simbólicos. Eles não
fazem referência como nomes de um único indivíduo, mas como delineações
características de uma combinação religiosa e civil corrupta, desenvolvida
dentro da Igreja cristã nominal, qual, pela sua discreta oposição a Cristo,
o Cabeça, e sua verdadeira Igreja, seu corpo, tornando-se bem merecedora do
nome
Anticristo.
Desta maneira um
sistema
poderia
cumprir todas as predições feitas concernentes ao Anticristo, ou Homem do
Pecado, apesar de que um indivíduo não podia. Isto é evidente, além disso,
que este sistema do Anticristo não é um dos sistemas religiosos pagãos, tal
como maometismo ou bramanismo; pois a Igreja cristã nunca tem estado sob o
controle de algum sistema semelhante, também não fez algum destes sistemas
originar-se na Igreja cristã. Eles agora são, e sempre têm sido,
independentes da Igreja cristã.
O sistema qual
plenamente responde à descrição dada pela inspiração deve ser declaradamente
cristão, e deve conter uma grande maioria daqueles que reivindicam para ser
cristãos. E deve ser único tendo seu começo como um apostata, ou apostasia
da verdadeira fé cristã — uma apostasia, também, qual foi secreta e furtiva,
até as circunstâncias favorecerem sua pretensão de poder.
[277]
Isto começou
secretamente nos dias dos Apóstolos — no desejo de alguns professores para
serem grandes.
Não necessitamos
procurar muito longamente para encontrar um caráter adequado a todos os
requisitos com perfeição; um cujo registro, escrito por historiadores
seculares tanto como pelos seus próprios desiludidos escritores, devemos
perceber e chegar a um entendimento ou acordo com as delineações proféticas
do Anticristo. Mas quando declaramos que somente um único sistema cuja
história é apropriada a estas profecias é o papado, não permite um mal-entendido
para significar que todo católico romano é um homem do pecado; nem que os
padres, nem ainda os papas da Igreja de Roma, são ou têm sido, o Anticristo.
Nenhum
homem é
“o
anticristo”,
“o homem do pecado”, descrito na profecia. Papas, bispos, e outros são
quando muito somente partes ou membros do sistema de Anticristo, igualmente
como todos do Sacerdócio Real são somente membros do verdadeiro Cristo, sob
Jesus seu cabeça, e na mesma maneira que esses em sua presente condição
estão juntos e são o Elias antitípico, ainda que nem um deles é o Elias ou o
Cristo profetizado. Note, mais adiante, que a Igreja de Roma como um sistema
eclesiástico não é somente o
“Homem
do Pecado”, e
nunca foi representada sob alguma figura de um homem. Pelo contrário, uma
mulher
é
sempre o símbolo usado para uma igreja separada de seu cabeça e senhor. A
verdadeira Igreja é simbolizada por uma “donzela pura”, embora a igreja
apóstata, qual tem decaído desde a primitiva pureza e fidelidade ao Senhor,
é simbolicamente chamada “meretriz”. Assim como a verdadeira “virgem” a
Igreja continuará a ser assim até o fim da idade, quando ela será unida com
seu Senhor e tomar seu nome — Cristo — também a igreja apóstata não era o
Anticristo, ou Homem do Pecado, até reunir-se com seu senhor e cabeça, o
papa, o reivindicado vigário de risto, e tornou-se um
império
religioso,
falsamente intitulado cristandade — qual significa Reino de Cristo.
Papado é o nome
deste reino falso; e ele foi construído sobre uma
[278]
verdade empregada
mal — a verdade que a Igreja é chamada para ser reino, sacerdotes para Deus
e para reinar na Terra. Entretanto o tempo para reinar ainda não tinha vindo;
a Idade Evangélica não estava determinada para aquele propósito, mas para a
seleção, desenvolvimento, disciplina, humilhação, e sacrifício da Igreja,
seguindo nas pisadas do seu Senhor, e pacientemente ficar à espera até o
tempo determinado para o prometido enaltecimento e glorioso reino — a Idade
Milenar.
O Senhor previu
que o cristianismo nominal se expandiria sobre o mundo, e que, se tornaria
popular, seria seguido por muitos que apreciam a forma sem entrada do
espírito dentro de sua instituição. Ele previu que como grandes números
desta classe identificariam a si próprios com a Igreja, o espírito mundano,
qual é o oposto do espírito da abnegação e ato de sacrifício, entraria neles;
que o egoísmo e um desejo de enaltecimento e de governar, não teriam de
esperar por longo tempo até eles poderem aproveitar-se de uma oportunidade;
e que desse modo a Igreja procuraria dominar o mundo antes do tempo — ou,
antes, que o elemento mundano qual se introduziria na Igreja faria sentir
sua influência, e
no nome
da verdadeira
Igreja pegaria e seguraria o poder civil da terra qual Deus tinha entregado
aos gentios, e qual não pode passer totalmente às mãos da verdadeira Igreja
até o fim do Tempo dos Gentios, 1914 d. C.
E assim
verdadeiramente aconteceu: a Igreja nominal começou de cair imediatamente
assim como aumentar em número sob o ensinamento e exemplo de homens
ambiciosos, cujas idéias cresceram cada vez mais favoráveis ao poder e
influência mundana, quais grande número de membros e riquezas trouxeram com
eles. Gradualmente o espírito da Igreja tornou-se mundano, e as coisas do
mundo estavam cobiçadas. A sugestão de ambição foi: “Se o grande Império
Romano, com todo seu poder e influência, seu exército e riquezas, estava
somente para amparar a Igreja, quão
[279]
honrável e nobre
isto então seria para ser um cristão! Quão rapidadamente então perseguições
pagãs cessariam! Então isto estará em nosso poder não somente para intimidar
eles, mas também para compelir sua aderência à Igreja, à cruz e ao nome de
Cristo. Isto evidentemente não é o desígnio de Deus que a Igreja deve para
sempre estar sujeita ao mundo e perseguida por ele, as palavras do Apóstolo
são: ‘Ou não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo?’ Além disso as
promessas de nosso Senhor que nós devemos reinar com ele, e muitas profecias
quais referem-se ao reino da Igreja, indicam claramente que desta maneira é
o plano de Deus. Precisamente, o Apóstolo escreveu que nosso Senhor primeiro
voltaria e enalteceria a Igreja, e exortou que nós devemos ‘esperar’ pelo
Senhor; mas vários séculos estão agora passados, e nós não vemos sinal da
vinda do Senhor. Devemos entender que os Apóstolos estavam até certo grau no
erro. Para nós isto parece claro que podemos e devemos usar todos os meios
para obter um apoio sobre o governo civil e conquistar o mundo para o Senhor.
Isto deve ser, também, que a Igreja deve ter um
cabeça
— um para
representar o ausente Senhor e para representar a Igreja diante do mundo —
um quem recebe o respeito e a homenagem do mundo, exercendo a autoridade de
Cristo, e reger o mundo com uma vara de ferro [regime de ferro], como o
profeta Davi predicou. Deste modo, gradualmente por um lento processo de
raciocínio que cobre séculos, a real esperança da Igreja por enaltecimento
para governor e abençoar o mundo — a saber, a segunda vinda do Senhor — foi
perdida de vista, e uma nova esperança tomou seu lugar: a esperança de
sucesso sem o Senhor, sobre a chefia e conduta de uma linha de papas. E
desse modo, pela fraude, intriga e troca de favores com o mundo, a esperança
da Igreja tornou-se uma esperança falsa, uma cilada ilusória através da qual
Satanás induziu de um mal e erro a outros, ambos da doutrina e da prática.
O ponto no qual a
apostasia desenvolveu-se dentro do “homem do pecado” foi quando a hierarquia
papal exaltou a si mesmo sob
[280]
a chefia de uma
arranjada linha de papas e reivindicou e esforçouse pelo posto ou dignidade
da terra no nome de Cristo, pretendendo de ser, o Reino Milenar de Cristo.
Isto foi uma reivindicação falsa e fraudulenta, não importa como
inteiramente alguns de seus defensores acreditavam nisto. Isto foi uma
fraudulenta, imitação do reino, não importa quão sinceros alguns de seus
organizadores e sustentadores poderiam ter sido. Isto foi do Anticristo, não
importa como muitos deles reivindicaram e acreditaram nisto de ser a
verdadeira glória, reino e poder de Cristo sobre a terra. Isto é um erro de
supor que ser consciencioso é ser sempre honesto. Cada sistema de erros sem
dúvida tem muitos membros conscientemente iludidos assim como tem hipócritas,
ou mais destes últimos. A consciência é honestidade moral, e não é
dependente do conhecimento. O pagão, informado erroneamente,
conscienciosamente adora e sacrifica-se à ídolos; Saulo, informado
erroneamente, conscienciosamente perseguiu os santos; e então, também,
muitos papistas, informados erroneamente, conscienciosamente fizeram
violência a profecias, perseguiram os verdadeiros santos e organizaram o
grande sistema do Anticristo. Por centenas de anos o Papado tem não somente
enganado os reis da terra quanto ao seu poder e reivindicação de divina
autoridade, e governado sobre eles, mas também na Igreja, o Templo de Deus,
onde somente Cristo deve ser reconhecido como Cabeça e Mestre, tem sentado
ele mesmo e reivindicado para ser o único mestre, e legislador; e aqui tem
enganado todos, com exceção de poucos, pelo seu sucesso fenomenal e
jactanciosas reivindicações. “Todo o mundo se maravilhou” — sendo abismados,
enganados, desnorteados — “cujos nomes não estão escritos no livro da vida
do Cordeiro”, e muitos cujos nomes estão escritos como santos de Deus
ficaram seriamente perplexos. E esta decepção foi o forte pelo motivo de
muita gradual formação destes desígnios ambiciosos e sua ainda mais gradual
realização. Eles estenderam-se durante séculos, e, como uma ambição, estava
já secretamente no trabalho nos dias de Paulo. Isto era um processo de pouco
a pouco adicio-
[281]
nando erro ao erro — o suplemento de um homem de declarações ambiciosas por
aqueles de uma outra e outra mais afastada época no decurso do tempo. Desse
modo, insidiosamente, Satanás fazia plantação e irrigação das sementes do
erro, e desenvolveu o maior e mais influenciador sistema que o mundo nunca
havia conhecido — o Anticristo.
O nome
“anticristo” tem um duplo significado. O primeiro é
contra
(isto é uma
oposição a) Cristo: o segundo é
em vez
(isto é, uma
imitação) de Cristo. No primeiro sentido a expressão é em geral uma, qual
aplica-se a algum inimigo oposto a Cristo. Neste sentido Saulo, (mais tarde
chamado Paulo), e cada judeu, e cada maometano, e todos os imperadores
pagãos e povos de Roma, eram anticristos — opositores de Cristo (At. 9:4) No
entanto isto não é neste sentido da palavra que as Escrituras usam o nome
Anticristo.
Elas passam sobre
todos tais inimigos, e aplicam o termo
Anticristo
no sentido
dado acima, como agora seu Segundo significado, isto é — como
contra,
no sentido de
adulterar, imitar,
tomando o lugar do
verdadeiro Cristo. Deste modo João observa: “conforme ouvistes que vem o
anticristo, já muitos anticristos se têm levantado”; (I João 2:18, 19) (o
grego distingue entre o especial Anticristo e os numerosos inferiores). E a
subseqüente observação de João indica que ele não referiu-se a todos
opositores de Cristo e da Igreja, mas a uma certa classe daqueles que ainda
professam de serem do corpo de Cristo, a Igreja, tinham abandonado os
fundamentos principais da verdade, e estavam por essa razão não apenas dando
uma impressão falsa da verdade, mas estavam nos olhos do mundo, tomando o
lugar e o nome da verdadeira Igreja — daqui realmente imitando os
verdadeiros santos. João disse desses: “Saíram dentre nós, mas não eram dos
nossos”; não nos representam, ainda pensam poder enganar a si próprios e o
mundo neste assunto. Na mesma epístola João declara que estes ele menciona
como muitos anticristos, isto significa, que possuem o espírito
do
Anticristo.
[282]
Aqui, então, é que
devemos aguardar, e que achamos no Papado; não uma oposição ao
nome
de Cristo, mas um
inimigo ou oponente de Cristo em que ele falsamente exibe seu nome, imitando
seu reino e autoridade, e adultera seu caráter e planos e doutrinas diante
do mundo — certamente um mais nocivo inimigo e oponente — pior em grande
parte que um sincero inimigo. E isto é verdadeiro, lembremos, entretanto que
alguns que estão em conexão com este sistema estão conscienciosamente
desencaminhados — “enganando e sendo enganados.”
Com essas
imitações como para a individualidade e características do Homem do Pecado,
e quando, e onde, e sobre que circunstâncias, devemos de esperar por ele,
devemos prosseguir para uma examinação de alguns dos acontecimentos
históricos, submetendo à prova, sem dúvida formando opinião sobre razoável
questão, que cada prognóstico concernente a Anticristo tem sido cumprido no
sistema Papal, numa maneira e até um grau que, com a iluminação deste dia de
hoje tomando em consideração, todos devem admitir que nunca pode ser
repetido. O espaço limitado obriga nos aqui a limitar a um simples resumo do
grande número das descrições do testemunho histórico. Temos também nos
limitado a historiadores de reconhecida exatidão, em muitas instâncias
dirigimos a atenção a escritores católicos romanos, a seus testemunhos ou a
suas admissões.
As
Circunstâncias que deram Origem
ao Homem do
Pecado
Uma Grande
Apostasia.
Nós primeiro
inquirimos, fazendo a história recordar um cumprimento da profecia de Paulo,
de uma grande apostasia da original simplicidade e pureza das doutrinas e
vida da Igreja cristã, e do trabalho secreto de um iníquo, ambiciosa
influência na Igreja, antes do desenvolvimento do Papado, o Homem do Pecado
— isto é, antes do reconhecimento de um papa como a cabeça da Igreja?
Sim, muito
claramente: A Hierarquia Papal não veio à existência
[283]
por vários séculos
depois que o Senhor e os Apóstolos tinham fundado a Igreja. E no meio do
intervalo, nós lemos*:—
“Como a igreja
cresceu em número e riquezas, preciosos edifícios foram construídos para
prestar culto; os serviços tornaram-se muito elaborados; escultura e pintura
foram registradas no trabalho de providenciarem ajudas a devoção. Relíquias
de santos e mártires eram cuidadas como sagradas posses; observâncias
religiosas foram multiplicadas; e a Igreja sob os imperadores cristãos [no
quarto século], com sua ordem de clérigos e de imponentes cerimônias,
assumiu muito da ostentação e visível esplendor que pertenceram ao sistema
pagão, qual ela tinha suplantado.”
Dizendo um outro:
**“Contemporaneamente
com o estabelecicimento [do cristianismo como a religião do império no
quarto século] estava o progresso de uma
grande
e
geral corrupção
qual levantou-se dois séculos antes.
Superstição e
ignorância investiu os eclesiásticos com um poder qual eles aplicavam a seus
próprios engrandecimentos.”
Rapin observa que:
“No quinto século o cristianismo foi rebaixado por um vasto número de
invenções humanas; a simplicidade de seu governo e disciplina estavam
reduzidos a um sistema de poder clerical; e seu culto estava poluído com
cerimônias emprestadas dos pagãos.”
Mosheim, em sua
“História
do Cristianismo”,
traçou a apostasia
da Igreja de sua original simplicidade e pureza, passo por passo, descendo
para sua profunda degradação qual culminou no desenvolvimento do “homem do
pecado”. Quer ou não faz ele aparecer reconhecendo o Anticristo, no entanto
num magistral aspecto ele tem traçado as obras do “ministério da iniqüidade”,
na Igreja, numa época anterior ao começo do quarto século — quando sua obra
foi repentinamente interrompida pela morte. Da sua excelente e volumosa obra
nosso espaço aqui não permite fazer citações, todavia recomendamos a obra
inteira como altamente instrutiva em seus significados sobre o assunto.
———————
*História
Universal de Fisher, página 193.
**História
Universal de White, página 156.
Citamos do
“Velho Mundo
Romano”
por Lord, um
sumário e
[284]
guçado esboço da
história da Igreja durante os primeiros quarto séculos, quais demonstram
claramente e resumidamente seu gradual declínio, e sua rápida degeneração
depois quando o impedimento referido pelo Apóstolo foi removido. Ele disse:
“No Primeiro
século não foram muitos os sábios, nem muitos os que foram chamados. Nenhum
dos grandes nomes têm sido conhecidos para nós; nenhum dos filósofos, ou
políticos, ou nobres, ou generais, ou governadores, ou juízes, ou
magistrados. No primeiro século os cristãos não eram de muita importância
para serem largamente perseguidos pelo governo. Eles não tinham ainda
arresto da atenção pública. Ninguém escreveu contra eles, nem sequer os
filósofos gregos. Não lemos de protestos ou apologias da parte de próprios
cristãos. Não tinham grandes homens em suas fileiras, tampouco por erudição,
ou talentos, ou riquezas, ou posição social. Nada na história é mais pobre
do que os anais da Igreja no primeiro século, então em grande parte grandes
nomes são confundidos. Sim, neste século convertidos estavam multiplicando-se
em todas as cidades, e pontos tradicionais para os martírios daqueles que
eram proeminentes, incluindo aproximadamente todos dos apóstolos. .
“No segundo
século
não existiram mais grandes nomes do que Policárpio, Ignácio, Justino Mártir,
Clemente, Melito e Apolonio, bispos pacíficos ou intrépidos mártires,
aqueles que discursaram a suas congregações em aposentos superiores, em
qualquer recinto ou compartimento fechado, e que não possuíram posições nem
dignidades mundanas somente por sua santidade ou simplicidade de caráter, e
somente são mencionados por seus sofrimentos e fé. Lemos sobre os mártires,
dos quais alguns escreveram valiosos estudos e apologias: mas entre eles não
encontramos pessoas de posição. Isto foi uma desgraça para ser um cristão
nos olhos da moda ou poder. A primitiva literatura cristã é essencialmente
apologética, e o caráter é simples e prático. Existiam controvérsias
na
Igreja, uma
intensa vida religiosa, grandes atividades, grandes virtudes, mas não
conflitos externos, nem história profana. Eles ainda não tinham criticado o
governo ou as grandes instituições sociais do império. Isto foi um pequeno
[285]
grupo
de pessoas puras e inocentes, que não faziam aspiração ao controle social.
No entanto atraída a atenção do governo e isto foi motivo suficiente para
serem perseguidos. Foram considerados como fanáticos que procuravam destruir
uma reverência das instituições existentes.”
[Organizou-se
para Conseguir o Poder]
“Neste século,
isto é, no segundo século a constituição foi
calmamente
organizada.
Existia uma
organizada cordialidade entre os membros; bispos tinham tornado-se
influentes, não na sociedade, mas entre os cristãos; dioceses e paróquias
foram estabelecidas; havia uma distinção entre bispos da cidade e bispos
rurais; delegados de igrejas reuniam-se para discutir pontos de fé ou
suprimir heresias nascentes; o sistema diocesano ficou desenvolvido, e a
centralização eclesiástica começou; diáconos começaram de ser contados entre
os mais altos clérigos; as armas da excomunhão foram forjadas; esforços
missionários estavam continuando; os festivais da Igreja foram criados;
gnosticismo foi abraçado por muitos líderes principais; escolas catequéticas
ensinaram a fé sistematicamente; as fórmulas de batismo e os sacramentos
tornaram-se de grande importância; e o monacato tornou-se popular. A Igreja
estava desse modo
colocando a
fundação de sua futura constituição e poder.
“O Terceiro Século
viu a Igreja muito poderosa como uma instituição. Regulares sínodos tinham
reunido-se nas grandes cidades do império; o sistema metropolitano ficou
amadurecido; os cânones da Igreja foram definitivamente numerados; grandes
escolas de teologia atraiam mentes; as doutrinas estavam
sistematizadas
[isto
é, definidas, limitadas e formuladas dentro de credos e confissões de fé].
Cristianismo tinha difundido muito extensivamente que era necessário de ser
um outro perseguido ou legalizado; grandes bispos governaram a crescente
igreja; grandes doutores [da divindade] especulavam sobre as questões
[filosofia e a
falsamente chamada ciência]
que tinham agitado
as escolas gregas; edifícios eclesiásticos foram aumentados, e banquetes
instituídos em honra dos mártires. A Igreja estava rapidamente
[286]
avançando para uma
posição qual extorquiu a atenção da humanidade.
“Isto não foi
até o Quarto Século
— quando a
perseguição imperial tinha parado; quando [o Imperador Romano] Constantino
foi convertido;
quando a Igreja
aliou-se com o Estado;
quando a primitiva
fé foi corrompida; quando a superstição e vã filosofia tinham-se associado a
fileiras de fiéis; quando bispos tornaram-se cortesãos; quando igrejas
tornaram-se tanto ricas como esplêndidas; quando sínodos foram guiados sob
influência política; quando monacatos [monges] tinham estabelecido um falso
princípio de virtude; quando políticos e dogmáticos passavam de mão em mão,
e imperadores obrigavam a cumprir os decretos de concílios [da Igreja] — que
homens de
posição
introduziam na
Igreja. Quando o cristianismo tornou-se a religião da corte e das classes
que seguem à moda, isto era usado para apoiar muitos males contra quais ele
primitivamente protestava. A Igreja não estava somente impregnada com os
erros da filosofia pagã, mas ela adotou muitas das cerimônias de adoração
oriental, quais estavam tanto minutas como grandiosas. As igrejas tornaram-se,
no quarto século, tão imponentes como os velhos templos da idolatria.
Festivais tornavam-se freqüentes e imponentes. Os povos apegavam-se a eles
porque eles obtiveram excitamento e uma cessação do trabalho. Veneração a
mártires desenvolveu-se em introdução de imagens — uma futura fonte de
idolatria popular. Cristianismo estava exaltado em pomposas cerimônias. A
veneração a santos aproximou a sua deificação, e a superstição exaltou a mãe
de nosso Senhor a um objeto de absoluta adoração. Mesas de comunhão tornaram-se
imponentes altares típicos dos sacrifícios judaicos, e as relíquias dos
mártires eram preservados como sagrados amuletos. A vida monástica também
desenvolvia-se em um grande sistema de penitência e ritos expiatórios.
Exércitos de monges retirados para lugares melancólicos e isolados, e
entregando-se a rapsódia e jejum de própria expiação. Eles estavam num
escuro e fanático grupo de homens, omitindo a intenção prática de vida.
“O clero,
ambicioso e mundano, procurava posição e distinção.
[287]
Eles ainda
aglomeravam as cortes de príncipes e aspiravam por honras temporárias. Eles
já não estavam mantendo-se pelas voluntárias contribuições dos fiéis, mas
pelos rendimentos fornecidos pelo governo, ou propriedade herdada
proveniente de velhos templos [pagãos]. Grandes legados foram feitos à
Igreja pelos ricos, e estes o clero controlava. Estes legados tornaram-se
fonts de inesgotáveis riquezas. Enquanto a riqueza aumentava e estava
confiada ao clero, tornavam-se indiferentes às necessidades do povo — já não
suportadas por eles. Tornaram-se ociosos, arrogantes e independentes. O povo
foi afastado e excluído do governo da Igreja. Os bispos tornaram-se grandes
personagens que controlavam e designavam seu clero.
A Igreja estava
aliada com o Estado,
e dogmas
religiosos foram impostos pela espada do magistrado.
Uma Imponente
Hierarquia de Vários Graus
foi Estabelecida,
a qual Culminou
no Bispo de Roma
“O Imperador
decidia pontos de fé, e o clero foi isentado quanto aos deveres do Estado.
Havia um grande número para a profissão sacerdotal, quando o clero controlou
tanto poder e tornou-se tão rico; e homens eram levados a grandes posições [ou
dignidade de bispos], não por causa de suas piedades ou talentos, mas devido
as suas influências com os grandes.
A missão da Igreja
estava perdida de vista numa degradante aliança com o Estado.
Cristianismo foi
uma representação teatral, um ritualismo, um braço do Estado, uma vã
filosofia, uma superstição, uma fórmula.”
Assim a grande
apostasia da fé, predita pelo apóstolo Paulo, é um estabelecido fato da
história. Todos historiadores dão testemunho disto, ainda aqueles que
aprovam a assunção do poder e elogiam os principais atores neste esquema.
Sentimos que nosso espaço limita nossas citações a algumas das mais aguçadas
expressões. A grande apostasia, cobriu um período de séculos, era tão
gradual que era muito perceptível a aqueles que então viviam no seu meio do
que para nós que então vemos ela como um todo; e o mais ela era engano por
causa de todos os passos da organização, e todo avanço
[288]
favorável a
influência e autoridade na Igreja e sobre o mundo, era feito
no nome de Cristo,
e
abertamente para glorificar ele e cumprir seus planos registrados na Bíblia.
Deste modo foi o grande Anticristo desenvolvido — o mais perigoso, mais
sutil e mais persistente oponente do verdadeiro cristianismo, e o mais
diabólico perseguidor dos verdadeiros santos.
O Obstáculo
Removido
O apóstolo Paulo
profetizou que este iníquo princípio operaria secretamente por um tempo,
enquanto alguma coisa oposta continuasse no caminho, até que, o obstáculo
fosse removido, podendo ter um curso livre, e progredir rapidamente para o
desenvolvimento do Anticristo. Ele disse: “Pois o mistério da iniqüidade já
opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora”. (2 Tess.
2:7) O que a história tem feito para mostrar no cumprimento desta perdição?
Ela indica que o fator que retardava um rápido desenvolvimento do Anticristo
era o fato que o lugar aspirado já estava ocupado por outro. O Império
Romano não tinha somente conquistado o mundo e aplicado suas políticas e
leis, mas, reconhecia superstições religiosas para serem a forte corrente
pela qual mantinha-se firme e controlava o povo, ele tinha adotado um
esquema qual tinha sua origem em Babilônia, no tempo de sua grandeza como
soberanos do mundo. Aquele plano foi, que o imperador deveria de ser
considerado o diretor e governador tendo no religioso como nos afazeres
civis. Em defesa disto, foi afirmado que o imperador era um semideus, que em
algum sentido descendia de suas divindades pagãs. Como tal estava
idolatrando e adorando suas estátuas; e como tal foi intitulado
Sumo Pontífice
— isto
é, Sumo Sacerdote ou administrador supremo do Direito Religioso. E este é o
verdadeiro título reivindicado por e dado aos pontífices ou papas da
Hierarquia Romana, desde que este Anticristo obteve “o seu poder e o seu
trono e grande autoridade” do antigo monarca de Roma. Apoc. 13:2.
Mas a antiga Roma
pagã e Babilônia tinham somente um mero projeto de poder sacerdotal enquanto
comparado com o maquinismo complexo e elaborado, e habilidade de invenções
de doutrinas e práticas da Roma Papal, a triunfante sucessora de seus
esquemas,
[289]
que agora, depois
de séculos de astúcia e habilidade, tem o seu poder desta maneira
fortificado que ainda hoje, quando seu poder esta visivelmente enfraquecido
e é despojado do governo civil, governa o mundo e controla os reinos
secretamente, apenso, mais inteiramente do que os imperadores romanos sempre
governaram os reis subordinados a eles.
Para seus créditos
serem registrados que nem um dos imperadores romanos, como Sumo Pontífice ou
administrador supremo do Direito Religioso, alguma vez exerceram a tirania
de alguns de seus sucessores no trono Papal. Neste ponto Gibbon disse:*
“Isto
deve ser admitido que o número de protestantes que eram executados numa
única província e um único reino,
em grande parte
ultrapassa
aquele dos
primitivos mártires no espaço de três séculos e do [inteiro] Império
Romano.” De acordo com o costume de seus dias eles faziam favores aos mais
populares deuses, mas em qualquer parte que seus exércitos iam, os deuses e
seguidores do povo conquistado eram geralmente respeitados. Isto foi
ilustrado na Palestina, na qual, ainda que sobre controle romano, liberdade
religiosa e liberdade de consciência eram geralmente respeitadas pelo
imperial
Sumo Pontífice,
quem como
administrador religioso deste modo demonstrou sua clemência para o povo, e
sua harmonia com todos os deuses populares.
———————
*Volume
II, página 85.
Assim, então,
vemos o que impedia o prematuro desenvolvimento do Anticristo foi o fato que
a cobertura instituída de spiritual supremacia era ocupada pelos
representantes do poderoso império, qual o mundo outrora conheceu; e que por
alguns para ter tentado uma abertura de manifesto de ambição nesta direção
teria exposto eles à ira dos senhores do mundo. Por isso esta iníqua ambição
no começo trabalhou secretamente, desaprovando qualquer intento para ganhar
poder ou autoridade, até uma favorável oportunidade foi apresentada — depois
a Igreja nominal tinha tornado-se grande e influente e o poder imperial
estava fragmentado por dissensões políticas e começou a arruinar-se. O poder
de Roma estava rapidamente enfraquecendo, seus poderes e unidade foram
divididos entre seis pretendentes das
[290]
honras imperiais,
quando Constantino tornou-se imperador. E aquele, em parte pelo menos, ele
adotou o cristianismo para fortalecer e unificar seu império, é uma —
razoável suposição. Neste ponto a história diz:.
“Se Constantino
abraçou o [cristianismo] segundo a convicção de sua verdade, ou apartir da
diplomacia, é um assunto de disputa. Certo isto é, que esta religião,
satisfatoriamente ainda que recebendo do poder romano somente censura
silenciosa, ou perseguição ativa, tinha se estendido entre o povo, assim que
Constantino fortificou-se na afeição dos soldados por adotar isto. ...
Mundana ambição visando ao curso qual o imperador seguiu em declarar-se ele
mesmo um cristão, e não o espírito de Cristo, quem disse: O meu reino não é
deste mundo. Constantino fez o cristianismo a religião do império, e desde
aquele tempo em diante encontramos sua influência manchada com coisas
mundanas. ... Nenhum bispo particular era considerado como cabeça de toda a
Igreja, mas o imperador estava desta maneira na realidade. Nesta qualidade
ele convocou o
Concílio de Nice,
tendo
na controvérsia entre Atanásio e Ário tomando partido contra o último.
O
concílio concordou com o imperador.”*
Por mais que
vantagens poderiam ser derivadas por causa da aquisição de um prosélito
imperial, ele estava ilustre pelo splendor da púrpura, melhor do que a
superioridade da sabedoria ou virtude, de acordo com muitos milhares de seus
súditos que tinham abraçado as doutrinas do cristianismo. ... No mesmo ano
do seu reino no qual Constantino convocou o Concílio de Nice poluiu-se pela
execução de seu filho primogênito. A gratidão da Igreja tinha exaltado as
virtudes e desculpado as fraquezas de um patron generoso, quem assentou o
cristianismo no trono do mundo romano.”**
———————
*História
Universal de Willard, página 163.
**Gibbon,
Volume II, página 269.
Aqui, então, sob o
reino de Constantino, a oposição do império ao cristianismo cedeu ao favor,
e o Imperial Sumo Pontífice tornou-se o patrono da
declarada,
mas realmente
apostata Igreja de Cristo; e, tomando ela pela mão, ele ajudou ela tomar um
lugar de
[291]
popularidade e esplendor a partir do qual ela foi capaz mais tarde, quando o
poder imperial tornou-se fraco, de pôr seus próprios representantes sobre o
trono religioso do mundo e era ela administrador supremo do Direito
Religioso —
Sumo Pontífice.
Mas é um equívoco
supor, como muitos fazem, que a Igreja naquele tempo era uma igreja (virgem)
pura, repentinamente levantada a uma dignidade e poder e o que tornaram-se
para ela cilada. Totalmente ao contrário é verdade. Como já foi declarado,
uma grande apostasia tinha ocorrido, a partir da primitiva pureza e
simplicidade e liberdade em determinadas crenças, ambiciosas facções, cujos
erros e cerimônias, semelhantes àqueles das pagãs filosofias, enfeitados com
algumas verdades, reforçados e rebitados com as doutrinas do tormento eterno,
tinham atraído para dentro da igreja uma vasta multidão, cujos números e
influências tornaram-se
valiosos
para
Constantino e eram respeitados e usados adequadamente. Desta maneira ninguém
dos mundanos alguma vez pensou seriamente de aderir a causa do humilde,
semelhante a Cristo “o pequeno rebanho” — a verdadeira Igreja consagrada,
cujos nomes estão escritos nos céus. A popularidade do Constantino com seus
soldados, mencionada pelos historiadores, é muito diferente da popularidade
com o verdadeiro soldado da cruz.
Em prova disto
deixe-nos aqui citar a partir da história, com referência ao estado de
sociedade religiosa sob Diocleciano, o antecessor de Constantino, quem,
perto do fim de seu reino, crendo que cristãos tinham atentado para destruir
sua vida, ficou amargurado contra eles e perseguiu-os por disposição a
destruição de Bíblias, o banimento de bispos, e finalmente por decreto de
pena de morte de tais como os contrários a estes decretos-lei. Gibbon*
disse
desta era:
———————
*Volume
II, página 53 e 57.
“Diocleciano e
seus colegas freqüentemente conferiam os mais importantes postos a estas
pessoas que declaravam sua repugnância à adoração de deuses, mas que
mostravam habilidades próprias para o serviço do Estado. Os bispos ocupavam
uma honrosa posi-
[292]
ção em suas
respectivas províncias, e eram tratados com distinção e respeito, não
somente pelo povo, mas também pelos próprios magistrados. Em quase toda
cidade, as antigas igrejas ficaram com construções insuficientes para
abrigar o crescente número de convertidos; e em seus lugares eram
construídos edifícios mais grandiosos e espaçosos para o público adorador da
fé. A corrupção de maneiras e princípios, tão forçosamente lamentada por
Eusébio, podia ser considerada não somente como uma conseqüência, mas também
uma prova da liberdade, qual cristãos gozavam e abusavam sob o reino de
Diocleciano. A prosperidade tinha relaxado os nervos da disciplina. Fraude,
inveja e malícia prevaleciam em toda congregação. Os prosélitos aspiravam
para o serviço episcopal, qual todo dia tornava-se um objeto muito digno de
suas ambições. Os bispos, que competiam um com o outro por proeminência
eclesiástica, apareciam por suas condutas para reivindicar uma secular e
tirânica força na Igreja; e a viva
fé
qual entretanto
distinguia os cristãos dos gentios foi demonstrada muito mais em suas vidas
do que em seus escritos controversos.
“A história de
Paulo de Samosata, quem ocupou a autoridade metropolitana [bispado] de
Antioquia enquanto o Leste estava nas mãos de Odenatus e Zenóbia, poderia
servir para ilustrar a condição e caráter dos tempos. [270 d. C.] Paulo
considerou o serviço da Igreja uma profissão muito lucrativa. Sua jurisdição
eclesiástica era venal e voraz: ele extorquia freqüentes contribuições dos
mais opulentos dos fiéis, e convertia para seu próprio uso uma considerável
parte das rendas públicas. [Ele é reivindicado pelos críticos, disse Gibbon,
que Paulo ocupou o posto Imperial de
Ducenarios,
ou foi
procurador, com um salário annual de duzentos
Sestertia
— $77.000.]
Pelo seu orgulho e luxúria, a religião cristã estava apresentando-se odiosa
nos olhos dos gentios. Sua câmara de conselhos, e seu trono, o esplendor com
qual ele apareceu em público, a suplicante multidão que solicitou sua
atenção, a multidão de cartas e petições a quais ele ditou suas respostas, e
a continua pressa de atividades nas quais ele estava envolvido, eram
circunstâncias muito melhor apropriadas ao Estado de um civil magistrado do
que à humildade de um primitivo bispo.
[293]
Quando do púlpito
fazia discurso bombástico ao seu povo, Paulo atacava o figurativo estilo e
os gestos teatrais de um sofisma asiático, enquanto na catedral ressoavam
com as mais extravagantes aclamações no louvor de sua eloqüência divina.
Contra aqueles que resistiam ao seu poder, ou recusavam a lisonjear sua
vaidade, o prelado de Antioquia era arrogante, rígido e inexorável, mas ele
relaxou a disciplina e esbanjou os tesouros da Igreja com seu clero
dependente.”
Desse modo sob o
reino de Constantino todo obstáculo foi finalmente removido, e, como
devíamos encontrar, a organização do Papado — a igreja nominal sob a chefia
do bispo de Roma como papa — foi ligeiramente efetuada.
O Rápido
Desenvolvimento do Anticristo
O rápido
desenvolvimento da Hierarquia Papal após a ascensão de Constantino é um
muito notável caráter de sua história. “O príncipe deste mundo” foi
verdadeiro à sua promessa de dar poder e domínio como uma recompensa pela
adoração e obediência a ele. (Mat. 4:8, 9) Pelo édito de Milão, Constantino
deu legal segurança para as possessões da Igreja, e os cristãos recuperaram
terras dantes perdidas. Um segundo édito, no ano 321 d. C., outorgou a
liberdade de legar por testamento a propriedade à Igreja, enquanto o próprio
Constantino aplicou um exemplo de dar generosamente e liberalmente bens ao
clero cristão sem poupar. Este exemplo do Imperador foi seguido por milhares
de seus súditos, cujos oferecimentos durante a vida e cujos legados na hora
da morte fluíam para o tesouro eclesiástico. White, diz:*
———————
*História
Universal de White, página 155.
“A Igreja de Roma
começou cedo de assumir autoridade sobre as outras [sobre as igrejas de
outras cidades e países], além disso dos números e riquezas de seus
convertidos como de suas posições na cidade capital. Muitas circunstâncias
concorreram para aumentar a influência de seu bispo, contudo sua usurpação e
ambição era por um tempo vigorosamente repelida. A transferência do assento
de poder [por Constantino, de Roma para Constantinopla, no ano 334
[294]
d. C.]
aumentou o poder da Igreja ocidental por conferir ao bispo a principal
magistratura. Por isto devia ser adicionada a sensação dada por Gratiano e
Valentiniano ao costume de apelar para Roma, e as freqüentes peregrinações a
túmulos de São Pedro, e São Paulo e outros mártires.”
Após a morte de
Constantino as variadas fortunas do Império Romano pareciam de cooperarem
para o desenvolvimento da Igreja apostata e o desenvolvimento do Anticristo;
pois uma união sob um cabeça ou papa, considerado o representante ou
vicegerente de Cristo, não tinha ainda sido firmada. Os imperadores
sucedendo Constantino, até Teodósio, continuavam de considerar a si mesmos
como os cabeças da Igreja, nos quais centralizava-se a divina autoridade.
Apesar de que nenhum dos mil oitocentos bispos do império ainda não estavam
preparados para
demander
reconhecimento
como o cabeça, ou
papa, vários tinham seus olhos naquele prêmio, e os imperadores estavam
demonstrando a superficialidade de suas pretensões do título
Sumo Pontífice,
no
argumento desta maneira desde que adorassem os santos mortos, possuiriam um
similar respeito a seus representantes vivos — os bispos. Contudo, os
imperadores em seus editos repentinamente referiam-se ao imperador como uma
hierarquia divina
e para eles mesmos
como personagens divinos.*
————————
*Ver
Gibbon, Volume II, página 108.
O poder e
autoridade do bispo de Roma vieram apressadamente: no período de cinqüenta
anos a partir do tempo em que o cristianismo foi legalmente estabelecido,
sua prosperidade e dignidade, como bispo da capital e principal cidade do
mundo, era muito grande. Ammianus, um historiador contemporâneo, descrevendo
sua prosperidade e ostentação disse: “Ele ultrapassou reis em esplendor e
magnificência, viajou nas luxuosas carruagens, estava vestido com trajes de
excelente qualidade, e era distinguido pelo seu luxo e orgulho.” A mudança
do assento do império para Constantinopla, a exposição da cidade de Roma à
invasão dos bárbaros provenientes do norte, as contínuas trocas de generais
e [295]
governadores no império já em rápida decadência, deixou o bispo da Igreja em
Roma o mais permanente e o mais honrado oficial lá; e seu prestígio
gradualmente aumentado ficou enaltecido ainda mais por remoção dos
esplendores rivais da corte imperial para Constantinopla, assim como pela
reverência atribuída ao próprio nome de Roma entre todos os povos do mundo.
Como uma
ilustração disto, notamos que quando, em 455 d. C., a cidade de Roma foi
invadida e pilhada pelos vândalos, e tudo ao redor foi aflição e desolação,
Leão, o bispo de Roma, aproveitou a oportunidade para imprimir sobre todos,
ambos, bárbaros e romanos, sua reivindicação de poder imperial. Para os
barbarous rudes e supersticiosos; já gradualmente impressionados pelo que
eles viram em volta deles, da Roma de grandeza e riqueza. Leão, vestido com
suas vestes pontificais, exclamava: “Cuidado! Eu sou o sucessor de São Pedro
para quem Deus tem dado as chaves do reino dos céus e contra cuja igreja as
portas do hades (do inferno, AL; SBB) não prevalecerão contra ela; eu sou o
vivo representante do poder divino na terra; eu sou César; um César cristão
governando em amor, para quem todos cristãos devem obediência; eu seguro em
minhas mãos as maldições do inferno e as bênçãos dos céus; Eu absolvo todos
assuntos da submissão aos reis; Eu dou e tomo para posse de outros, por
direito divino, todos tronos e principados da cristandade. Tomai cuidado com
vocês para que não profanais o patrimônio sagrado concedido-me pelo vosso
rei invisível; realmente, curvai para baixo vossos pescoços diante de mim e
orai que a ira de Deus possa ser desviada.”
A veneração ao
lugar e nome foi ativamente aproveitada pelo bispo de Roma, quem logo
reivindicou uma superioridade para todos outros bispos, governadores e
monarcas. Logo ele reivindicou não somente o domínio eclesiástico do mundo,
mas também o domínio civil: o direito de coroar e descoroar, de promover e
degradar qualquer e todos governadores do velho Império Romano, era o
direito e herança da Igreja de Roma, qual foi reivindicado que Deus tinha
assim dado poderes para o domínio da Terra. Estas reivindicações foram
feitas repetidamente e repentina- [296]
mente
negadas por bispos opostos, portanto para fixar um ano exato como a data de
seu começo seria impossível. Como por ele mesmo, as reivindicações do Papado
que ele foi organizado nos dias dos apóstolos, e que Pedro foi o primeiro
papa; no entanto isto não é apenas sem prova, mas isto é muito positivamente
contradito por toda história, qual demonstra que ainda que a
iniqüidade da
ambição
tem trabalhado
secretamente por um longo tempo, ela foi impedida de desenvolver-se em
Anticristo e de fazer absolutamente tais reivindicações, até o Império
Romano começar a desintegrarse.
Daqui em diante
trataremos do Anticristo, cujo gradual
desenvolvimento
e
organização
por causa da
secretamente trabalhada ambição são um apropriado prelúdio para o terrível
caráter exibido depois do desejado poder ter sido alcançado — a partir do
ano 539 d. C. até o ano 1799 d. C., isto é, durante 1.260 anos. Deste
período os primeiros trezentos anos marcaram o avanço deste poder temporal;
os últimos três marcaram sua decadência sobre as influências da Reforma e
civilização; e o intermediário período de sete séculos compreendeu o tempo
de glória do Papado e a “Idade Média” do mundo, cheio de fraudes e decepções
em nome de Cristo e da verdadeira religião.
Um escritor
católico romano plenamente corroborou nossas descobertas nestes assuntos, e
nós apresentamos suas palavras sem consideração de seu glossário, como
corroborativo testemunho. Dando, com incandescente entusiasmo, uma descrição
da ascensão do Papado para o poder temporal, descrevendo ele como uma planta
de origem celeste, e portanto de rápido crescimento e alta exaltação no
mundo, ele disse:
“A ascensão do
poder temporal dos papas apresenta à mente um dos mais extraordinários
fenômenos quais os anais da raça humana oferecem para nosso espanto e
admiração. Por uma singular combinação de circunstâncias concorrentes, um
novo poder e um novo domínio crescia, silenciosamente e firmemente, nas
ruínas daquele Império Romano qual tinha estendido sua influência sobre,
[297]
ou
fez-se respeitado por, quase todas as nações, povos e raças que viveram no
período de sua força e glória; e que novo poder, de origem modesta, lançava
raízes profundas, e logo exercia uma mais ampla autoridade, do que o império
cujas gigantescas ruínas ele fez quebrarem-se em fragmentos e reduzirem-se
ao pó. Em própria Roma o poder do sucessor de Pedro crescia ombro a ombro
com o poder do imperador e sob a proteção da sombra deste; e assim foi
aumentado a influência dos papas, de modo que a majestade do supremo
Pontífice foi provavelmente em breve obscurecida por esplendor da púrpura.
“A mudança por
Constantino da capital do império do Oeste para o Leste, desde históricas
ribanceiras do Tiber para as formosas costas do Bósforo, colocou a ampla
fundação
de uma supremacia na realidade começada desde aquela momentosa mudança.
Praticamente, quase a partir daquele dia, Roma, qual tinha testemunhado o
nascimento, a fase inicial, o esplendor, e a decadência, da potente raça por
quem seu nome tinha sido carregado com suas águias até as remotas regiões do
então conhecido mundo, estava gradualmente abandonada pelos herdeiros de seu
renome; e seu povo, abandonado pelos imperadores, e exposto a uma fácil
pilhagem e devastações pelos bárbaros, aos quais não tinha mais coragem para
resistir, notou no bispo de Roma seu guardião, seu protetor, seu pai. Ano a
ano a temporária autoridade dos papas cresceu em forma e endureceu em força,
sem violência, sem derramamento de sangue, sem fraude, pela força de
circunstâncias opressivas, feito, como se visivelmente, pela mão de Deus.”
Enquanto católicos
romanos assim representam a ascensão do Papado sobre as ruínas da Roma Pagã
como um triunfo da cristandade, aqueles que estão familiarizados com o
verdadeiro espírito do cristianismo olham em vão para ver algum traço
daquele espírito na prostituição da Igreja e sua profana aliança com o mundo.
Tampouco pode o verdadeiro cristão ver nas vantagens fornecidas pela
ignorância, superstição, calamidades e as várias
[298]
circunstâncias dos
tempos nos quais a Igreja de Roma tomou vantagem, alguma evidência da divina
interposição em seu favor. Nem ainda podem eles descobrir, na exaltação da
Igreja de Roma ao poder terrestre e glória, alguma verificação da promessa
do Senhor para a verdadeira Igreja, para que a
seu tempo
seja exaltada
— depois do Anticristo ter vindo e ido; visto que a exaltação do verdadeiro
trono da Igreja não é para ser um ensangüentado e poluído com crime, assim
como o trono do Papado tem sido desde seu próprio começo: tampouco o
verdadeiro Cristo jamais necessitará de recorrer a reis terrestres para
estabelecer ou defender seu poder. As marcas quais distinguem a imitação
desde o real reino de Cristo são facilmente reconhecíveis por aqueles que
são instruídos, através das Escrituras, com o Cristo real e seu corpo, a
verdadeira Igreja, com os princípios sob quais seu reino é para ser
estabelecido, e com o propósito por qual é para ser estabelecido.
Mas não permita
uma suposição que a real Igreja de Cristo, ainda naqueles tempos corruptos,
estava de modo idêntico extinguida ou perdida de vista. “O Senhor conhece os
seus” em toda idade e sob toda condição. Como trigo estão permitidos para
crescerem no meio de terrenos infestados de pragas; como ouro estão no forno,
sendo experimentados e purificados “para participar da herança dos santos na
luz”. É verdade, o curso da multidão, que chamou a si próprios cristãos,
ocupou os mais proeminentes lugares nas páginas da história; mas
indubitavelmente uns poucos fiéis através de todas perseguições, e no meio
de todas artes enganosas do mistério da iniqüidade, andaram como é digno na
sua vocação celestial, deitaram para descansar e serem registrados por Deus
como herdeiros da coroa imarcescível, reservada nos Céus para eles.
Deste modo,
claramente, nas páginas da história, o fato é indicado que este Homem do
Pecado, Anticristo, nasceu em Roma; e, ainda que no princípio deparou com a
oposição, ele gradualmente levantou a si próprio ao poder; ou, expressado na
profecia de Daniel, como “chifre, pequeno”, ele subiu da cabeça daquela
velha besta romana, aquele “animal, terrível e espantoso”, para qual Daniel
não pôde encontrar nome, qual tinha desta
[299]
maneira poder para
fazer mal e dano. E, enquanto prosseguiremos, devemos achar que a história
do Anticristo corresponde exatamente, não somente com as profecias de
Daniel, mas também com todas as profecias registradas concernentes a ele.
Caráter do
Anticristo na História
Tendo localizado o
Anticristo, em seguida procedemos para comparar o caráter do Papado com as
profecias registradas, descritivas do caráter e realidades do Anticristo ou
o Homem do Pecado.
Alguns podem
inquirir se ele será adequado para transpor os imperadores de Roma (que
reivindicavam para serem os supremos soberanos religiosos), sem chamar seu
sistema de Anticristo, e para aplicar aquele título completo e inteiro para
o organizado sistema Papal. Respondemos, isto é certamente correto. e
submetemos o leitor novamente à definição do Anticristo já apresentada como
usada nas Escrituras, a saber,
no lugar de, em vez
de,
isto é, para ser um império espiritual; ele deve reivindicar para governar
os reinos da Terra por esta autoridade espiritual; ele deve deste modo não
ser somente um único adversário, mas também uma imitação, deturpando e
pretendendo de ser o reino de Cristo, e exercendo o que no devido tempo de
Deus será a autoridade do verdadeiro Cristo, a Igreja glorificada e completa
sob o único Cabeça e Senhor — o real
Sumo Pontífice.
Não somente fez a
reivindicação Papal para ser o glorificado reino de Cristo prometido pelo
Senhor, os apóstolos e os profetas, mas também ele aplicou a si mesmo e a
seus sucessivos cabeças (os papas, que, reivindicam, ocupar o lugar de
Cristo, como Pontífices, Chefes, ou Reis deste reino) todas aquelas
passagens dos profetas que descrevem a Milenar glória de Cristo. E,
“enganando [outros] e sendo enganados” eles mesmos (pelas suas falsas
teorias, desenvolveram-se lentamente pela pecaminosa ambição em prol da
grandeza, durante séculos), os papas têm peça por peça arranjado os títulos
de todos associados na hierarquia, suas deslumbrantes
[300]
roupas, suas
imponentes cerimônias, suas grandes catedrais como solenidades,
reverenciando — serviços inspirados, numa escala para corresponder tão de
perto como possível com suas reivindicações — os ambientes deslumbrantes,
roupas e cerimônias igualando, tanto quanto melhor podiam fazer eles
igualavam, as glórias e grandezas retratadas pelos profetas.
Por exemplo, no
Salmo 2:12 lemos: “Beijai o Filho, (ó reis, juízes da terra, verso 10) para
que não se ire, e pereçais no caminho; porque em breve se inflamará a sua
irá.” Isto não é uma ordem para beijar literalmente, mas para conceder
prontamente, agradável submissão ao nosso Senhor, e aplica-se à presente
hora, em que, fazem-se preparatórias para o grande e verdadeiro reino
Milenar do verdadeiro Cristo, os reis ou os grandes da terra, politicamente,
socialmente, financeiramente e eclesiasticamente, estão sendo testados por
sua boa vontade ou má vontade para reverenciar as regras justas agora
devidas a entrarem em vigor. Aqueles que resistirem à retidão, resistirem ao
cetro deste Rei da Glória, e todos tais serão derrotados no grande tempo de
tribulação qual introduzirá o reino milenar do novo Rei: todos aqueles que
não quiserem seu reino serão matados. (Luc. 19:27) “Os seus inimigos
lamberão o pó” — serão subjugados.
Desviando esta
profecia para seu reino falso, cabeça representativa do Anticristo, o papa,
nos dias de felicidade de sua prosperidade estabelecia reis e imperadores
para reverenciarem diante dele, assim como diante de Cristo, e para beijarem
seu grande dedo do pé — aplicando o mesmo como cumprimento desta grande
profecia.
Reivindicações
tais como estas são geralmente omitidas muito ligeiramente pelos estudantes
e escritores proféticos, enquanto eles procuram saber e especialmente
noticiar imoralidades; mas nisto eles grandemente enganam-se, por
criminalidades terem sido abundantes o bastante em cada idade, e não
necessitariam delineações proféticas tão especiais como são dadas do
Anticristo. Poderia isto ser provado que aqueles relacionados com o sistema
[301]
papal
seriam verdadeiros modelos de moralidade, isto seria todavia idêntico com o
caráter notável na Escritura como o grande Anticristo — a imitação qual tem
atribuído a si mesmo os títulos, privilégios, poderes, e reverência
pertencentes ao Ungido do Senhor. Como uma imitação, ele tem também
adulterado o plano de Deus com referência à seleção de um “pequeno rebanho”,
ou Igreja, no tempo presente; e ele tem inteiramente posto de lado a
verdadeira esperança da Igreja, e a provisão do Senhor para a bênção do
mundo durante o Milênio do Reino de Cristo — qual ele representa como
cumprindo-se em seu próprio reino.
Os maus efeitos de
tal perversão e informação falsa do plano de Deus raramente podem ser
estimados. Eles têm sido a direta fonte de informações da qual nasceram
todas as doutrinas corruptas quais, uma após outra, eram introduzidas para
amparar as reivindicações e aumentar a dignidade do Anticristo. E apesar da
Reforma, três séculos depois, introduzir uma era de estudos bíblicos e
liberdade de pensamento, e induzir à rejeição de muitos males e erros, ainda
a imitação estava assim por diante elaborando uma escala, tão completa em
todas suas partes e arranjos, e tinha tão completamente enganado o mundo
todo de modo que, até depois Lutero e muitos outros tinham reconhecido o
Papado como a conseqüência da grande apostasia — o Anticristo da profecia —
enquanto o denunciavam como um sistema, eles se firmaram na falsa teoria que
conduzia para seus peculiares erros de doutrina e prática. Até o dia de hoje
grande maioria de protestantes de todas dominações sustentam a teoria do
Anticristo, que o Reino de Cristo
tem sido
estabelecido.
Alguns esforçavam-se
para fazer como o Papado fez — para organizar sua Igreja sob alguma única
pessoa como seu cabeça — enquanto outros preenchem o lugar deste cabeça com
um conselho ou sínodo; mas todos estão sob a desilusão imposta pelas falsas
e corrompidas interpretações das Escrituras, doutrinas começadas pelo
Anticristo — que agora, e não em um tempo futuro, é o
reinado do Reino de
Cristo;
e, negando a idade
vindoura, assim como o Anticristo faz, eles, igual aquele sistema, estão
descuidados do amplo desenvolvimento da santidade
[302]
entre os crentes e
são zelosos mais propriamente para o cumprimento agora da obra da próxima
idade (a conversão do mundo) — tanto assim, que eles estão muitas vezes
dispostos de deturpar o plano e Palavra de Deus, e de inventar teorias para
amedrontar e guiar o mundo em uma fé de piedade; e dispostos também a
recorrer a métodos mundanos e incorretos afim de acrescentarem a suas
atrações, para fazerem seus vários sistemas os mais tentadores para os
não
convertidos,
os quais eles,
igual o Anticristo, estão dispostos de incluir na conta por causa de seu
orgulho e para fazer uma boa exibição.
Tais encontram
isto difícil de entender para ver que o Papado é o Anticristo. Como podem
eles, enquanto a fé ainda não é livre do veneno, e a razão é ainda
grandemente cegada por muita essência de erros do Anticristo. A grandeza, a
magnificência e a necessidade do Milênio do Reino de Cristo e sua obra de
bênção de todas as famílias da Terra devem ser vistas, antes que a grandeza
da falsidade do Anticristo pudesse ser apreciada, ou sua destruição da
verdade e sua desoladora e corrompida influência na igreja nominal ou
santuário de Deus pudessem ser corretamente estimados.
Ninguém precisa
surpreender-se sobre a perfeição desta imitação, quando refletimos que ela é
a obra do
Diabo,
e tem sido modelada segundo os tipos e ilustrações da futura glória
apresentada nas Escrituras. Visto que o tempo para a seleção da Igreja tinha
vindo, e aquelas verdades plantadas pelo Senhor e os Apóstolos tinham
ganhado rápido progresso contra todas as religiões pagãs, procurando alguém
humilde em qualquer parte que ele estivesse, o grande adversário procurava
destruir a pureza da Igreja e transformar os outros em canais falsos esses
que ele não podia fazer parar. Deste modo tanto o triunfo do Anticristo,
como seu poder presente, têm realmente sido sucesso de Satanás. Mas aqui nós
observamos a sabedoria de Deus; por enquanto o sucesso do Anticristo dava a
impressão de pressagiar a derrota do plano de Deus, ele estava de fato,
apesar de sem perceber, cooperando para garantir o sucesso do plano de Deus;
porque de nenhuma outra
A IGREJA DE DEUS
O SACERDÓCIO
REAL
—————————
A
REALIDADE
DURANTE
O MILÊNIO DO
REINO
O TIPO
VERDADEIRO
Arão —
e os sucessores — Chefe ou Sumo Sacerdote, cabeça e representante e
portavoz.
————
Subsacerdotes, derivaram as suas dignidades oficiais, direitos e
privilégios de serviço através de Arão, cujo corpo eles
representavam, tipificando a Igreja de Cristo.
|
DE CRISTO
NA TERRA
Cristo Jesus,
nosso Senhor e Cabeça também representante; o Sumo Sacerdote da
nossa confissão ou ordem.
————
A Igreja glorificada, o corpo de Cristo, participantes de sua glória,
majestade, e postos do governo: cujos postos serão diferentes, como
uma estrela difere em glória de outra estrela.
|
A
IMITAÇÃO
Dos Papas,
Por seu turno, representtam o Sumo Sacerdote da hierarquia papal;
seu Senhor, cabeça e porta-voz.
————
A
Igreja de Roma consiste dos bispos e prela dos, que compartilham as
dignidades da hierarquia, ainda que diferindo em graus de honra —
carde ais, bispos, etc.
|
Os Sujeitos à Hierarquia são assistentes, como segue:
|
Os levitas, que fizeram serviços ligados com o Tabernáculo típico —
ensi nando, etc., etc.., Uma ordem inferior de sacerdotes não
permitia a entrar no Mais Sagrado Santuário — o Santíssimo (típico
da natureza espiritual) nem a o-lhar para aquele lugar.
————
Todo Israel era ensinado e guiado pela hierarquia acima descrita. E
em Moisés quem foi um tipo do completo Cristo, eles tinham nele
profeta, sacerdote e rei unidos, típico da autoridade Milenar de
Cristo — At. 3:22.
|
A fase terrestre do Reino de Deus; através de quem a glorificada
Igreja terá mais contato direto com o mundo, em ensinamento, governo,
etc., o mundo também terá aconchegada comunhão com a espiritual
Igreja em glória.
—————
O mundo será ensinado, guiado, governado e ajudado pelo acima
descrito Reino de Deus e seus representantes terrestres, quais terão
todo poder, e deverão ser obedecidos; e todo aquele que não obedecer
será “exter-minado” — At. 3:23. |
Os frades e freiras do Papado, não são partes ou membros da I greja
ou hierarquia, mas chamam-se “irmãos” e “irmãs”. Destes são os
professores, enfermeiras, etc., em contato direto tanto com o
povo
como com a hierarquia.
————
Papado
reivindica
a odo-bediência do mundo para seu poder e doutrinas — como sendo o
Reino de Deus. O inferior sacerdó cio é seu agente. Quando estava no
poder intentou de impor suas leis, e de “exterminar” aqueles que não
obedeciam. |
[304]
maneira
poderiam os
verdadeiros
consagrados
terem sido
completamente provados, e sua fidelidade à Palavra de Deus tão completamente
testada, como por permissão desta grande imitação.
A tabela anexada
servirá para demonstrar como completa tem sido a imitação da futura
organização do reino de Cristo no Papado, e como ele estava declinado
conforme o típico sacerdócio judaico.
Mosheim,
explicando a
ascensão do hierárquico sistema na Igreja, muito claramente demonstra sua
imitação, nestas palavras, Vol. I, pág. 337.
“Enquanto a menor
probabilidade resta que Jerusalém poderia em um tempo ou outro novamente
levantar seus cabeças do pó, professores e líderes cristãos não adotaram a
si próprios títulos ou distinções, pelo menos nenhum, nem sequer o mais
modesto e humilde; mas no tempo em que a cidade tinha sido fechada por
Adriano [135 d. C], e a maioria dos judeus já não podiam entreter alguma
esperança, de verem seu antigo governo restabelecido, estes mesmos pastores
e ministros
conceberam um
anseio para serem acreditados pelos seus rebanhos que eles mesmos tinham
sucedido aos direitos do sacerdócio judaico.
Os bispos,
portanto, fizeram seus trabalhos de inculcar a idéia que eles estavam
investidos com um caráter parecido com aquele do grande Sumo Sacerdote dos
judeus, e estavam
conseqüentemente
dotados de todos aqueles direitos quais tinham sido reconhecidos como
pertencentes ao alto dignitário eclesiástico judaico.
O exercício do
ordinário sacerdote judaico era em igual maneira, determinado para ser
transmitido, ainda que sob a mais perfeita forma, sobre os presbíteros da
Igreja cristã: e finalmente os diáconos foram localizados num paralelo com
os levitas, ou ministros inferiores.”
A Cabeça e Boca
do Anticristo
Sua Grande
Expansão de Palavras
O papa (cada papa
em seu turno) é a
cabeça
da falsa Igreja,
que é o seu corpo, igualmente como Cristo Jesus é a
cabeça
da verdadei-
[305]
ra Igreja, que é o seu corpo. Visto que a cabeça é o representante do corpo,
e sua
boca
fala pelo corpo, encontramos, como devemos esperar, este aspecto do
Anticristo proeminentemente referido nas Escrituras. Em Daniel 7:8, 11, 25,
e no Apocalipse 13:5, 6, a boca do Anticristo é apresentada especialmente
para nossa observação como uma característica principal. Daniel disse que
neste chifre havia “olhos, como os de homem”, — símbolo de inteligência e de
uma perspicaz diplomacia. Este
“chifre”
era para ser
diferente de todos os outros poderes; ele era para ser muito sábio, muito
mais habilidoso, do que outros impérios quais intentaram de governar o mundo;
seu poder havia de ser aquele de sua boca (forma de expressão) guiado pelos
seus olhos (conhecimento) antes do que aquele de força física. E ninguém
informado com a história do Papado pode negar que as figures usadas para
ilustrar seu poder e métodos estão notavelmente bem.
“Foi-lhe dada
uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias; ... E abriu a boca em
blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome e do seu tabernáculo e
dos que habitam no céu.” “Proferirá palavras contra o Altíssimo”. — Apoc.
13:5, 6; Dan. 7:8, 25.
Não deve esquecer-se
que estas são expressões figurativas, descritivas do caráter e pretensões de
uma simbólica “besta” (governo) e “chifre” (poder) da velha besta romana ou
império. Em alguns aspectos, o Papado era um novo governo (“besta”), distino
a partir do velho império romano; e em outros, ele era um chifre ou poder
entre outros daquele império, qual por um tempo ocupou controle superior
sobre os outros chifres ou poderes. Ele é apresentado em símbolo desde estes
ambos pontos de vista para tão completamente localizá-lo e designá-lo.
Do anticristo que
proferia arrogância e blasfêmias; cobrindo todo período de sua longa
carreira. A expressão, “blasfêmia em nossos dias, é usualmente dar apenas um
significado grosseiro, como se relacionado à mais vulgar forma de blasfêmia
e unicamente
[306]
profanação. Mas,
em seu verdadeiro significado, a palavra “blasfêmia” é aplicada a
alguma indignidade
oferecida a Deus.
Bouvier
define ela deste
modo:
“Blasfêmia
é atribuir a Deus
aquilo que é contrário a sua natureza, e não fazer caber a Ele, — e de não
reconhecer o que fez.” Completo Dicionário Webster sob cabeçalho de
Blasfêmia
e com
Blasfêmia.
E em
evidência que este é o sentido no qual a palavra “blasfêmia” é usada nas
Escrituras, repare a maneira em que nosso Senhor e os fariseus a usavam:
“Responderam-lhes os judeus: Não é por nenhuma obra boa que vamos
apedrejar-te, mas por
blasfêmia;
e porque sendo
tu homem, te fazes Deus.” “Tornou-lhes Jesus: ... àquele a quem o Pai
santificou, e enviou ao mundo, dizeis vós: Blasfemas;
porque eu disse:
Sou
Filho de Deus?” — João 10:33-36. Veja também Mar. 14:61-64.
Com isto, a
própria definição de “blasfêmia”, diante de nós, quão evidente deve ser para
os sinceros que aquelas grandes e elevadas palavras e jactanciosas
reivindicações do Papado tinham, uma e todas, sido blasfêmias. O
estabelecimento de um imitante Reino de Deus foi um libelo sobre o governo
de Deus, uma grossa blasfêmia, e uma informação falsa de seu caráter, plano
e palavra. Caráter de Deus, isto é, seu
“nome”,
era blasfemado nos
milhares monstruosos éditos, bulas, e decretos emitidos em seu nome, pela
longa fila daqueles que reivindicavam, como vigários, para representar seu
Filho; e o tabernáculo de Deus, a
verdadeira
Igreja, era
blasfemada pelo falso sistema qual reivindicou para tomar seu lugar — qual
reivindicou que sua fé era o verdadeiro e único tabernáculo ou Igreja de
Deus. Mas devemos deixar a história dizer desta grande expansão de palavras,
estas suposições blasfemas, que cada sucessivo papa, como o cabeça do
Anticristo, proferiu e aprovou.
Numa obra
intitulada, “Papa o Vigário de Cristo, o Cabeça da Igreja”, pelo célebre
católico romano, Monsenhor Capel, está uma lista de nada menos do que
sessenta e dois títulos de blasfêmias aplicados ao papa; e, se ele citou,
estes não são meros títulos
[307]
mortos desde o
passado, pois eles foram arranjados por um dos principais escritores, do
Papado, vivo. Citamos a lista como segue:
“Mais Divino de
todas Cabeças.”
“Santo Padre dos
Padres.”
“Pontífice Supremo
sobre todos Prelados
“Supervisor da
Religião Cristã.”
“O Pastor Chefe —
Pastor dos Pastores.”
“Cristo pela Unção.”
“Abraão pelo
Patriarcado.”
“Melquisedeque em
Ordem.”
“Moisés em
Autoridade.”
“Samuel no Ofício
Judicial.”
“Sumo Sacerdote,
Bispo Supremo.”
“Príncipe dos
Bispos.”
“Herdeiro dos
Apóstolos; Pedro em Poder.”
“Chaveiro do Reino
dos Céus.”
“Bispo designado
com Plenitude de Poder.”
“Vigário de Cristo.”
“Sacerdote
Soberano.”
“Cabeça de todas
as Santas Igrejas.”
“Chefe da Igreja
Universal.”
“Bispo dos Bispos,
que é, Sumo Pontífice.”
“Soberano da Casa
do Senhor.”
“Senhor Apostólico
e Padre dos Padres.”
“Pastor Chefe e
Professor.”
“Médico de Almas.”
“Rocha contra qual
as orgulhosas portas do inferno não prevalecerão.”
“ Papa Infalível.”
“Cabeça de todos
os Santos Sacerdotes de Deus.”
Em adição à longa
lista de títulos, da qual os acima são citados como exemplos, o autor dá as
seguintes citações de uma carta qual São Bernardo, Abbott de Clairvaux,
escreveu para o Papa Eugênio III, no ano 1150 d. C.
[308]
“Quem és tu? — O
Sumo-Sacerdote, o Bispo Supremo. Tu és o príncipe dos Bispos, tu és o
Herdeiro dos Apóstolos. Tu és Abel em Primazia, Noé em governo, Abraão em
fileira patriarcal, em ordem Melquisedeque, em dignidade Arão, em autoridade
Moisés, Samuel em ofício judicial, Pedro em poder,
Cristo em Unção.
Tu és
aquele a quem as chaves dos céus são dadas, a quem as ovelhas são confiadas.
Existem de fato, outros porteiros dos céus, e outros pastores de rebanhos;
mas tu és o mais glorioso em proporção como tu tens também, num diferente
estilo herdado, diante de outros estes ambos nomes. ... O poder de outros é
limitado por limites definidos: o teu estendeu-se até sobre aqueles que têm
recebido autoridade sobre outros. Tu não podes, quando uma justa razão
ocorrer, fechar o céu contra um bispo, destituí-lo do ofício episcopal, e
entregá-lo a Satanás? Portanto teu privilégio é imutável, ainda mais nas
chaves entregues a ti assim como nas ovelhas a proteção é entregue aos
cuidados de ti.”
Todos estes
títulos agradáveis com blasfêmia, têm sido aplicados e recebidos pelos
pontífices romanos com complacência e marcante satisfação, como legalmente
pertencentes a eles.
Desde o Papa
Bonifácio VIII, nós temos o seguinte decreto, qual é até agora existente no
direito comum: “Nós declaramos, dizemos, definimos, pronunciamos o
necessário à
salvação
de cada criatura
humana é de sujeitar-se ao Pontífice romano.” Papa Gregório VII, quem no ano
1063 ordenou que o papa deveria ser chamado
padre dos padres,
deduziu
o seguinte de Gên. 1:16, afim de apoiar as suas pretensões papais: “Deus,
pois, fez os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e
o luminar menor para governar a noite; ambos grandes, mas um mais grande.
‘No
firmamento dos céus,’
que é, a igreja
universal, ‘Deus, pois, fez os dois grandes luminares’: isto é, instituiu
duas dignidades, que são a autoridade pontifical e o poder real; no entanto
essa que preside sobre o dia, essa é, a espiritual, é a maior; mas essa que
preside sobre coisas carnais é a menor; pois como o sol diferencia-se da lua,
então faz os papas diferirem de acordo com os reis.” Outros
O Homem do Pecado
[309]
papas têm aceitado esta interpretação, qual tem feito muito para reforçar a
idéia de supremacia papal.
Santo Antonius,
Arcebispo de Florença, depois de citar o Salmo 8:4-8, AL: “Contudo, pouco
menor o fizeste do que os anjos”, etc., e aplicando isto a Cristo,
transferiu isto ao papa nas seguintes palavras: “E porque ele nos deixou em
sua presença corpórea, ele deixou seu vigário [substituto] na Terra, a
saber, o Sumo Pontífice, qual é chamado papa, que significa padre dos
padres; para que estas palavras pudessem ser adequadamente esclarecedores do
papa. Do papa, como Hostiensis disse, é maior do que o homem e menor do que
um anjo, porque ele é mortal; todavia é grande em autoridade e poder. Pois
um anjo não pode consagrar o corpo e o sangue de Cristo, nem absolver ou
ligar, o alto decreto do qual poderes cabem ao papa; nem pode um anjo
ordenar ou conceder indulgências. Ele é de glória e de honra coroado; a
glória da recomendação, porque ele é chamado não somente abençoado, mas
também muitíssimo abençoado. Quem deveria duvidar chamá-lo abençoado a quem
o cargo mais alto de tão grande dignidade tinha tão grandemente enaltecido?
Ele é coroado com a honra da veneração, assim que o fiel pode beijar seus
pés. Uma maior veneração não pode existir —
‘prostrai-vos
diante do escabelo de seus pés’.
(Sal. 99:5) Ele é
coroado com a magnitude de autoridade, porque ele pode julgar todas pessoas,
mas por ninguém pode ser julgado, a não ser que seja encontrado desviando-se
da fé [a fé do Anticristo, naturalmente]. Por esta razão ele é coroado com
uma tríplice, coroa de ouro, e é posto sobre todas ‘as obras das suas mãos’,
para fazer o que quer de todos inferiores. Ele abre os céus, envia os
culpados para o inferno, confirma impérios, põe em ordem todo clero.”
O Concílio de
Latrão em sua primeira sessão deu ao papa o título de “Príncipe do Universo”;
em sua segunda sessão chamou-o Sacerdote e Rei, que é para ser adorado por
todo povo, e que é muito semelhante a Deus”; e em sua quinta sessão fez
alusão às profecias do glorioso reino de Cristo para Leão X nestes termos:
“Não chores; ó filha de Sião, eis o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi,
trouxe Deus a ti um Salvador”.
[310]
Do
Dicionário
Eclesiástico
de Ferrari, um
modelo padrão de autoridade Católica Romana, nós citamos o seguinte esboço
resumido do poder papal como dado sob a palavra papa, artigo 2.º:
“O papa é tão
grande dignidade e elevação que ele não é simplesmente um homem, mas como se
fosse Deus, e o vigário [representante] de Deus. ... Por esta razão o papa é
coroado com uma tríplice coroa, como rei dos céus, da terra e do inferno.
Mais ainda, a excelência e poder do papa são não tão-somente sobre coisas
celestiais e infernais, mas ele é também sobre os anjos, e é superior deles;
para que se fosse possível que os anjos poderiam desviar-se da fé, ou
entreter sentimentos contrários a isso, eles poderiam ser julgados e
excomungados pelo papa. ... Ele é de tão grande dignidade e poder que
ele ocupa o
único e o mesmo tribunal com Cristo;
para que tudo o
que o papa faça pareça que sai da boca de Deus. ... O papa é, por assim
dizer, Deus na terra, o único príncipe dos fiéis de Cristo, o grande rei de
todos reis, possuindo a plenitude do poder;
a quem o governo da
Terra e o reino dos Céus estão incumbidos.”
Ele mais adiante
acrescenta: “O papa é de tão grande autoridade e poder que ele pode
modificar, declarar, ou interpretar a lei divina.” “O papa pode às vezes
contrariar a lei divina.” “O papa pode em qualquer tempo neutralizar a lei
divina por limitação, explicação, etc.”
Deste modo, o
Anticristo não tão-somente esforçou-se para estabelecer a Igreja em poder
antes do
tempo
do Senhor, senão também ele era audacioso o bastante para tentar de
“neutralizar” e “modificar”
leis
divinas para
adaptar seus próprios esquemas. Quão claramente fez ele deste modo cumprir-se
a profecia qual sobre mil anos antes declarou — “cuidará em mudar
os tempos
e a
lei”.
Dan. 7:25.
Em uma bula papal,
ou édito, Sixtus V declarou:
“A autoridade dada
a São Pedro e seus sucessores, pelo imenso poder do Rei eterno, sobressai-se
a todo o poder de reis e principles da Terra. Ele passa incontrolável
sentença sobre eles todos. E se encontrar algum deles resistindo a ordenação
de Deus, toma a mais severa vingança sobre ele jogando-o fora de seu trono,
por mais
[311]
poderoso que ele possa ser, e tombando-o para as profundas partes da terra
como ministro do ambicioso Lúcifer”.
Uma bula do Papa
Pio V, intitulada “A condenação e excomunhão de Elizabeth, rainha da
Inglaterra, e seus aderentes — com uma adição de outras punições”, a escrita
é como segue:
“Aquele que reina
nas alturas, para quem é dada toda a autoridade no céu e na terra, confiou
unicamente a santa igreja católica e apostólica (fora da qual não há
salvação) e a um único sobre a terra, a saber: a Pedro, o Príncipe dos
Apóstolos, e ao sucessor de Pedro, o bispo de Roma, para governar com plenos
poderes. Ele apenas o fez príncipe sobre todas as nações, e sobre todos os
reinos, para arrancar e derribar, para destruir e arruinar; e também para
edificar e plantar.
São Bernardo
afirmou que “ninguém exceto Deus é
semelhante ao papa,
quer no
céu quer na terra”.
“O Imperador
Constantino”, disse do Papa Nicolau I, “confiro o nome de Deus ao papa; quem,
por essa razão, sendo Deus, não pode ser julgado pelo homem.”
Disse o Papa
Inocente III — “O papa ocupa o lugar do verdadeiro Deus”; e a lei canônica,
na lei, no glossário, denominam o papa — “Deus nosso Senhor.”
Inocente e
Jacobatius afirma que “o papa pode fazer quase tudo o que Deus pode fazer,”
enquanto Decius rejeita a palavra
quase,
como desnecessária,
Jacobatius e Durand declaram que “ninguém atreve-se a dizer a ele sequer
mais do que a Deus — Senhor: Que é o que fazes?” E Antonius escreveu:
“Para ele [ao
papa] pertence a ordenar estas coisas quais pertencem ao bem público, e
remover aquelas coisas quais previnem este fim, como vícios, abusos quais
apartam homens de Deus. ... E isto de acordo com Jeremias 1:10 [Aqui
novamente atribuída a Anticristo uma profecia qual pertence ao reino Milenar
de Cristo]: ‘Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos,
para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares’; isto é quanto
aos vícios; e também ‘para edificares e plantares’, isto
[312]
é quanto às
virtudes. ... Quanto ao poder do papa sobre aqueles que estão no inferno,
que são designados como peixes do mar (Sal. 8) — porque, como os peixes
estão continuamente agitados pelas ondas do mar, igualmente aqueles no
purgatório estão continuamente exercitados pelas aflições de punições — Deus
tem submetido ao papa também os peixes do mar, isto é, aqueles que estão no
purgatório, para aliviá-los pelas indulgências.
“Pagãos estão
submetidos ao papa, que preside no mundo no lugar de Cristo. Mas Cristo tem
pleno poder sobre toda criatura. O papa é o vigário de Cristo, e ninguém
pode legalmente afastar a si mesmo da sua obediência, como ninguém pode
afastar a si mesmo legalmente da obediência a Deus. ... papa pode punir
pagãos e nações bárbaras. ... E ainda que os pagãos não podem ser punidos
com a espiritual punição da excomunhão e o equivalente, já eles podem ser
punidos pela Igreja com punição pecuniária, e pelos príncipes com punição
corporal, também. ... A Igreja pode punir, indiretamente, os judeus com
punição espiritual, pela excomunhão cristã de príncipes a quem os judeus
estão submetidos,
se eles
negligenciarem de puni-los com punições temporárias
quando fizerem
alguma coisa contra os cristãos. ... Se a conversão de alguns
for desejada,
eles
podem ser compelidos por terrores e açoites, não realmente para receberem a
fé, mas para que eles não apresentassem obstáculo à fé por uma obstinação.
Para a conversão dos infiéis, o julgamento de Deus deve ser imitado.”
Aqui está uma
ilustração como o erro de doutrina produz injustiça. Os povos podem
ligeiramente serem induzidos em toda forma de crueldade e opressão, se
primeiro convencerem a si próprios que no exercício de tal depravação eles
são mais semelhante a Deus — imitadores de Deus. A admiração é que os povos
são tão comportados e moderados como nós os encontramos, com todas as
terríveis, doutrinas e idéias falsas concernentes ao plano de Deus para a
humanidade, com quais Satanás tem cegado e iludido-os através da fonte de
erro papal, deixando-os num curso congenial da sua caída natureza.
Continuando, o mesmo autor acrescenta:
“O poder do papa é
exercido sobre heréticos e cismáticos, simbo-
[313]
lizados também
pelos bois, porque eles resistem à verdade com o chifre da soberba. Deus tem
submetido estes também sob os pés do papa para serem punidos num
modo quadruplicado,
isto é,
pela excomunhão, deposição, privação temporária de posses e perseguição
militar. Entretanto são unicamente para serem considerados heréticos quando
recusam a reformar suas doutrinas pestíferas, e obstinadamente dispostos a
defendê-las. ... O papa pode escolher, ou eleger o imperador. O imperador é
o ministro [servo] do papa, nisto, que ele é o ministro de
Deus, cujo lugar o
papa ocupa;
visto que Deus tem
nomeado o imperador como o ministro do papa. ... Eu suponho isto para ser
dito como uma verdade, que o papa, o vigário de Cristo, possue jurisdição
universal das coisas espirituais e terrestres, no mundo inteiro,
no lugar do Deus
vivo.”
As seguintes
formas de expressões dos papas, tiradas da obra de Fox “Atos e Monumentos”,
por H.G. Guinness, um escritor ingles de reputação, merece um lugar de
proeminência; e nós podemos simpatizar sinceramente com este comentário do
escritor sobre este sistema cuja boca apresenta adiante certas expressões,
quando ele diz: “Qualquer, pois, que a si mesmo exaltar, será humilhado”;
que degradação pode ser comensurada com tal exaltação própria como esta”?
“Portanto, desde
que tal poder é dado a Pedro, e a mim em Pedro, sendo seu sucessor, quem é
então em todo o mundo que deve não ser sujeito a meus decretos, que têm tal
poder no céu, no inferno, na terra, com os vivos e os mortos. ... Pela
jurisdição da qual confere a plenitude do meu poder que é tão grande, ao
passo que todos outros estão sujeitos — a essa plenitude de poder, e os
imperadores eles mesmos devem persuadir suas execuções a mim — somente Eu
não estou sujeito a ninguém, não, nem a mim mesmo; assim minha majestade
Papal sempre continuará não diminuída; superior a todos os povos, quem todas
pessoas devem obedecer e seguir, quem nenhum homem deve julgar ou acusar de
algum crime, nenhum homem pode depor, mas eu mesmo. Nenhum homem pode
excomungar-me, sim, ainda que eu receba ou tome em comunhão o excomungado;
por nenhum cânon atar-me; a quem
[314]
nenhum homem deve
mentir, pois aquele que mentir a mim é um herético, e uma pessoa excomungada.
Assim, então, isto torna-se aparente que a grandeza do sacerdócio começou
com Melquisedeque, foi celebrado ou realizado com solenidade por Arão,
aperfeiçoado por Cristo, representado por Pedro,
exaltado na
jurisdição universal, e manifestado no Papa.
Para que através
desta
preeminência do meu sacerdócio,
tendo todas as
coisas sujeitas a mim, pode parecer bem verificado em mim, o que foi falado
de Cristo, ‘e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés’.
“E, do mesmo modo,
isto é para ser presumido que o bispo dessa igreja é sempre bom e santo. Sim,
embora ele caia em homicídio ou adultério, ele pode pecar, no entanto ainda
ele não pode ser acusado, mas pelo contrário desculpado pelos assassinatos
de Sansão, pelos roubos dos hebreus, etc. Toda a terra é minha diocesse, e
eu o superior eclesiástico sobre todos os povos, tenho a autoridade do Rei
de todos reis sobre os súditos. Eu sou tudo em tudo, e sobre todos, para
quem Deus só, e eu, o vigário de Deus, tenhamos ambos um consistório, e eu
sou capaz de fazer quase tudo o que Deus pode fazer. Em todas as coisas que
eu me desejar seria pretender razão, pois eu sou capaz pela lei de dispensar
sobre a lei, e da iniqüidade fazer justiça corrigindo leis e trocando-as.
Portanto, se aquelas coisas que eu faço para serem ditas não para serem
feitas por homem, mas por Deus —
O que pode você
fazer me a não ser Deus?
Novamente, se
prelados da igreja eram por Constantino chamados de deuses e considerados
como tais, eu então, sendo sobre todos prelados, tenho a impressão por esta
razão de ser
sobre todos deuses.
Portanto, não maravilhei-vos se isto está em meu poder para mudar os tempos
e momentos, para alterar e ab-rogar leis para dispensar em todos assuntos,
sim com
os preceitos de Cristo;
por onde Cristo
disse a Pedro: Mete a tua espada na bainha, e censurou seus discípulos para
não usarem alguma força material por vingança a si próprios, não fiz eu,
papa Nicolau, escrevendo aos bispos da França, exortando-os a desembainharem
suas espadas materiais? ... E ao passo que Cristo estava presente ele mesmo
no casamento em Caná da Galiléia, não fiz eu, papa Martin, em minha
distinção, inibindo o clero espiritual de apresentar-se nas bodas, e também
de casar-se? Além disso, onde Cristo ordenou-nos empres-
[315]
tar sem esperança de lucro, não fiz eu, papa Martin, concedendo dispensações
para o mesmo? O que devo eu falar dos assassinos, fazendo para não serem
assassinos ou homicidas para matarem aqueles que foram excomungados? Do
mesmo modo, contra a lei da natureza, também contra os Apóstolos, igualmente
contra as regras dos Apóstolos, eu posso e faço dispensa; por onde eles, em
suas regras, ordenam que o sacerdote por adultério deve ser destituído, Eu,
através da autoridade de Silvestre, faço alterar o rigor daquela
constituição, considerando tanto as mentes como também os corpos dos homens
de agora de serem mais fracos do que eram naquele tempo. ... Se
especificamos sumariamente para ouvir o número total de todos tais casos
como propriamente acabam pertencer a minha dispensação Papal, qual chegou ao
número de cinqüenta e um pontos, com quais nenhum homem pode intrometer-se
mas somente eu mesmo exclusivamente, eu recitarei eles. [Aqui segue a lista.]
“Depois que eu
tenho agora suficientemente declarado meu poder na terra, no céu, no
purgatório, como grande é ele, e o que é a plenitude disso em ligação,
exonerando, comandando, permitindo, elegendo, confirmando, dispensando,
fazendo, e desfazendo, etc., Eu falarei agora um pouco de minhas riquezas e
de minhas grandes possessões, para que cada homem possa ver minha riqueza e
abundância de todas as coisas — rendas, dízimos, tributos; minha seda, minha
púrpura, coroas, ouro, prata, pérolas, e jóias, terras, e domínios. Para
minha honra pertence primeiro a cidade imperial de Roma; o palácio de
Lateran; o reino de Sicília é próprio para mim; Apula e Capua são minhas.
Também os reinos da Inglaterra e Irlanda, não são eles, ou eles não devem
ser, tributários a mim? A estes eu junto também, em adição outras províncias
e países, em ambos: o Ocidente e o Oriente, desde o norte até o sul, estes
domínios pelo nome. [Aqui segue uma longa lista.] O que devo eu falar aqui
de meus rendimentos diários, de meus primeiros frutos, anata, pálios,
indulgências, bulas, confessionários, indultos, e rescritos, testamentos,
dispensações, privilégios, eleições, prebendas, casas religiosas, e
similares, quais alcançam notáveis somas de dinheiro? ... do que vantagens
aquelas que chegam para meus cofres podem parcialmente ser conjeturadas. ...
Mas o que
[316]
deverei Eu falar
da Alemanha, quando todo o mundo é minha diocese, como meus canonistas fazem
dizer, e todos os povos são compelidos a acreditar. Portanto, como eu
comecei, assim eu concluo, comandando, declarando, e pronunciando, para
ficar
sobre necessidade de salvação, para cada criatura humana ser sujeita a mim.”
Isto é presumido
por muitos hoje que estes motivos de orgulho do Papado pertencem somente ao
passado distante, e que uma grande mudança tem vindo sobre aquele sistema em
tempos posteriores; no entanto um pouco de reflexão e observação provam que
estes sentimentos do Papado são ainda inalteráveis. Devemos ter em mente,
também, que a constante reivindicação do Papado é que suas doutrinas são
inalteráveis: que os decretos de seus papas são
infalíveis;
e que aqueles
decretos, manifestam blasfêmias contra Deus, e perseguição contra seus
santos, são até agora mantidos sagrados pela Igreja Católica Romana hoje em
dia. A mudança no Papado é meramente a perda do poder trazida perto pelo
despertar da Reforma. A vontade é possessiva, entretanto o poder para fazer
é diminuído pelos progressos da ciência e liberdade em que a Bíblia tem sido
o fator principal. O Anticristo está sendo gradualmente rendido e
enfraquecido pelo verdadeiro Cristo — pelo “sopro de sua boca” — sua Palavra.
Brevemente o radiante resplendor da
presença
de Emanuel
completamente destruirá a vangloriosa imitação, e totalmente libertará o
mundo das correntes de suas ilusórias pretensões e erros.
Para uma
ilustração de pretensões dos últimos tempos, nota o fato que o presente
papa, a partir da ascensão ao trono papal, tomou o título de Leão XIII, e
logo depois subscreveu ele mesmo
“Leo de tribus Juda”
— isto
é, “Leão da tribo de Judá”— um dos títulos do verdadeiro Cabeça. Certamente
em reivindicações presunçosas, portanto, ele não está recuado daqueles que
apoiaram o mesmo ofício durante a Idade Média.
O seguinte,
chamado A
Adoração,
é ainda uma parte
da cerimônia ligada com a instalação de um novo papa. O novo papa, vestido
de branco, enfeitado com muitas pedras preciosas, e usando sapatos vermelhos
com grandes cruzes douradas por dobras, é conduzido para o altar, onde ele
ajoelha-se. Depois — “O papa levan-
[317]
ta-se, e usa sua
mitra, é levantado pelos cardeais e colocado por eles sobre o altar do trono
para sentar lá. Um dos bispos ajoelhados, e a canção do
Te Deum
[Nós louvamos te,
ó Deus] inicia-se. Entrementes os cardeais beijam os pés, as mãos e a face
do papa.” Uma moeda representando esta cerimônia, estampada na casa da moeda
Papal, ostentando as palavras “Quem eles criam, eles adoram.”
Cardeal Manning,
representante chefe do Papado na Inglaterra, endossa e atrai atenção pública
para a seguinte cláusula da fé católica:
“Nós declaramos,
afirmamos, definimos, e pronunciamos o necessário para a salvação, para cada
criatura humana ser sujeita ao Pontífice Romano.” E num discurso publicado
ele descreve o papa assim dizendo: “Eu reivindico para ser o Supremo Juiz e
Diretor das consciências dos homens; do camponês que lavra o campo, e o
príncipe que senta-se no trono; da casa que vive na sombra da solidão, e a
legislatura que faz leis para reis. Eu sou o único, último, Supremo Juiz do
que é justiça e injustiça.”
Seguramente,
também observando a moderna instância do Papado de duras e bombásticas
palavras de vaidade, devemos não negligenciar o notável decreto do Concílio
Ecumênico, presidido em Roma em 1870 d. C., declarando a infabilidade do
Papa. De fato, ela tem sido reivindicada agora e foi também no passado,
pelos arrogantes papas, que eles eram e são infalíveis; e bispos e
principles desejosos de lisonjear suas vaidades tinham virtualmente então
pronunciado a eles, na declaração: “Tu és mais um deus,
na terra”;
mas ele
permanece por um Concílio Papal neste culto século XIX para friamente e
deliberadamente informar o mundo quão grande é este “deus na terra” — que
ele é
quase
perfeito como o outro Deus nos céus; que ele não pode mais errar assim, como
os outros humanos; que em sua
ex cátedra
de elocuções o
papa é
infalível
— imperturbável.
O voto do concílio
foi tomado no dia 13 de julho de 1870, e no dia 18 o decreto era formalmente
promulgado, com cerimônia, na grande Catedral de São Pedro em Roma. A
seguinte descrição do evento, pelo Dr. J. Cummings, de Londres, será lida
com interesse. Ele disse:
[318]
“O Papa tinha um
grande trono erguido em frente da janela oriental na basílica de São Pedro,
e exibiu-se num perfeito esplendor de pedras preciosas, e rodeado por
cardeais, patriarcas e bispos em deslumbrantes vestes, para uma magnífica
cena espetacular. Ele tinha escolhido a hora matinal e a janela oriental —
para que o nascer do sol refletisse sua luz sobre sua magnificência, e pelos
seus diamantes, rubis e esmeraldas foi tão refratado e refletido para que
ele pudesse apresentar-se não para ser um homem, mas o que o decreto lhe
proclama, um tendo toda a glória de Deus. ... O papa pôsse numa hora matinal
na janela oriental, ... mas o sol recusou-se a ... brilhar. A escura
alvorada escureceu rapidamente até a profundidade e profunda escuridão. O
deslumbramento de glória não pôde ser produzido. Os idosos olhos do suposto
Deus não podiam enxergar para ler através da luz do dia e ele tinha que
apelar para as velas. Luz de vela também forçou muito seus nervos da visão,
e ele passou a sobra da leitura a um cardeal. O cardeal começou de ler no
meio e sempre enegrecido pela escuridão, mas não tinha lido muitas linhas
diante de tal resplendor de fogo lúrido e de tal estampido irrompido do
escuro céu como nunca igual antes em Roma. Terror caiu sobre todos. A
leitura cessou. Um cardeal saltou trêmulo de sua cadeira, e exclamou. ‘Esta
é a voz de Deus falando, os trovões do Sinai.’ ”
Entre as
pretensões blasfemas do Anticristo deveria ser lembrado várias de suas
doutrinas, particularmente a doutrina da Missa, qual noticiaremos em um
subseqüente volume. Passando sobre a veneração dos santos e de Maria,
notaremos ainda alguns dos mais graves erros.
A infabilidade
da Igreja
foi um dos
primeiros, e abriu o caminho para outros. Ela tinha sido reivindicada antes
do ofício do Papa ser aprovado. Ela tem sido o mais sério erro, e tem
barrado o caminho contra o processo de retificar dos erros quando mais tarde
descobertos. Ela tem estabelecido os decretos dos concílios da Igreja depois
da contribuição ou interrogatório, ambos pela razão ou pelas Escrituras, e
tem feito a ignorância humana, fraquezas e concepções errôneas aos
estandartes da
fé em
lugar da palavra de Deus — a Bíblia; Pois uma vez concedido que a voz do
concílio da Igreja era
infalível
(imperturbável),
tudo fora forçado a conformar-
[319]
se a isso; e cada
concílio sentia limites para não apresentar decisões contrárias a
precedentes concílios; e aqueles que fizessem de outra maneira estariam
sujeitos de serem repudiados. Então um erro uma vez que confirmado não
poderia ser negado nem ainda derrubado, e a Bíblia e a razão haviam de ser
interpretados e torcidos para igualar os
infalíveis
decretos de
homens falíveis. Não é de admirar que foi estabelecido que isto precisava um
teólogo muito experto para interpretar as Escrituras, como também para fazer
concordarem, com os assim chamados decretos infalíveis. Não surpreende-se um
e outro que, a partir da oportunidade, o Anticristo —
Proscreveu a
Bíblia.
A história do
Papado demonstra claramente que, enquanto professa a reverenciar a Bíblia
como a Palavra de Deus, ele tem mantido-a na obscuridade e suas próprias
palavras
infalíveis
na frente. Não só
por isto, mas ele tem proscrito a Palavra de Deus inteiramente, como
inadequada para ser lida e perigosa para o povo, para que sua própria
palavra infalível pudesse ter complete controle. Ele sabia bem que a Bíblia
era perigosa para seu poder, e uma constante denúncia de suas pretensões
blasfemas.
Nos dias do poder
Papal, a posse ou leitura da Bíblia pelas pessoas foi tratada como uma
ofensa criminosa. A arte gráfica, e a ação de imprimir e o geral
restabelecimento da aprendizagem resultando disto, em volta do século XVI,
garantiu a ressurreição da Bíblia desde o sepulcro de linguagens mortas onde
o Anticristo tinha por longo tempo mantido escondido, proibindo a tradução
dela sob severas penalidades. E quando um despertado espírito da
independência começou de espalhar as Escrituras em vivas linguagens entre o
povo, queima de Bíblias não foi uma coisa incomum; e longas e berrantes
foram as impiedosas maldições que saiam desde o Vaticano contra os
presunçosos pecadores que tinham a ousadia de traduzir, publicar, ou ler a
Palavra de Deus.
Quando Wycliffe
publicou sua tradução, Papa Gregório enviou uma bula papal para a
Universidade de Oxford condenando o tradutor como “caindo num detestável
tipo de perversidade”. A tradução de Tyndale foi também condenada; e quando
Lutero publicou sua tradução em alemão, o Papa Leão X editou uma bula
[320]
contra ele.
Contudo, o trabalho andou grandemente e desenvolvia-se firmemente: a Bíblia
estava para ter uma completa ressurreição, e estava destinada a emitir luz
sobre povos de todas nações e línguas. Lentamente a Igreja de Roma chegou a
realizar isto, e resolveu, portanto, permitir a tradução das Escrituras para
linguagens modernas, por tradutores católicos, acompanhados com comentários
católicos. Estas Escrituras, todavia, não eram para serem dadas ao povo,
exceto onde estava o perigo dos seus receberem as traduces dos protestantes.
A tradução de Rhemish declara isto.
O seguinte
demonstra o caráter de algum dos
Comentários
da tradução de
Rhemish — qual, entretanto, estava nos recentes anos sendo assumida pela
tradução de
Douay,
muito similar, mas
com menos referências de comentário. Um comentário em Mateus. 3 lê-se:
“Heréticos podem ser punidos e eliminados; e podem, e devem, pela autoridade
pública, seja espiritual ou mundana, ser castigados ou executados.” Gal. 1:8
lê-se: “Católicos não devem poupar seus próprios parentes, se forem
heréticos.” Aos Heb. 5:7 o comentário lê-se: “Os tradutores da Bíblia
protestante devem ser mudados para as profundezas do inferno.” E no
Apocalipse 17:6 o comentário lê-se: “Mas o sangue de protestantes não é
chamado o sangue dos santos, não é mais do que o sangue de ladrões, homens
assassinos, e outros malfeitores, pelo derramamento do qual, por ordem da
justiça, a comunidade não deve responder.”
O seguinte são
algumas das restrições impostas quando foi descoberto que a leitura da
Bíblia não poderia ser totalmente impedida. O quarto regulamento do
Index
Espurgatoris
diz:
“Se qualquer um
deve ter a presunção de ler ou possuir a Bíblia sem permissão escrita, não
deve receber absolvição até que ele tenha primeiro entregado tal Bíblia ao
superior eclesiástico. Livreiros quem devem vender ou por outro lado
disporem de Bíblias no idioma comum, aquelas pessoas que não tendo tal
permissão devem perder o direito do valor dos livros, ... e serem submetidas
pelo bispo a tal e outras penalidades como o bispo
[321]
deve julgar propriamente dito, correspondendo à qualidade da ofensa.”
Disse o Concílio
de Trento, em sua sessão no ano 1546 d. C.: “Na ordem de restringir as
mentes petulantes, o concílio decretou que em matérias de fé e princípios
morais, e por mais que relate ao sustento da doutrina cristã, ninguém,
confiando em seu próprio julgamento, deve de atrever-se para torcer as
Escrituras Sagradas para seu próprio entendimento delas, contrário ao qual
tem sido mantido, e até agora é mantido, pela santa mãe Igreja, cujo direito
é para julgar o verdadeiro significado.”
Desde a bula de
Pius VII, contra Sociedades Bíblicas, emitida em 29 de junho de 1816, para o
Primaz da Polônia, citamos:
“Temos sido
exatamente chocados com este mais decisivo artifício, pelo qual as muitas
fundações de religião são enfraquecidas; e tudo, porque da grande
importância do assunto, conferida no concílio com nossos irmãos veneráveis,
os cardeais da sagrada Igreja Romana, nós temos, com o maior cuidado e
atenção, deliberado sobre a própria medida para ser adotada pela nossa
autoridade pontifical, em ordem para remediar e abolir
esta pestilência
tanto
quanto possível. ... De nosso próprio acordo você já tem demonstrado um
ardente desejo para detectar as maquinações ímpias destes inovadores; já, em
conformidade com nosso ofício, nós novamente e novamente exortamos você que
por mais que você pode realizar pelo
poder,
provido pelo
concílio,
ou
realizado pela
autoridade,
vocês dia a
dia executem com a máxima seriedade. ... A Bíblia imprimida por heréticos é
para ser incluída entre outros livros proibidos, conformemente com as regras
do Index.”
O mesmo papa, no
ano 1819, emitiu uma bula contra o uso das Escrituras nas Escolas da Irlanda.
Da qual citamos:
“A informação tem
atingido os ouvidos da sagrada congregação que Escolas Bíblicas, apoiados
pelos recursos dos heterodoxos, têm sido estabelecidas em quase toda parte
da Irlanda; nas quais as inexperiências de ambos sexos são investidas com o
veneno fatal de doutrinas depravadas. ... Cada possível esforço deve
portanto ser feito, para manter a juventude longe destas escolas destrutivas.
Fazeivós o trabalho com toda a vossa força para proteger dos
[322]
ortodoxos a vida
da juventude corrompida por eles — um objetivo qual desejo, eu espero, ser
facilmente efetuado pelo estabelecimento de escolas católicas por toda vossa
diocese.”
Aqui nós temos uma
sincera admissão do real objetivo do estabelecimento de escolas paroquiais
católicas na Grã Bretanha e América do Norte, isto é: para proteger suas
linhas. Anticristo não tem outro objetivo em oferecer educação para o povo.
Ignorância e superstição são baluartes do Papado; e os séculos de seu poder,
incluindo o que é conhecido como a “Idade Média”, prova isto. A educação do
clero sob “restrições” não era negligenciada; mas, que nenhuma provisão era
feita para a educação do povo, a densa ignorância de todos velhos países
católicos romanos é a forte prova. Escolas e Bíblias têm sempre sido
intoleráveis inimigos do Anticristo, e não podiam ser toleradas, exceto
quando tornarem-se necessárias — sobre quais uma falsa luz é difundida para
a preservação da existência do Anticristo.
De uma bula por
Leão XII para o clero católico romano da Irlanda, no ano de 1825 d. C.,
citamos:
“Isto não é
segredo para vocês, irmãos veneráveis, que uma certa Sociedade Bíblica, está
audaciosamente espalhando-se por todo o mundo. Depois desprezando as
tradições dos santos padres, e em oposição para o bem conhecido decreto do
Concílio de Trento, esta sociedade tem ajuntado todas suas forças, e dirige
todos os meios para um objetivo: para a tradução, ou melhor para a perversão,
da Bíblia para as linguagens vernáculas de todas nações.”
Até o Papa Pio IX
expressou sua angústia de coração no triunfo em todos os lados deste grande
inimigo do Anticristo — a Bíblia. Ele disse: “Malditas são aquelas muito
astutas e enganosas sociedades chamadas Sociedades Bíblicas, que empurram a
Bíblia para dentro das mãos dos jovens inexperientes.” De fato, isto estava
decretado no Plenário do Concílio Católico Romano de Baltimore, em 1886 d.
C., que a Bíblia aprovada deve ser permitida nas escolas católicas dos
Estados Unidos. Isto, no entanto, não mostra mudança no real sentimento do
Anticristo;
[323]
isto é todavia
outro golpe de sua diplomacia perspicaz, em diferença do espírito de
liberdade neste país, qual sente nojo a tal restrição. Eles bem sabiam,
neste ínterim, que a
liberdade
e não a
Bíblia
era desejada;
e inquiriu descobrimentos que agora, dois anos depois, a Bíblia não é para
ser encontrada, nas escolas católicas por aqui.
A doutrina da
natural, inerente imortalidade do homem (que uma existência humana uma vez
que começou nunca pode cessar) foi outro erro frutífero, emprestado da
filosofia grega. E, sendo admitida, ela deixa naturalmente à conclusão que
se existe
deve continuar
eternamente, então as expressões bíblicas concernentes à destruição dos
finalmente obstinados pecadores, a segunda morte, etc., deve ser construída
para
significar
o oposto de o que
eles
disseram,
isto é: vida
eterna, em alguma condição. Em seguida, isto foi fácil para decretar que
para os maus deve ser uma vida de sofrimento; e os tormentos eram
freqüentemente pintados sobre as paredes das igrejas, tanto como pelas
palavras zelosas de padres e monges. Este erro era muito facilmente
estampado sobre convertidos, porque filósofos gregos (então os líderes do
mundo em matérias de ciência, religião, e filosofia — cujas idéias, como
Josephus demonstrou, tinham igualmente começado a colorir o judaísmo) tinham
por longo tempo apoiado e ensinado uma punição para os maus após a morte.
Para seu crédito, no entanto, notou-se que eles nunca rebaixaram-se a
blasfêmias
terríveis do caráter e governo de Deus ensinado ao mundo pelo Anticristo.
Logo, estava em ordem para fixar um lugar a este tormento e chamá-lo
inferno, e de buscar passagens das Escrituras referindo-se a
sheol, hades
e
gehenna
que descrevem o
real salário do pecado — a primeira e a segunda morte — e destramente para
aplicar estes e as parábolas do nosso Senhor e os símbolos do Apocalipse,
assim como para iludir a si mesmos e o mundo inteiro neste assunto e o mais
gravemente para difamar e blasfemar o caráter e plano de Deus, nosso todo
sábio e gracioso Pai celestial.
Purgatório
foi
introduzido, para aliviar e fazer tolerável esta terrível dose de doutrina,
e por outro lado para dar ao Anticristo um firme apoio sobre o povo. Ele
alegou que possuía as chaves do céu
[324]
e do inferno e que
tinha poder para diminuir ou perdoar as penas do purgatório: não somente a
penalidade adâmica, e as fraquezas herdadas por meio disso, mas também as
penalidades de voluntariosos e deliberados pecados. Que grande ação de poder
isto deu, sobre um povo ignorante, pode ser facilmente imaginado —
especialmente quando os imperadores e os mais importantes e grandes homens
da terra reconheceram e curvaram-se diante do impostor.
Missas pelos
mortos
seguiram; e ricos, e pobres igualmente sentiram o dever de pagá-las, e
liberalmente, também, de ter estas. A eficácia das missas, para o alívio dos
sofrimentos relativos ao purgatório, é afirmada de ser onipotente — assim
que Cristo nem o próprio Jeová não podem interferir nisto. Isto tornou-se
uma fonte de grande renda para o Anticristo; porque os padres não tardavam
de trazer à memória aos que estavam para morrer, se ricos, para que
deixassem legações liberadas, para missas por eles mesmos — para que aqueles
que herdariam suas riquezas, não abandonassem essa causa. E, de fato, no
espaço deste ano advertências similares da mesma espécie apareceram nos
jornais católicos, recomendando com insistência para que menos dinheiro
fosse gasto com os funerais e flores, afim de que a maior quantidade de
dinheiro pudesse ser gasto em missas a favor dos mortos.
Indulgências
entraram, algumas vezes antes das “cruzadas”: sabemos que indulgências foram
oferecidas, como um prêmio, para afiançar voluntários para estas “Cruzadas”
ou “expedição military de caráter religioso que se fazia na Idade Média,
contra hereges ou infiéis”. Pelo édito Papal, qualquer que se empenharia em
combate nestas guerras santas não tão-somente teria perdão dos pecados
passados, mas também merecimento para compensar pecados futuros; e portanto
estaria garantido contra certos sofrimentos relativos ao purgatório. Estas
indulgências, católicas romanas diziam-nos, não são designadas para serem
licenças para cometer pecados, mas são gratificação do mérito qual compensa
ou
cancela
um certo número de
dias ou anos de agonia relativa ao purgatório: visto que se um homem de
pecados fazer-se responsável por mil anos de sofrimento, e ele, em um tempo,
ou em vários tempos,
[325]
segurar
indulgências até a soma de mil anos, tampouco pelo dinheiro, ou por serviços
prestados ao Papado, ou pelas penitências feitas, estará livre; se tinha
para seu crédito novecentos anos de indulgências, ele deveria de suportar
cem anos de sofrimentos; e se indulgências forem calculadas para em grande
parte prevalecerem suas penalidades, ele provavelmente seria considerado um
santo, de especial influência no céu, para ser rogado e adorado. Desta ordem
Luiz, rei da França, que organizou e chefiou a Cruzada, seria um exemplo.
Ele foi canonizado, e é agora adorado e rogado como São Luiz.
Existe de fato uma
diferença entre este ponto de vista de Indulgências e uma licença para
cometer pecados; e agora ela é muito desprezada; Pois o Papado anexou a
vários pecados comuns uma certa quantia de sofrimentos, e não somente
poderiam pecados passados serem desta maneira compensados e cancelados, mas
também aqueles que tinham motivo para pensar que eles poderiam cometer
certos pecados, no futuro, poderiam neste caso providenciar antecipadamente
méritos para cancelá-los. Comparado com isto, algumas, chamadas
“plenárias
[completas e
inteiras] indulgências”, eram certamente compreendidas para cobrir todos
pecados, passados e futuros, isto é, pecados já cometidos e também aqueles a
serem cometidos.
A prática ainda
hoje em dia parece raramente acreditável. Romanistas têm certas rezas, das
quais a repetição constitui um fundamento para indulgências por um limitado
período; e muito em conjunto, pretenderiam, proteger-se do castigo por um
longo tempo. Portanto, aqueles que disseram:
“Saudação, Santa
Rainha”
foram outorgados
quarenta dias de indulgência, enquanto para dizer a
“Litania da Santa
Virgem”
existe uma
indulgência de duzentos anos; e para aqueles que disserem:
“Abençoada será a
santa, imaculada e mais pura concepção da Vigem Maria”
cem anos de
indulgência é concedido, etc., etc. Na “Idade Média”, em que as indulgências
foram livremente oferecidas por dinheiro e por serviços na perseguição de
infiéis e heréticos, pode facilmente ser imaginado até que corrupção esta
doutrina blasfematória conduziu.
Para crimes
geralmente cometidos pelos ricos; aqueles que
po- [326] diam
pagar
liberalmente, penalidades máximas eram fixadas, enquanto as violações comuns
da justiça muito comum entre as classes pobres, eram ligeiramente perdoadas.
Desta maneira, casamento de primos irmãos custava $5,000, enquanto o
assassinato de esposa ou parricídio custava somente $20. Spanheim disse: “A
instituição da Indulgência foi a fonte de invenção que cunhou dinheiro para
a Igreja Católica Romana; a mina de ouro para os devassos sobrinhos e filhos
naturais dos papas; a ousadia das guerras Papais; os recursos para liquidar
dívidas, e a inexaurível fonte de luxurias para os papas.”
Para regular este
tráfico uma graduada escala de penalidades foi fixada para vários pecados —
tantos dias ou anos no purgatório para cada um; e uma escala de preços foi
também arranjada para corresponder, para que aqueles que obteriam
indulgência para um assassinato ou um furto, para infanticídio, ou adultério,
ou perjúrio, ou outros pecados, pagariam preços diferentes, isto é segundo a
tarefa. Por esta forma punições eram canceladas e os tormentos do purgatório
aliviadas ou cancelados, na vontade dos agentes do Anticristo. Não podemos
surpreender-se que o povo rapidamente chegou a entender quanto dinheiro
devem pagar por tanto pecado.
Até tal grau o
crime foi aumentado por estas indulgências, que a indignação das melhores
classes da sociedade ficou estimulada a rebelião contra a Igreja. Os olhos
dos povos começaram a abrir-se, e eles viram o clero, desde os altos
dignitários da igreja até a mais baixa ordem de oficiais, envolvidos em
iniqüidade.
Como a hora escura
precede a tempestade, assim exatamente o grande movimento de Reforma foi,
moralmente, a hora escura do escuro reino do Anticristo. Lá o aberto e
vergonhoso tráfico em indulgências produziu náusea, e persuadiu Lutero e
outros zelosos papistas para questionar e examinar o sistema inteiro, em
seus ambos aspectos: o moral, e mais tarde o doutrinal. Finalmente, Lutero
descobriu a verdadeira idéia — que o Papado era realmente o Anticristo. E,
tendo descoberto isto, ele intrepidamente apontou alguns dos símbolos do
Apocalipse, e exibiu sua sensibilidade e parcial cumprimento na Hierarquia
Papal.
[327]
Neste assunto
citamos o seguinte desde o estilo literário do bem conhecido clérigo, Lyman
Abbott. Ele diz:
“Entre outras
condições, pelas quais indulgências foram outrora concedidas mais do que
agora, estava a contribuição de dinheiro para a Igreja. Este tráfico
alcançou seu apogeu no começo do século XVI, sob Leão X, quem publicou
indulgências para todos que contribuiriam para a construção da Catedral de
São Pedro em Roma. Seu único principal agente para a venda de indulgências
na Alemanha foi John Tetzel. Os notários vícios de Tetzel não impediam-no de
ser escolhido como o transportador destes perdões para outras simples almas,
e nenhuma extravagância parecia-lhe muito grande, para que trouxesse
dinheiro para seus cofres. Ele declarou que a cruz vermelha, qual acompanhou-o
onde quer que ele andava, tinha tão grande eficácia como a cruz de Cristo —
que não existia pecado tão grande que ele não pudesse remitir. ‘Indulgências
salvavam não os vivos apenas, elas também salvavam os mortos. No mesmo
momento que o dinheiro toca nos fundos da caixa, a alma escapa do Purgatório
e voa livre para os céus.’ Tais foram algumas de suas declarações blasfemas.
Uma regular escala de preços estava estabelecida. ‘Poligamia custava seis
ducados; sacrilégio e perjúrio, nove; homicídio, oito; feitiçaria, dois.’
Era isto tráfico indecoroso e aberto qual, mais do que qualquer outra coisa,
induziu à Reforma. Indulgências continuaram sendo concedidas, não somente
pelos atos de adoração, mas também pelas contribuições em dinheiro para a
Igreja; mas a venda pública e aberta de indulgências está agora banida, na
maioria dos casos, da Igreja de Roma.”
Outro escritor
citou mais adiante a linguagem de Tetzel, deste modo:
“Aproximai-vos a
mim e eu darei vossas cartas devidamente seladas, pelas quais certamente os
vossos pecados que futuramente desejareis cometer devem ser todos perdoados
a vocês. Não existe pecado tão grande que a indulgência não possa remitir.
Pagai, somente pagai abundantemente e vocês serão perdoados. Vós sacerdotes,
vós nobres, vós negociantes, vós esposas, vós donzelas, vós jovens, ouvi os
vossos mortos parentes e amigos, que clamam
[328]
por vocês desde
abismos insondáveis, ‘Nós estamos sofrendo tormentos horríveis; um pequeno
donativo nos libertaria. Vocês podem dá-lo, vocês não?’ Com dez
vinténs
você pode libertar
seu pai do purgatório. Nosso Senhor Deus por longo tempo não negociará com
nós como Deus — Ele tem dado poder ao Papa.”
O seguinte abaixo
é transmitido como uma cópia dos espaços em branco das quitações ou recibos
usados por Tetzel — preenchidos com o nome do comprador, sem pecados, etc.:
“Nosso Senhor
Jesus Cristo te tem em mercê, ... e absolve-te pelos méritos de seus mais
sagrados sofrimentos. Eu, em virtude do poder Apostólico confiado a mim,
absolvo-te de tudo. ... excessos, pecados e crimes que tu podes ter cometido,
por mais que grandes e enormes eles sejam, e de qualquer tipo, ... Eu remito
os sofrimentos que tu tens tido para suportar no purgatório, ... Eu restauro
te à inocência e pureza do teu batismo, para que no momento da morte, os
portões do lugar de tormento sejam fechados diante de ti, e os portões do
paraíso abertos para ti. E se eu tiver vida longa, esta graça continuará
imutável até o tempo do teu fim. No nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo, Amém. O irmão, João Tetzel, comissário, tem escrito isto com sua
própria mão. ———.”
Como para o
imediato presente não podemos dizer, no entanto sabemos que, apenas poucos
anos depois que, imprimiram indulgências com preços fixados estavam postas à
venda, nas mesas, em algumas, das grandes Igrejas Católicas Romanas do
México e Cuba.
“Também lhe foi
Permitido fazer Guerra aos Santos,
e Vencê-los”; —
“e Consumirá os
Santos do
Altíssimo”.
Fez a papal
imitação do reino presidindo e exercendo poder sobre os verdadeiros
consagrados filhos de Deus, e vencia-os — consumindo-os por um longo período
de opressão, ou
esmagandoos,
como o texto
hebraico, deduz? Respondemos, sim: tudo, o que pode-se pensar era empregado
para esmagar o próprio espírito do verdadeiro cristianismo (João 8:36; Gal.
5:1; 2 Cor. 3:17), e para
[329]
assumir o espírito,
as doutrinas, e as formas do Anticristo. Isto foi primeiramente menos de um
ataque aberto sobre fiéis do que de uma lenta, persistente,
esmagadora
opressão,
procedendo mais particularmente com professores antagônicos, e desgastando a
paciência e também a fé de muitos. Esta persistente preocupação, e desgaste,
estão bem ilustrados na instituição do Confessionário, no qual o Anticristo
não somente toma conhecimento de cada criticismo e cada palavra de oposição
a aquele sistema, pronunciado no ouvido de uma confissão, mas também sob
ameaças de futuras penalidades compelindo-o a confessar e arrepender-se de
algum pensamento oposto ou atos de si próprio. Isto, também, foi tão logo
apoiado pelos poderes civis que para proferir algum protesto contra a Igreja
poderia ser analisado como traição contra o poder civil, qual estava
sustentado pela autoridade papal.
Na primeira
expansão da exaltação papal, o povo como um todo eram nominalmente membros
da igreja ou então pagãos; e todos aqueles que professavam Cristo eram
esperados para adaptar-se aos costumes e regulamentos da gradualmente auto-exaltada
hierarquia. Erro, sempre é mais popular do que a verdade, quando elevado à
influência e ao poder, perseguiu até a morte, proscrevendo e fazendo
desacreditar a verdade, e todos aqueles que defendiam a verdade. Este foi o
tempo em que, como ilustrado no Apocalipse, a verdadeira Igreja (a mulher)
fugiu para o deserto — para a solidão (Apoc. 12:6) — como pária por causa da
sua fidelidade à verdade, e ao verdadeiro Senhor e Cabeça da Igreja. Nesse
tempo, em que apóstatas estavam sendo exaltados como príncipes, os
verdadeiros, humildes santos estavam experimentando aquilo que o Senhor
tinha advertido-lhes, que todos os que querem viver piamente (neste tempo
atual), esperam, a saber, perseguição. O homem contra seu pai, a filha
contra sua mãe, e a nora contra sua sogra, e assim os inimigos do homem
serão os da sua própria casa: Poderia algo ser formulado de mais provável
para
esmagar
ou
consumir
os santos do
Altíssimo do que tal procedimento, persistindo por séculos?
[330]
Para ganhar uma
idéia da ferocidade e implacabilidade desta perseguição, devemos novamente
voltar às páginas da história.
As perseguições
dos cristãos sob Roma Pagã não são notáveis em comparação com aquelas sob
Roma Papal, sendo menos freqüentes, mais limitadas na extensão e muito menos
severas. Isto é declarado, na autoridade dos cristãos primitivos, que a
maioria dos magistrados romanos que exerciam nas províncias a autoridade do
imperador, ou do senado, e em cujas mãos estava o poder da vida e morte,
comportavam-se como homens de estilo refinado, educação e cultura geral, que
respeitavam os regulamentos da justiça. Eles freqüentemente declinavam os
serviços odiosos de perseguição, recusavam acusações formais contra os
cristãos com desprezo (como Pilatos e Herodes tentaram para fazer no caso do
nosso Senhor — Luc. 23:14-16, 20, 22; Mat. 27:24), ou sugeriam para cristãos
acusados alguma evasão legal. Quando possível, eles usavam seus poderes
muitas vezes para o alívio, do que para a opressão dos cristãos e os
tribunais pagãos estavam freqüentemente garantindo refúgio contra seus
acusadores judeus.*
A
Perseguição cruel sob o execrável tirano Nero, quem queimou alguns dos
cristãos para afastar suspeita pública de si mesmo, constituindo uma das
mais escuras páginas na história da Roma Pagã; entretanto suas vítimas foram
comparativamente
poucas. As vítimas
da perseguição pagã não foram geralmente em comunidades, mas
proeminentemente individuais. Estas perseguições dos principais
representantes, todavia, não eram tanto fixadas, determinação persistente de
oposição na parte do governo como um resultado de incontrolável clamor
popular, estimulado pela superstição, que pareceu para os governos
necessária de satisfazer no interesse da paz e ordem. Alguns exemplos
ilustrativos disto são encontrados na carreira do apóstolo Paulo, tão bem
como de outros Apóstolos. — Ver. At. 19:35-41; 25:24-27; 26:2, 3, 28. Ainda
muitas persegui-
[331]
ções gerais, sob os impérios romanos, continuavam apesar de períodos curtos,
exceto aquela sob Diocleciano, qual continuou com variada severidade por dez
anos. Entre estas perseguições houve muitas vezes períodos longos de paz e
sossego. Sob os impérios, embora grandemente fustigado, o cristianismo não
foi abatido, mas, como temos observado, ele grandemente prosperou.
———————
*Gibbon,
Vol. II, páginas 31-33.
Quão diferente das
perseguições do Papado, qual perseguiu e prendeu não tão-somente os
proeminentes opositores mas também todos, e cujas perseguições duravam não
por uns poucos meses somente, mas incessantemente! Que sob imperadores
pagãos tinha sido uma passagem de raiva ou frenesi, sob os papas estava
reduzida a um sistema regular, animado por fanatismo religioso, e ambição
integrante — também inspirada com um zelo satânico, energia, e crueldade,
sem paralelo nos anais da história. Igreja apóstata pôs de lado a espada do
Espírito, e, agarrando-se ao braço do império, voltou suas armas carnais com
implacável fúria sobre cada débil oponente no caminho de sua ambição;
enquanto ele cortejou, persuadiu com lisonjas, exaltou e enganou aqueles que
tinham autoridade até ganhar sua confiança e usurpar seu lugar e poder.
Ambos paganismo e
heresia então tornaram-se as causas de perseguição — especialmente o último.
O assim chamado clero cristão, disse Edgar, “desviando as leis da teocracia
judaica, e as transações dos anais judaicos, para os não cristãos e vis
propósitos de despertar a perseguição do demônio contra os restos modelados
de superstições [pagãs] gregas e romanas. ... Eles dissolveram o velho
sistema de politeísmo e transferiram suas rendas para o uso da Igreja, do
Estado e do exército. ... Gentilismo foi expelido desde o território romano.
... Coerção em geral foi substituída por convicção, e terror em vez de
Evangelho. Um rubor para ler de um Symmachus e um Libanius, dois oradores
pagãos, rogando por
razão
e
persuasão
na propagação
da religião, enquanto Teodósio e um Ambrósio, um imperador cristão e outro
um bispo cristão, urgem violência e constrangimento.
[332]
Sob a ascensão de
Constantino ao poder supremo de Roma, ele estava inclinado para tolerar
todas religiões, como era demonstrado pelo celebre édito de Milão, qual
concedia
liberdade religiosa
a todo indivíduo
do Império Romano. Tal medida devia ter sido saudada com alegria pela Igreja
cristã, qual tinha tão grande distância da liberdade sob prévias
perseguições; mas tal não foi o caso. O verdadeiro espírito do cristianismo
tinha passado, e assim sendo a ambição da igreja era de exaltar-se tão
rapidamente como possível, pelo esmagamento de cada centelha de liberdade e
subjugação de todas as coisas a si mesmo. Conformemente, disse Gibbon,*
“Os
ministros eclesiásticos de [Constantino] prontamente planejaram de reduzir a
imparcialidade do magistrado, e para despertar o zelo do prosélito; ... e
ele extinguiu a esperança de paz e tolerância, a partir do momento que ele
reuniu trezentos bispos dentro do palácio.” O imperador estava lá persuadido
para declarer que aqueles que resistiam ao julgamento deste corpo clerical
nas matérias de fé deveriam preparar-se para imediato exílio. E que as suas
decisões fossem declaradas serem de autoridade divina. Este espírito de
intolerância prontamente amadureceu nas perseguições cruéis e implacáveis.
Constantino emitiu duas leis penais contra a heresia, e seu exemplo foi
seguido por sucessivos imperadores — Valentiniano, Graciano, Teodósio,
Arcádio, e Honório. Teodósio publicou quinze, Arcádio doze, e Honório não
menos que dezoito destes estatutos. Estes estão registrados nos códigos
Teodosiano e Justiniano, para a desgraça de seus autores sacerdotais e
imperiais.
———————
*Gibbon,
Vol. II, pp. 31-33.
O que foi
agradável ao Anticristo de chamar heresia (muito do que era verdade e
retidão e empenhados para apoiar um fundamento) fora classificado como mais
maligno do que infidelidade, e ambos eram antagônicos aos reis, imperadores,
e teólogos; e ambos eram perseguidos, especialmente aqueles que
[333]
eram chamados
heresia, pela Inquisição. Quando, sobre o começo do século 13, veio uma
revivificação da ciência, e os homens começaram acordar do sono e
transtornar sonhos da “Idade Média”, aqueles de cujas mentes a verdade não
tinha sido inteiramente erradicada foram estimulados, e o estandarte da
verdade foi levantado em oposição aos grossos erros do Anticristo. Então o
perseguidor espírito do Anticristo atiçou-se para furiosa ação, para esmagar
a oposição.
Reis e Príncipes
que estremeciam pela segurança de suas coroas, se eles de algum modo ou grau
incorressem no desagrado do papa, cujos reinos poderiam ser postos sob uma
interdição terrível, se eles ou seus povos recusassem a render absoluta
obediência aos mandos do papa, tinham de prestar juramento para
exterminar
a heresia, e
foram prevenidos de purificar suas províncias da perversidade herética, sob
o castigo de serem seus domínios arrancados deles; e aqueles barões que
negligenciavam de ajudar no trabalho de perseguição perdiam por causa da
negligência suas possessões. Reis e príncipes, portanto, não tardavam em
seus esforços para sujeitar-se aos mandatos do Papado, e os barões e seus
partidários estavam em serviço dele, para ajudar no trabalho de destruição.
Ainda antes que
este despertasse, já no ano 630 d. C., o Concílio de Toledo compeliu o rei
da Espanha, em sua ascensão ao trono, a prestar juramento para não tolerar
assuntos heréticos nos domínios espanhóis; e foi declarado que o soberano
que violasse tal juramento “seria amaldiçoado diante do Deus eterno, e se
tornaria o combustível do fogo eterno”. No entanto a importância horrível de
tal pretensão foi muito mais completamente realizada quando o despertar
começou, e quando o Anticristo tinha obtido o máximo de seu poder.
O concílio de
Oxford em 1160 consignou uma companhia de valdenses, que tinham emigrado de
Gascony para a Inglaterra, à auto- [334]
ridade
secular como castigo. Em conformidade, Rei Henrique II ordenou para que eles,
homens e mulheres, fossem publicamente açoitados, marcados na face com um
ferro em brasa, e levados, seminus para fora da cidade no rigor do inverno;
e a ninguém estava permitido mostrar-lhes piedade ou conceder-lhes um
pequeno favor.
O imperador
Frederico, da Alemanha, em 1224 d. C., sentenciou hereges de todas classes,
a serem queimados vivos, suas propriedades à confiscação, e suas
posteridades, a não ser que eles tornassem-se perseguidores, à infâmia. Luís
rei da França, em 1228, d. C., publicou leis para a extirpação da heresia, e
reforçou suas execuções para exterminar os hereges. Ele forçou Raimundo,
Conde de Toulouse, para encarregar-se da exterminação da heresia a partir de
seus domínios sem poupar amigo ou vassalo.
Desde as
primitivas intromissões do poder qual pouco a pouco desenvolveu-se em
sistema papal, resistência foi feita; todavia aquela resistência foi
oferecida somente por uns poucos fiéis, cuja influência fez pequena
impressão no esmagador fluxo de interesse pelos assuntos mundanos que
derramaram-se sobre a Igreja. Gradualmente, como discerniram o erro, alguns
quietamente afastaram-se da grande apostasia, para adorar Deus de acordo com
os ditames da consciência, mesmo à risco de perseguição. Notáveis entre
estes estavam alguns, mais tarde chamados Valdenses, Albigenses, Wycliffitas,
e Hugüenotes. Estes, ainda que chamados com nomes diferentes tinham, na
medida em que podemos julgar, uma origem comum e uma fé comum. “Valdesianismo,”
disse Rainerous (3, 4), o notável Inquisidor do século XIII, “é a velha
heresia; existente, de acordo com alguns, a partir dos dias do [papa]
Silvestre, e de acordo com outros, desde os dias dos Apóstolos”. Silvestre
foi papa quando Constantino era imperador e reconheceu o cristianismo; e
deste modo vemos que a verdade não estava sem seus aderentes desde o
princípio, quais, ainda que humildes e impopulares firmemente resistiram ao
Papado e as doutrinas papais
[335]
do purgatório,
adoração de imagens, invocação de santos, adoração da Virgem Maria, reza
pelos mortos, transubstanciação, celibate do clero, indulgências, missas,
etc., e romarias descoroçoadas, festivais, a queima de incenso, sepultamento
religioso, o uso de água-benta, vestes sacerdotais, monarquismo, etc., e
afirmaram eles que os ensinamentos das Escrituras Sagradas deveriam ser
recebidos, em oposição às tradições e reivindicações da Igreja de Roma. Eles
consideraram o papa como o cabeça de todos os erros, e reivindicavam que a
remissão dos pecados é obtida através dos méritos do Senhor Jesus, somente.
A fé e as obras
deste povo tinham rumo para Reforma, e um protesto contra o erro, por longo
tempo antes dos dias de Lutero; e eles, e outros opositores do catolicismo
eram procurados e detestados e perseguidos com impiedosa fúria, por
emissaries papais. Os valdenses e albigenses eram os mais numerosos corpos
de protestantes contra o Papado; e quando o despertar literário do décimo
terceiro século veio, foi principalmente a partir destes que a verdade
resplandeceu, ainda que refletiu e intensificou em elocução por Wycliffe,
Huss, Lutero, e outros. E suas doutrinas, eram apoiadas pela simplicidade e
moralidade, brilhou com o grande esplendor em contraste à pomposo orgulho e
imoralidades flagrantes do então exaltado Papado.
Então isto foi que
papas, concílios, teólogos, reis, cruzadas, e Inquisidores combinaram seus
diabólicos poderes para exterminar cada oponente, e extinguir os tênues
raios da luz da aurora. Para Inocêncio III primeiro enviou missionários para
os distritos nos quais as doutrinas dos albigenses tinham ganhado posição
segura ou estabelecida, para propagar o catolicismo, trabalhos milagrosos,
etc., mas achando estes esforços inúteis, proclamou uma cruzada contra eles
e ofereceu a todos que se empenhariam nisto o perdão de todos os pecados e
um imediato passaporte para os céus sem passar pelo purgatório. Com ampla fé
no poder do papa para entregar a prometida recompensa, quase um milhão de
povos — franceses, alemães, e italianos — reunidos ao redor do símbolo da
[336]
cruz,
para a defesa do catolicismo e a extinção da heresia. Então seguiu-se uma
série de batalhas e cercos cobrindo um espaço de vinte anos. A cidade de
Beziers foi atacada e tomada em 1209, e os cidadãos, sem respeito a idade ou
sexo, pereceram pela espada em número de sessenta mil, como relatado por
vários historiadores. O sangue daqueles que fugiram para as igrejas e foram
assassinados lá pelos expedicionários das cruzadas, encharcou os altares e
fluía pelas ruas.
Lavaur foi sitiada
em 1211. O governador foi enforcado, e sua esposa foi jogada para dentro de
um poço e coberta com pedras. Os cidadãos foram sem discriminação postos à
morte, quatrocentos sendo queimados vivos. A próspera região de Languedoc
ficou devastada, suas cidades queimadas, e seus habitantes removidos à
distância pelo fogo e espada. Isto é estimado que cem mil albigenses caíram
num dia; e seus corpos foram amontoados em pilhas conjuntas e queimados.
Todos estes crimes
sanguinários e vilanias eram feitos no nome da religião; declaradamente para
glória de Deus e honra da igreja, mas realmente para apoiar o Anticristo,
assentado no santuário de Deus [a igreja], apresentando-se como Deus — um
poderoso único — capaz de conquistar e destruir seus inimigos. O clero
agradecia a Deus pela obra de destruição, e um hino de louvor a Deus pela
gloriosa vitória em Lavaur fora composto e cantado. O massacre terrível em
Beziers fora contado com o “visível julgamento dos céus” na heresia do
albigensianismo. Os expedicionários das cruzadas assistiram missas solenes
na manhã, e prosseguiram do começo ao fim do dia para devastar o país de
Languedoc e assassinar seus habitantes.
Deve-se lembrar,
no entanto, que estas cruzadas abertas contra albigenses e valdenses, eram
empreendidas apenas porque a assim chamada “heresia” tinha ganho um forte
apoio sobre largas
[337]
porções destas
comunidades. Seria um grande erro de supor que as cruzadas foram somente
perseguições: o quieto e firme
esmagamento
de individuais,
na agregação numerando milhares, por toda parte no vasto domínio do Papado,
estendia-se firmemente na consumação dos santos do Altíssimo.
Carlos V,
Imperador da Alemanha e Rei da Espanha e Países Baixos, perseguiu os amigos
da Reforma por toda parte nos seus extensos domínios. Sustentado pela Dieta
de Worms, proscreveu Lutero, seus seguidores e seus escritos; e todos
aqueles que ajudavam Lutero ou liam seus livros, condenou a confisco as suas
propriedades, ao banimento do império e à penalidade de alta traicão. Nos
Países Baixos os homens que seguiam Lutero foram decapitados, e as mulheres
enterradas vivas ou se obstinadas eram submetidas às chamas. Ainda que esta
lei de matança em grande escala foi suspensa, a obra de morte em todas suas
horrendas formas prosseguia. O Duque de Alva orgulhou-se da execução de
18.000 protestantes em seis semanas. Paulo calculou o número, que nos Países
Baixos foram executados por causa de suas religiões, em 50.000; e Grotius
deu a lista dos mártires da Bélgica com 100.000. Carlos, na sua sorte no
último alento exortava seu filho, Felipe II, a continuar até a conclusão a
obra de perseguição e extermínio da heresia qual ele tinha começado — cujo
conselho Felipe não foi lento de seguir. Com fúria ele estimulou o espírito
de perseguição, consignou os protestantes às chamas sem discriminação ou
piedade.
Francisco e
Henrique, os reis franceses, seguiram o exemplo de Carlos e Felipe em seus
zelos por catolicismo e a exterminação da heresia. Os massacres de Merindol,
Orange, e Paris são ilustrações forçadas de seus zelos na causa do
Anticristo. O massacre de Merindol, planejado pelo rei francês e aprovado
pelo parlamento francês, foi confiado ao presidente, Oppeda, para execução.
O presidente foi encarregado para assassinar a população, queimar as cidades
e demolir os castelos dos Valdenses, grande número
[338]
daqueles que
residiam naquele setor. Historiadores católicos romanos admitiram que em
conformidade com esta comissão milhares, inclusive homens, mulheres, e
crianças, foram massacrados, vinte quatro cidades foram arruinadas, e o país
ficou devastado e desolado. Homens, mulheres, e crianças fugiram para as
florestas e montanhas para protegerem-se e foram perseguidos e passados a
fio de espada. Muitos que permaneceram nas cidades encontraram a mesma sorte,
ou talvez pior. Quinhentas mulheres foram jogadas para dentro de um celeiro
no qual foi posto fogo, e quando alguma pulava as janelas era recebida nas
pontas de lanças. Mulheres foram violentadas e crianças foram assassinadas à
vista de seus parentes, quais estavam sem força para protegê-las. Algumas
foram arremetidas sobre precipícios e outras foram arrastadas despidas pelas
ruas.
O massacre de
Orange, em 1562 d. C., foi um similar característico daquele de Merindol, e
é descrito com precisão pelos historiadores católicos. O exército italiano
enviado pelo Papa Pio IV foi mandado para assassinar homens, mulheres, e
crianças; e a ordem foi executada com terrível crueldade. Os hereges
indefesos foram assassinados com a espada, precipitados dos rochedos,
lançados sobre pontas de ganchos e punhais, pendurados, assados no fogo
lento e expostos a vergonha e tortura de toda descrição.
O massacre em
Paris no dia de São Bartolomeu, 24 de agosto de 1572 d. C., igualou-se em
crueldade, mas ultrapassou em extensão, os massacres de Merindol e Orange.
Este tem também sido detalhado pelos historiadores católicos, um dos quais,
Thuanus, estigmatizou como “uma violenta crueldade, sem um paralelo em toda
Antigüidade”. O badalar dos sinos à meia noite, 23 de agosto, deu o sinal de
destruição, e as terríveis cenas de Merindol e Orange começaram restabelecer
o ódio contra os Hugüenotes. O carnaval da morte durou sete dias; Na cidade
fluía o sangue humano; a corte foi amontoada com assassinados, os quais o
rei e a rainha fitavam com extrema satisfação. O corpo do Almirante Coligny
foi arrastado pelas ruas; e o rio Seine estava coberto com cadavers
[339]
boiando. O
cálculo do número dos matados vária de 5.000 a 10.000. A obra de destruição
não limitou-se unicamente a Paris, mas estendeu-se grandemente de modo
selvagem pela nação francesa. Nos dias precedentes foram enviados
mensageiros especiais a cada direção ordenando um geral massacre dos
hugüenotes. As mesmas cenas conformemente se desenvolviam em quase todas as
províncias, e estimativas do número de assassinados variam de 25.000 a
70.000.
Nestas cenas
terríveis de carnificina o Anticristo encontrou extrema satisfação. O papa e
sua corte alegraram-se com a vitória do catolicismo sobre o valdensianismo
em Merindol, e os ímpios de Appeda eram chamados: “Os defensores da fé e os
heróis do cristianismo.” O rei francês foi à missa, e prestou solenes
agradecimentos a Deus pela vitória e massacre dos hugüenotes em Paris. Esta
carnificina sancionada pelo rei francês, parlamento e assuntos católicos
romanos, estava provavelmente na direta investigação do papa e a Hierarquia
Papal. Que foi grandemente aprovada, é evidente desde o fato que na Corte
Papal as notícias foram recebidas com grande regozijo. O papa, Gregório
XIII, em grande procissão foi à Igreja de São Luís para dar ou fazer um
sinal de graça pela vitória. Ele imediatamente proclamou um jubileu, e
enviou um núncio para a corte francesa, quem no nome do papa elogiou “o ato
de heroísmo por longo tempo tão meditado e tão felizmente executado para o
bem da religião”. Uma medalha foi estampada pelo rei em memória do massacre,
carregando a inscrição
“Pietas Excitavit a
Justitiam” —
Piedade Excitou a
Justiça.
Medalhas
comemorativas do evento foram também cunhadas na casa da moeda Papal pela
ordem do papa. Uma destas está agora em exibição no Salão do Monumento
Comemorativo em Philadelfia, Pa. Sua face apresenta uma figura elevada do
papa e a inscrição abreviada
“Gregorious XIII,
Pontifex Maximus Anno I” —
o primeiro ano de
seu pontificado, a saber, 1572 d. C. No lado reverso desta medalha está uma
representação de um anjo
[340]
destruidor, tendo
na mão esquerda uma cruz, e na mão direita uma espada, diante de quem,
prostados e procurando refúgio correndo, um grupo de hugüenotes, homens,
mulheres, e crianças estão representados, cujas faces e figuras expressam
horror e desespero. Sob este estão as palavras,
“Ugonottorum
Strages 1572”
— qual significa:
“A matança dos hugüenotes, 1572.”
Um quadro do
massacre de São Bartolomeu foi pendurado no Vaticano. Ele tinha um ornamento
na parte superior, no qual estavam inscritos, em Latin, palavras que
significam:
“O Papa aprova o
acontecimento de Coligny.”
Coligny foi um
proeminente líder dos hugüenotes e um dos primeiros a cair. Depois foi
matado, sua cabeça foi cortada de seu corpo e enviada para a rainha (que
mandou embalsamá-la e enviou a Roma como troféu), enquanto seu corpo era
arrastado pela população pelas ruas de Paris. Logo depois o rei ficou
surpreendido com os horrors de remorso do qual ele nunca conseguiu recuperar-se.
Isto está registrado que para o seu médico de confiança ele disse: “Eu não
sei o que tem acontecido comigo, mas na mente e no corpo estou trêmulo como
em uma febre. Parece-me a cada momento, quer acordado ou dormindo, que
corpos mutilados apresentam-se a mim com horrendas faces e cobertos com
sangue.” Ele morreu em grande agonia, coberto com um ensangüentado suor.
Em 1641 o
Anticristo declarou uma “guerra religiosa” na Irlanda, e chamou o povo para
massacrar os protestantes com todos meios em seu poder. O povo caiu em
ilusão e ouviu o commando como a voz de Deus, e não foi lento para executar
sua ordem. O sangue protestante corria largamente em toda parte da Irlanda,
casas foram reduzidas a cinzas, cidades e vilas foram quase totalmente
destruídas. Alguns foram forçados para assassinar seus próprios parentes, e
em seguida tirar suas próprias vidas — as últimas palavras que caíram sobre
seus ouvidos foram as garantias dos padres, que suas agonias de morte eram o
começo do tormento eterno. Milhares morreram de frio e fome, enquanto
esforçavam-se
[341]
por emigração para
outras regiões. Em Cavan, a estrada por doze milhas ficou toda tingida com o
sangue pelos rastos de fugitives feridos; sessenta crianças ficaram
abandonadas na fuga, pelos pais ferozmente caçados, e foi declarado que
qualquer um que ajudasse por um meio ou outro alguém na fuga destes
pequeninos seria enterrado no meio deles. Dezessete adultos foram enterrados
vivos em Fermaught, e setenta e dois em Kilkenny. Só na província de Ulster
mais que 154. 000 protestantes foram também massacrados ou expulsos da
Irlanda.
O’ Niel, o primaz
da Irlanda, pronunciou isto “uma guerra santa e legal”, e o papa (Urbano
VIII) editou uma bula datada em maio de 1643, concedendo “completa e
absoluta remissão de todos seus pecados” para aqueles que tinham tomado
parte de “corajosamente fazer o que a eles pertence, para extirpar e
erradicar completamente o pestífero fermento corrompido do contágio herético”.
A Inquisição ou
“Santo Ofício”
Para Domingos, o
espírito conducente nesta cruzada, é atribuído a honra de inventar a
Inquisição infernal, ainda que Benedito, quem é zeloso em imputar a S.
Domingos a honra de ser o primeiro Inquisidor Geral, é duvidoso quanto à
idéia
se ele
primeiro sugeriu ao Papa Inocêncio ou a S. Domingos. Ela foi primeiro
estabelecido pelo Papa Inocêncio III em 1204 d. C.
S. Domingos era um
monstro, destituído de todo sentimento de compaixão, que dava a impressão de
encontrar seu principal deleite em cenas de tortura e miséria. Durante a
cruzada contra os albigenses, com um crucifixo na sua mão ele encorajou e
conduziu os santos guerreiros para a ação da morte e destruição. A
Inquisição ou Santo Ofício é hoje um tribunal na Igreja Católica Romana à
descoberta, repreensão, e punição da heresia e outras ofensas contra
[342]
a Igreja de
Roma.*
Mas nos
dias de Domingos não existia tribunal legal, nem estavam os instrumentos de
tormentos trazidos à perfeição, como expostos nos últimos dias. Contudo,
Domingos, sem tal maquinaria, encontrou abundantes formas de tortura, como
deslocação de juntas, violação de nervos, e laceração de membros de sua
vítimas, e como queima na estaca daqueles cujas convicções eram inflexíveis
por outras maneiras, e que não renunciariam sua fé e liberdades.
———————
*A
Cadeira de São Pedro, página 589
Sob a comissão do
Papa Inocêncio, para punir com confisco, banimento, e morte os hereges que
não receberiam seu evangelho, Domingos estimulou a magistratura civil e a
população para massacrar os hereges valdenses; e ele em um tempo entregou
cento e oitenta albigenses às chamas. Ele por ser tão fiel no serviço do
Anticristo foi canonizado um santo, e é hoje adorado e rogado pelos
católicos romanos. O Breviário Romano (até certo grau equivalente a um livro
de Orações) referindo-se a S. Domingos, elogia “seus méritos e doutrinas
quais iluminavam a igreja, sua destreza e virtude quais destruíram as
heresias Tolossan, e seus muitos milagres quais estenderam-se ainda até a
ressurreição de mortos”. O Missal Romano (qual abraça o serviço ligado com a
administração da Santa Ceia) elogia seus méritos, e reza por ajuda temporal
através de sua intercessão. Deste modo o Anticristo ainda mantém e honra
seus fiéis heróis.
Seria impossível
de transmitir sumariamente para alguma adequada concepção dos horrores da
Inquisição, ou do horrível terror qual ela inspirou entre o povo. Aqueles
que não levantassem sua voz em seu louvor a Anticristo, ou arriscassem um
criticism de seus métodos, eram suspeitos de heresia; e tais pessoas,
destituídas de advertência ou retificação, estavam sujeitos a prisão em um
calabouço por um tempo indefinido até uma conveniente época para julgamento
— ambos, o acusador e a acusação freqüen-
[343]
temente sendo
igualmente desconhecidos a eles. Os procedimentos destes julgamentos foram
conduzidos secretamente, e torturas eram muitas vezes empregadas para
extorquir confissões. As torturas infligidas foram quase sempre demais
horrorosas para serem acreditadas nesta era de hoje e colocadas em franquia,
já sua realidade é confirmada por evidências, que até historiadores
católicos não podem negar; e seus intentos infrutíferos para apologizar por
elas, tão-somente tendem a substanciar as evidências. Instrumentos de
tortura, relíquias da Inquisição, quais apresentariam inútil ou sem sucesso
a negação estão ainda em existência. O “Santo Ofício” até empregou médicos
para cuidarem o processo de tortura e detê-lo quando a morte parecia
provável, para aliviar o sofrimento, e a vítima ficava possibilitada
parcialmente para recuperar-se, para que a tortura pudesse ser aplicada uma
segunda ou até uma terceira vez. Estas torturas não foram sempre infligidas
como punição por ofensa da heresia; elas foram em geral para o propósito de
compelirem o acusado a confessar-se, retratar ou implicar os outros, assim
como o caso podia ser.
Mesmo dentro do
século presente, depois que a Inquisição tinha perdido muitos de seus
horrores, ela era ainda assim terrível. O historiador das guerras de
Napoleão, descrevendo a conquista de Toledo pelo exército de Napoleão,
incidentalmente mencionou a abertura da prisão da Inquisição, e disse:
“Parecia que os
túmulos abriam-se, e empalidecidas figures semelhantes a espíritos saiam dos
calabouços, quais emitiam um odor sepulcral. Barbas crescidas suspensas
abaixo sobre o tórax, e unhas crescidas semelhantes a garras de pássaro, os
esqueletos desfigurados, aqueles que com peito trabalhando respiraram, pela
primeira vez por longas séries de anos, o ar fresco. Muitos deles foram
reduzidos a aleijados, a cabeça inclinada para a frente e os braços e mãos
suspensos abaixo rígidos e desamparados. Eles tinham sido confinados em
tocas tão baixas, que não podiam levantar-se dentro delas, e apesar de todo
o cuidado dos medicos
[344]
militares [do
exército] muitos deles morreram no mesmo dia. No dia seguinte o General
Lasale de minuto em minuto inspecionou o lugar, assistido por vários
oficiais de seu estado maior. O número de máquinas para tortura estremeceram
até os homens acostumados ao campo de batalha com horror.”
“Em um esconderijo
numa galeria subterrânea, adjacente ao salão privado para interrogatório,
estava em pé uma figura de Madeira feita por mãos de monges e representando
a Virgem Maria. Uma auréola dourada rodeava sua cabeça, e em sua mão direita
segurava uma bandeira. Ela dava tudo à primeira vista como suspeita para que
apesar de vestida usando vestido de seda, descendo em cada lado em amplas
dobras de seus ombros, ela deveria usar um tipo de couraça. No concluído
exame minucioso apareceu que na parte dianteira do corpo estava
completamente cunhada de pregos extremamente penetrantes e de pequenas e
estreitas lâminas de facas, com as pontas de ambos voltadas ao espectador.
Os braços e mãos estavam articulados, e o maquinismo atrás da partição punha
a figura em movimento. Um dos servos da Inquisição foi compelido por ordem
do General para operar a
máquina
conforme o termo
dela. Quando a figura estendeu seus braços, ainda que como para abraçar
alguém amorosamente para o seu coração, a bem enchida mochila de um
granadeiro polonês foi posta para substituir o lugar de uma vítima viva. A
estátua abraçava e apertava a mochila rematando e rematando, e quando o
criado, segundo às ordens, fazia a figura soltar seus braços e voltar para
sua posição anterior, a mochila ficou perfurada até a profundidade de duas
ou três polegadas, e permanecia suspensa sobre as pontas dos pregos e as
lâminas das facas.”
“Instrumentos de
tortura” de vários tipos foram inventados, e aplicados como meios de tortura.
Um dos métodos simples é explicado deste modo: A vítima, despida de toda
roupa, tinha seus braços amarrados atrás de suas costas com uma corda dura,
com a qual, pela ação de uma roldana, eram levantados os seus pés, nos quais
os pesos estavam amarrados. Várias vezes o sofredor era levantado com um
puxão e deixado a cair, com deslocamento de
[345]
juntas de seus
braços e pernas, enquanto a corda pela qual estava pendurado penetrava a
carne tiritante até os ossos.
Uma lembrança de
tais ultrajes em nome de Cristo chegou ao conhecimento público recentemente.
Uma oficina gráfica de uma Sociedade Bíblica em Roma tendo abarrotado o
espaço, alugou um amplo salão próximo ao Vaticano. Uma grande e esquisita
roldana no teto atraiu a atenção, e a inquirição descobriu o fato que o
salão no qual eles estão agora ocupando com impressão de Bíblias — “a espada
do Espírito, que é a palavra de Deus”, pela qual o Anticristo tem já sido
submetido a
“ineficiente”
para
oprimir e consumir os santos — e o mesmo salão era outrora usado pela
Inquisição como uma câmara de tortura; a roldana havia provavelmente sido
usada para torturar muitos pobres, amordaçados sofredores.
Aqueles convictos
da heresia eram às vezes sentenciados para o que era chamado um “Ato de Fé.”
A autoridade eclesiástica transferia o condenado para a autoridade secular,
enquanto o clero, em pretensão de misericórdia, implorava a magistratura
para demonstrar compaixão ao condenado, e, levantando a cruz, pleiteando com
a vítima para abjurar ou desdizer e salvar sua vida presente e futura. Os
magistrados estavam cientes de suas partes, e não demonstravam misericórdia
exceto para retratadores; deste modo ganhando as bênçãos e títulos de
“Defensores da Fé,” e “Exterminadores de Hereges”. O “herege” condenado
vestido com uma capa multicolor com ilustrações de cães, serpentes, chamas,
e demônios, e assim era levado para o lugar de execução, amarrado à estaca e
submetido às chamas.
Torquemada, outro
famoso Inquisidor Geral, forneceu uma marcada ilustração do espírito do
Anticristo. Escritores católicos romanos admitem que ele determinou dez mil
duzentos e vinte (10.220) pessoas, homens e mulheres, para serem queimados
vivos. Llorente, quem foi por três anos o Secretário Geral da Inquisição, e
tinha acesso a todas as evidências documentárias, em seus relatórios,
publicados em 1817 d. C. (4 volumes), demonstra que entre os anos 1481 e
1808, por ordem deste “Santo Ofício”
apenas,
nada menos do que
31.912 pessoas foram queimadas
[346]
vivas, e
aproximadamente 300.000 torturadas e condenadas a cumprir penitências. Todo
país católico na Europa, Ásia e América tinha sua Inquisição.
Nós não podemos
aqui traçar todos os pormenores das perseguições do Anticristo com
referência a reformas, liberdade de consciência ou liberdade política. É
suficiente dizer, que estas perseguições estendiam-se a cada país onde o
Papado tinha uma posição estabelecida — na Alemanha, Holanda, Polônia,
Itália, Inglaterra, Irlanda, Escócia, França, Espanha, Portugal, Abissínia,
Índia, Cuba, México, e em alguns Países Sul Americanos. O espaço não permite
relatar os nossos casos individuais quais servem para demonstrar que muitos
dos mártires foram verdadeiros santos e heróis, que sob os mais horríveis
sofrimentos tinham grace suficiente, e foram muitas vezes habilitados,
quando morreram por insignificância, por cantar hinos de louvor e graças
para o verdadeiro Cabeça da verdadeira Igreja, e, que igual a Ele, até orou
pelos seus inimigos aqueles que, como Ele tinha predito, os perseguirão por
sua causa.*
———————
*Para
aqueles que desejam uma completa avaliação destes tempos e cenas terríveis,
recomendamos: a História da Inglaterra de Macaulay; República Holandesa de
Motley; História da Reforma de Aubigne; Dezoito Séculos de Cristãos de
White; Elliot sobre Romanismo; e o Livro dos Mártires de Fox.
Tampouco nós,
pelas mesmas razões, particularizando todo o terrível, repugnante, espírito
horrível de torturas, infligidas sobre algumas das jóias do Senhor por causa
da fidelidade para com suas convicções. Isto é estimado, por aqueles que
aparentemente têm dado o assunto através de investigação, que o Papado,
durante os mil e trezentos anos passados, tem, diretamente ou indiretamente,
causado a morte de
cinqüenta milhões
de pessoas.
E isto pode
seguramente ser dito que a ingenuidade satânica e humana foram taxadas até o
seu extremo para inventar novas e horríveis torturas, para ambos: os
políticos e religiosos oponentes do Anticristo; os últimos — hereges — foram
perseguidos com fúria dez vezes mais. Além das formas comuns de perseguição
e morte, tais como tortura, queimadura, afogamento, punhalada, fome,
fuzilamento,
[347]
com armas de fogo
e matança com flechas, corações diabólicos meditaram como as mais delicadas
e sensíveis partes do corpo, capazes de causar a mais cruciante dor,
pudessem ser afetadas; chumbo derretido era despejado dentro dos ouvidos;
línguas eram cortadas e chumbo derretido despejado para dentro da boca;
rodas foram arranjadas com lâminas cortantes de facas fixadas para que as
vítimas pudessem ser lentamente cortadas em pedaços; pinças e torqueses eram
tornadas em brasa e aplicadas sobre sensíveis partes do corpo; olhos eram
arrancados; unhas dos dedos eram arrancadas fora com ferros em brasa;
buracos, pelos quais a vítima era amarrada, eram perfurados de uma parte a
outra nos calcanhares; alguns foram forçados a saltar de certa altura sobre
longos pregos fixados abaixo, onde, tremiam de dor, eles morriam lentamente.
As bocas de alguns foram enchidas com pólvora, qual, quando incendiada,
rebentava mediante explosão as suas cabeças em pedaços; outros foram
malhados em pedaços sobre bigornas; outros, amarrados junto a fole, tinham
bombeado-lhes ar até explodirem; outros foram sufocados até a morte com
pedaços dilacerados de seus próprios corpos; outros com urina, excremento,
etc., etc.
Algumas destas
atrocidades diabólicas estariam completamente fora do crédito se não
estivessem bem autenticadas. Elas servem para demonstrar a que depravação
terrível o coração humano pode chegar; e como insensíveis à retidão, e a
todo bom instinto, os homens podem tornar-se sob a influência da
falsa, imitação
religiosa.
O espírito do
Anticristo degradou e aviltou o mundo, assim, como o espírito do verdadeiro
Cristo e o poder e influência do verdadeiro Reino de Deus tem elevado e
enobrecido os corações e ações dos homens — e como eles farão, durante o
milênio do reino de Cristo na Terra. Isto é até certo grau ilustrado pelo
avanço da civilização, e o crescimento da justiça e mercê, desde que o poder
do Anticristo começou a decair, e a Palavra de Deus começou de ser ouvida, e
atendida, ainda que levemente.
Verdadeiramente
nenhum invento artificioso do qual podemos imaginar poderia ter sido melhor
calculado para enganar e oprimir a humanidade. Vantagens têm sido tomadas de
cada disposição de- [348]
pravada
e das fraquezas dos homens caídos; cada paixão abjeta tinha sido estimulada
e atraída, e a gratificação destas paixões remuneradas. Os viciosos estavam
deste modo fascinados e alistados como seus devotos, enquanto aqueles da
classe nobre estavam comprometidos por outros meios — por uma aparência
exterior aparente e hipócrita demonstração de piedade, abnegação e caridade
manifestada em suas instituições monásticas, todavia o que serviu somente
para deixar muitos desta maneira afastados dos caminhos da virtude. Os
alegres e frívolos encontravam ampla satisfação em suas paradas e
demonstrações, suas pompas, procissões e cerimônias; os empresários,
comerciantes e cavalheiros em suas missões e cruzadas; os devassos em suas
indulgências; e os cruéis e beatos em seus empreendimentos para oprimir seus
oponentes.
No horror e terror
nós perguntamos: Por que reis, e príncipes, e imperadores, e o povo
conjuntamente permitiram tais atrocidades? Por que eles não levantaram-se já
há muito tempo e não derrotaram o Anticristo? A resposta é encontrada nas
Escrituras (Apoc. 18:3): As nações têm
bebido
(estavam
entorpecidas), e perderam seus sentidos ao beber o
vinho misturado
(doutrina,
falsidade, e verdade misturada) dado a elas pela Igreja apóstata. Eles foram
enganados pelas reivindicações do Papado. E, dizendo a verdade, eles estão
ainda em parte despertados de sua letargia; embora os embaixadores de reis,
caindo diante do papa, não fazem como os de velhos tempos que dirigiam-se a
ele como ao “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, nem o consideram
como “um Deus com poder sobre todas as coisas na terra e no céu” no entanto
eles estão ainda longe para compreender a verdade — que o Papado tem sido, e
é, a imitação do verdadeiro Reino de Satanás.
Enquanto reis e
soldados cansavam-se de tal trabalho desumano, isto não era assim com a
santa (?) hierarquia; e nós encontramos o Concílio Geral de Sienna, em 1423
d. C., declarando que a expansão da heresia em diferentes partes do mundo
era devido o
desleixo dos
Inquisidores
— para a ofensa de
Deus, à injúria ao catolicismo e à perdição das almas. Príncipes foram
advertidos,
[349]
pela mercê de
Deus, para
exterminar
a heresia se
eles quisessem escapar da vingança divina; e indulgências plenárias foram
concedidas a todos aqueles que se empenhariam no trabalho de destruição ou
providenciariam exércitos para o propósito. Estas aprovações ou promulgação
de leis eram publicadas nas igrejas todo domingo. Teólogos e historiadores
católicos romanos de nenhuma maneira são poucos que tinham controlado suas
penas de escrever na profana causa de justificar, recomendando e elogiando a
perseguição da heresia. Belarmino, por exemplo, declarou que os Apóstolos
“Absteram-se da chamada no exército secular somente porque lá nos seus dias
não existiam príncipes cristãos.” Doutor Dens, um célebre teólogo católico
romano, publicou uma obra sobre teologia em 1758, que hoje é considerada
pelos papistas como estandarte de reputação, especialmente nos seus colégios,
onde ela tem certo grau ou posição como a obra de Blackstone sobre a lei
civil na Inglaterra. Esta obra inspirou o espírito de perseguição por toda
parte. Ela condena os patronos da heresia a confiscação de bens, banimento
do país, confinamento em prisão, pena de morte e privação de sepultamento
cristão.
Uma das
autorizadas maldições
publicada no
Pontificial Católico, para ser usada contra protestantes, lê-se como segue:
“Pode Deus
Todo-Poderoso e todos seus santos amaldiçoá-los com a maldição com qual o
Diabo e seus anjos são amaldiçoados. Permitir que sejam destruídos e jogados
fora da terra dos vivos. Permitir o vil dos mortos vir sobre eles, e
deixá-los descerem com vida para dentro do túmulo. Deixar seus descendentes
serem destruídos da terra — pela fome, e sede, e nudez e permitir que de
todas aflições pereçam. Podem eles ter toda miséria, pestilência e tormento.
Permitir que todos eles sejam amaldiçoados. Sempre e em todo lugar permitir
que sejam malditos. Falantes ou silenciosos permitir que sejam destruídos.
Dentro e fora deixá-los que sejam destruídos. Desde a coroa da cabeça até a
sola do pé pode permitir que sejam amaldiçoados. Permitir seus olhos
tornarem-se cegos, deixar seus ouvidos tornarem-se surdos, deixar suas bocas
tornarem-se emudecidas, deixar suas línguas perfuradas pela maxila, não
deixar suas mãos trabalhar, não deixar seus pés andar. Deixar todos
[350]
os membros de
seus corpos amaldiçoados. Deixá-los amaldiçoados serem, estando em pé ou
deitados, desde este tempo em diante para sempre; e deste modo deixar sua
luz ser extinguida na presence de Deus, no dia do juízo. Permitir seus
sepultamentos com cães e asnos. Deixar lobos famintos devorar seus corpos.
Permitir o Diabo e seus anjos serem seus companheiros para sempre. Amém;
Amém; assim seja, permita que seja assim.”
Este é o espírito
do Papado; e todos que possuem o espírito do verdadeiro Cristo devem
prontamente reconhecer tal base uma imitação.
Desde erros de
doutrina encontrados na própria fundação de todos estes erros de conduta,
não pode ser duvidoso que se circunstâncias fossem novamente favoráveis a
isto, doutrinas sendo invariáveis, seu mau espírito e maus frutos em breve
apareceriam novamente, em similares atos de injustiça, opressão, superstição,
ignorância, e perseguição; e qualquer e todos meios concebíveis seriam
restaurados, para restaurar, apoiar, e estender a
imitação
do Reino de
Deus. Em prova disto, permitam citarmos uns poucos incidentes quais
recentemente aconteceram e chamaram nossa atenção, como segue:
Em Ahuehuetitlan,
Guererro, México 7 de agosto de 1887, um nativo missionário protestante, de
nome Abraão Gomez, e dois assistentes, foram assassinados a sangue frio
pelos nativos, por instigação de um padre católico romano, Padre Vergara,
quem, quando celebrou a missa no dia anterior, é relatado de ter instigado
seu povo para “fazer um exemplo do ministério de Satanás” aquele que tinha
vindo entre eles; acrescentando, que eles poderiam “matar ele” com toda
segurança, contando com a proteção tanto do chefe da polícia como dos
padres. A palavra dos padres era lei para o povo ignorante, e para as
autoridades civis. O corpo mutilado do pobre missionário, atirado e cortado
em pedaços, foi arrastado pelas ruas, assunto de todas as sortes de
indignidades, uma
advertência a
outros.
Por isto nenhum
socorro poderia ter sido obtido.
O jornal de Nova
York
Independent
tendo chamado
atenção a
[351]
este sangrento
massacre, a seguinte resposta foi pelo
Freeman,
um influente
jornal católico romano:
“Eles [missionários
protestantes] viram pessoas honestas ficarem ajoelhadas, ao som do
ângelus,
em honra da
Anunciação e da Encarnação. A Bíblia, eles dizem, brevemente eliminará tal ‘superstição’.
Uma luz acesa diante de uma imagem da Mãe de Deus. ‘Ah’! exclama o
missionário: Nós logo ensinaremos aos ignorantes quebrarem este símbolo,’ e
assim por diante. Se a matança de alguns missionários deste tipo deteria
outros iguais a eles no lar, nós quase — nós papistas somos tão perversos! —
estamos dispostos a dizer: ‘Prossigam com a dança; deixem alegremente ser
irrestrita.’ ”
Um ministro pelo
nome de C.G. Moule contou uma história dolorosa, qual foi ao cochilo da
multidão, da perseguição, em Madeira, de Robert Kelley e os convertidos
resultando de seus trabalhos, que com suas crianças, aproximadamente mil
pessoas ao todo, sofreram expatriações como a penalidade por receberem um
pouco de verdade.
Na “Prússia
Protestante”, assim chamado, Pastor Thummel tinha sido detido por “insulto à
Igreja Católica Romana”. Ele publicou um panfleto criticando o Papado, no
qual um dos “insultos” marcava o efeito que o Papado é uma apostasia
“construído sob superstição e idolatria”.
Recentemente as
Ilhas Carolinas estavam em disputa entre Prússia e Espanha, e o papa tornou-se
designado árbitro ou juiz, para decidir a disputa. (Muitos fazem lembrar o
único formador de seu poder e diplomacia como árbitro ou supremo juiz das
nações.) O papa decidiu em favor da Espanha. Um homem-de-guerra, cinqüenta
soldados e seis padres foram imediatamente enviados às ilhas pela Espanha; e
em sua chegada Mr. Doane, um missionário americano, foi feito prisioneiro e
cortado de toda comunicação com seus convertidos, sem motivo, exceto que ele
recusou entregar seu trabalho missionário e propriedade aos padres; e porque,
as ilhas agora pertencem à Espanha, e Espanha pertence ao papa, nenhuma
religião pode ser lá tolerada, exceto a do papa.
[352]
Um cavalheiro, em
tempos passados um católico romano, e um amigo do escritor, declarou que
recentemente, quando viajava na América do Sul, ele foi atacado com pedras e
obrigado de fugir para o resto da sua vida, porque ele não tiraria o chapéu
da sua cabeça nem se ajoelharia com a multidão, quando os padres católicos
carregando o crucifixo e a hóstia passassem pelas ruas. E um caso similar,
no qual três americanos foram atacados pelos padres, tumultuados pelo povo e
presos pela polícia da cidade de Madri, Espanha, por uma semelhante ofensa,
e sem dúvida ainda está recente nas mentes de muitos aqueles que lêem os
jornais.
O Católico
Convertido
cita como segue do
Watchman,
um
jornal católico romano publicado em São Luís, Mo.:
“Protestantismo!
Nós arrastá-lo-íamos e esquartejá-lo-íamos. Nós espetá-lo-íamos e
pendurá-lo-íamos no alto para a cova folgar. Nós feri-lo-íamos com torqueses
e queimá-lo-íamos com ferros quentes. Nós enchê-lo-íamos com chumbo
derretido, e afundá-lo-íamos no fogo infernal à cem braças de profundidade.”
À luz do passado,
isto é inteiramente provável que com tal espírito, se fosse dotado de poder,
o Editor do
Watchman
rapidamente
estenderia suas ameaças além do “Protestantismo”
para as
pessoas dos protestantes.
Em Barcelona,
Espanha, por ordem do governo, um grande número de cópias da Bíblia foram
recentemente queimadas — naturalmente instigado por Igreja de Roma. O
seguinte, traduzido do
Bandeira Católico,
o
periódico do Papado nesse ponto, demonstra que eles aprovaram e apreciaram a
ação. Ele diz:
“Graças a Deus,
temos finalmente voltado aos tempos em que aqueles que propagavam doutrinas
heréticas foram punidos com punição exemplar. O restabelecimento do Sagrado
Tribunal da Inquisição deve brevemente ocupar lugar. Seu reino será mais
glorioso e frutífero em resultados do que no passado. Nosso coração católico
transborda com fé e entusiasmo; e a imensa alegria experimentamos, quando
começamos a colher os frutos da nossa presente campanha, excede toda
imaginação. Que dia de prazer que
[353]
será para nós,
quando virmos Anticlericalistas escrevendo nas chamas da Inquisição!”
Para encorajar
outra cruzada, este jornal diz:
“Nós aceitamos
como certo publicar os nomes daqueles santos
homens sob cujas
mãos como consta muitos pecadores sofreram,
para que católicos
possam
venerar suas memórias:
“Por
Torquemada —
Homens e mulheres
queimados vivos ................................... 10.220
Queimados em
efígie ............................................................ 6.840
Condenados por
outras punições .......................................... 97.371
“Por Diego
Deza —
Homens e mulheres
queimados vivos .................................. 2.592
Queimados em
efígie ............................................................
829
Condenados a
outras penalidades ........................................ 32.
952
“Pelo Cardeal
Jiminez de Cisneros —
Homens e mulheres
queimados vivos .................................. 3.564
Queimados em
efígie ...........................................................
2.232
Condenados a
outras penalidades ........................................
48.059
“Por Adriano
de Florença
Homens e mulheres
queimados vivos ................................... 1.620
Queimados em
efígie ............................................................
560
Condenados a
outras penalidades ........................................
21. 835
——————————
“Número total
de homens e mulheres queimados vivos,
sob o ministério
de 45 santos Inquisidores Gerais ................
35.534
Número total de
queimados em efígie ................................ 18.
637
Número total de
condenados a outras penalidades .............
293.533
“Total
................................................................................
347.704
O Milênio Papal
Como o verdadeiro
Reino do verdadeiro Cristo é para durar mil anos, desta maneira a imitação
Papal olha para trás sobre o period de sua grande prosperidade, qual começou
no ano 800 d. C., e terminou na aurora do presente século, como o
cumprimento do reino Milenário predito no Apoc. 20. E o tempo atual, no qual
o Pa- [354]
pado
tem gradualmente perdido tudo de sua autoridade secular, sofrendo muitas
indignidades das nações, que outrora eram seus defensores, e foram muito
despojados dos territórios, rendas e liberdades por longo tempo
reivindicados e possuídos, romanistas consideram como um “pouco de tempo” de
Apocalipse 20:3, 7, 8, no fim do Milênio, durante qual Satanás será solto.
E as datas quais
marcam o começo e o fim do Milênio Papal de ignorância, superstição e fraude
estão claramente demonstradas na história. Um escritor*
católico romano assim refere-se ao começo deste império religioso: “A
coroação de Carlos Magno como Imperador do Oeste, pelo Papa Leão, no ano 800
d. C., foi realmente o princípio do Santo Império Romano.”
**
Apesar de que o
Papado estava organizado, como um sistema religioso, por longo tempo, antes,
e foi igualmente “estabelecido” em poder temporal em 539, d. C., no entanto
foi Carlos Magno quem primeiro verdadeiramente entregou e formalmente
reconheceu o
domínio temporal
do
papa. Como Carlos Magno foi o primeiro imperador sobre o “Santo Império
Romano”, em 800 d. C., assim Francisco II foi o último, e ele
voluntariamente entregou seu título em 1806 d. C.
+Visto
que, antes do ano 800, o Papado foi subindo, apoiado pela “besta” romana (povo)
e pelos seus “chi-
———————
*A
Cadeira de Pedro.
** “O Santo Império
Romano”
foi o título da
grande instituição política da Idade Média. Ele teve seu começo com Carlos
Magno. História Universal de Fisher, página 262, descreve-o deste modo: “Na
teoria ele foi a união do mundo e estado e do mundo e igreja — não dividida
comunidade sob Imperador e Papa, sua celestial designação [?] significando
cabeças: a secular e a espiritual.” E, desde então os papas, como no lugar
de Cristo, consagrando os imperadores, segue-se que eles foram os
verdadeiros cabeças.
+
“Pela batalha de
Marengo, 1800, e de Austerlitz, 1805, Alemanha duas vezes derrotada prostrou-se
aos pés de Napoleão. O fator preponderante ou principal resultado da última
derrota foi o estabelecimento da Confederação do Reno, sob o protetorado do
governo francês.
Este evento pôs um
fim à velha Alemanha ou Santo Império Romano,
após uma duração
de mil anos.” —
História Universal
de White, página 508.
[355]
fres” (poderes),
portanto desde 1800 ele tem sido rejeitado desde a temporária autoridade
sobre reis e povos, e tem sido rasgado, dividido e pilhado por aqueles que
outrora davam-lhe amparo. (Apoc.17:16, 17) Hoje, ainda que o receptor de
honras, e ainda dotado de uma ampla influência sobre as consciências dos
povos, o Papado lamenta sua perda de toda semelhante autoridade secular.
O cuidadoso
estudante notará quatro períodos, mais ou menos distintamente marcados, no
desenvolvimento e exaltação do Anticristo, e o mesmo número distintamente
marcando sua queda. Em seu desenvolvimento as quatro datas são:
1.º) Nos dias de
Paulo, em volta de 50 d.C., um início do trabalho secreto da ambição iníqua
foi o começo.
2.º) Papado, “o
homem do pecado”, foi
organizado
como uma
hierarquia; isto é, a Igreja chegou a uma condição organizada e os papas
chegaram a ser reconhecidos como a Cabeça, representando o Cristo, reinando
na igreja e sobre as nações, gradualmente, em redor de 300 d.C. até 494.*
3.º) O tempo
quando os papas
começaram
de exercer
poder e autoridade civil, como em seguida será demonstrado, 539 d.C.
(Vol. III, Cap.
III)
———————
*O
pontificado esforçou-se longamente pelo domínio como a cabeça da Igreja, e
gradualmente obteram reconhecimento e domínio; e que este domínio foi
geralmente reconhecido tanto prematuro como 494 d.C., está claramente
demonstrado pelo escritor romanista da
Cátedra de São
Pedro,
página 128. Depois dando em detalhes reconhecimentos do Bispo de Roma como
supremo pontífice por vários concílios, bispos, imperadores, etc., ele
resume deste modo:
“Estas palavras
foram escritas num passado muito remoto do ano de nosso Senhor 494. ... No
todo, então, isto está claro, de precedentes evidências autênticas, que a
primazia da Cátedra de São Pedro [o Bispado de Roma] tinha
desenvolvido-se
a tal
grau no quinto século, que o papa foi então universalmente considerado como
o centro da unidade cristã — o Supremo Governo e Professor da Igreja de
Deus, o Príncipe dos Bispos, o Último Arbítrio de apelos nas causas
eclesiásticas de todas as partes do mundo, e o Juiz e Moderador do Concílio
Geral, sobre qual ele presidiu pelos seus legados.”
[356]
4.º) O tempo de
exaltação, no ano 800 d.C., em que, como já demonstramos, o “Santo Império
Romano” foi formado, e o papa, coroando Carlos Magno imperador, foi
reconhecido ele mesmo como Rei dos reis, Imperador dos imperadores, “outro
Deus, na terra”.
Os quatro períodos
da queda da influência papal são como segue:
1.º) O período da
Reforma, qual, pode-se dizer, tinha seu começo em 1.400 d.C., nos escritos
de Wycliffe — seguido por Huss, Lutero, e outros.
2.º) O período do
sucesso de Napoleão, a degradação dos papas, e finalmente o arremesso à
distância do título “Imperador do Santo Império Romano”, por Francisco II
1800-1806 d.C.
3.º) A rejeição
final do papa como governador sobre Roma e o assim chamado Estado Papal da
Itália, pelos súditos do papa e o Rei da Itália, em 1870 d.C., pelo qual o
Anticristo ficou fraco e deixado sem a autoridade secular.
4.º) A extinção
final desta falsificada hierarquia, aproximará o fim do “dia da ira” e
julgamento já começado — qual terminará, como demonstrado pelos “tempos dos
gentios”, com o ano de 1914 d.C.
Há Lugar a
Dúvida?
Temos traçado a
elevação do Anticristo, de uma apostasia ou “apostasia” na Igreja cristã;
temos ouvido suas reivindicações blasfemas para ser Reino de Cristo e que
seu papa é Vigário de Cristo — “outro Deus, na terra”; temos ouvido suas
grandes e duras palavras de blasfêmia, apropriando-se de títulos e poderes
pertencentes ao verdadeiro Senhor dos senhores e Rei dos reis; temos visto
quão terrivelmente ele cumpriu a predição, “e consumirá os santos”; temos
visto que a verdade, reprimida e de
[357]
formada, seria completamente sepultada debaixo do erro, superstição e poder
sacerdotal, se o Senhor não tivesse no tempo próprio, prevenido por levantar
reformadores, deste modo ajudando seus santos — como está escrito: “Os
entendidos entre o povo ensinarão a muitos; todavia por muitos dias cairão
pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo despojo. Mas, caindo eles,
serão ajudados com pequeno socorro”. Dan. 11:33, 34.
Na visão de todo
este testemunho, há lugar a dúvida que isto foi concernente ao Papado que os
Apóstolos e profetas foram inspirados para escrever, descrevendo
minuciosamente como eles fazem suas proeminentes características? Nós
pensamos que não deve restar nenhuma dúvida em alguma mente imparcial que o
Papado é o Anticristo, o Homem do Pecado; e que nenhum homem poderia
possivelmente cumprir estas predições. Incomparável sucesso do Papado, como
um falsificado Cristo, enganando todo o mundo, tem amplamente cumprido a
predição do nosso Mestre, quando, referiu-se sobre a sua própria rejeição,
ele disse: se outro vier [vangloriando-se] em seu próprio nome,
a esse recebereis”.
— João
5:43.
Isto será
observado, não há dúvida com surpresa, por muitos, que em nosso exame do
assunto temos em geral omitido referência a vilanias, grossas imoralidades,
sobre a parte dos papas e outros oficiais, e à escuridão de fatos do
“expediente”
praticado pelos jesuítas e outras ordens secretas, que faziam toda espécie
ou classe de trabalho de detetives para o Papado. Temos omitido estes
intencionalmente, não pelo motivo que sejam falsos, visto que ainda os
católicos romanos admitem muitos deles; mas porque nossa linha de argumento
não fez requerer estas evidências. Temos demonstrado que a Hierarquia Papal
(ainda se ela fosse constituída da maioria moral e de homens honestos — qual
não é o caso como toda história testifica) é o Homem do Pecado, o Anticristo,
o falsificador e adulterador do Reino Milenar de Cristo, habilmente
arranjando desta maneira quanto a enganar.
As palavras de
Macaulay, o historiador inglês servem para
[358]
demonstrar que
alguns sem especial luz profética podem ver o maravilhoso sistema do Pecado
— a
imitação
do mais
maravilhoso de todos sistemas, o Reino de Deus, ainda por vir.
Ele disse:
“Isto é impossível
de contradizer que a política da Igreja de Roma é
a verdadeira obra-prima
da sabedoria humana
[nós diríamos
satânica]. Na verdade, apenas, só tal política poderia, em contraste com
tais assaltos, ter sustentado tais doutrinas. A experiência de doze centenas
de anos cheios de acontecimentos, a ingenuidade e o cuidado paciente de
quarenta gerações de políticos e estadistas, têm aperfeiçoado essa política
a tal perfeição, que entre os artifícios de habilidade política ela ocupa o
mais alto lugar.”
O Fim Definitivo
do Anticristo
Temos traçado o
Papado até o tempo presente, até o Dia do Senhor — o tempo da
presença
de Emanuel.
Este Homem do Pecado tem desenvolvido-se, tem feito seu trabalho terrível,
tem sido punido com a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; a quem o
Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca, rasgou-lhe o
poder
de perseguir os
santos abertamente e de modo geral, sem comentários nesta matéria como
fortes são os desejos; e agora então perguntamos, O que segue? O que disse o
Apóstolo concernente ao fim do Anticristo?
Em 2 Tess. 2:8-12,
o apóstolo Paulo declara concernente a Anticristo: “a quem o Senhor Jesus
matará
com o
sopro de sua boca e destruirá com a
manifestação da sua
presença
— Emphatic
Diaglott”. A luz da verdade é para penetrar todo assunto. Por expor direitos
e erros conduzirá para o grande conflito entre estes princípios, e entre
cada um dos expoentes humanos — causando a grande irá e o tempo de grande
tribulação. Neste conflito, o erro e o mal devem cair, e o direito e a
verdade devem triunfar. Entre outros males agora para ser finalmente e
totalmente destruído é o Anticristo, com qual quase todo mal, da teoria e
prática, está mais ou menos relacionado. E isto será este splendor —
brilhante, esta luz solar da presença do Senhor, que produzirá o
[359]
“dia da indignação,
dia de tribulação”, porque, neste dia tanto o sistema do Anticristo, como
também todos os outros sistemas maus serão destruídos; “cuja vinda [presença]
é [acompanhada enquanto dura] segundo a eficácia de Satanás [satânica
energia e ação] com todo o poder de sinais e prodígios de mentira, com todo
o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da
verdade para serem salvos. E por isso Deus lhes envia a operação do erro,
para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram
na verdade, antes tiveram prazer na injustiça”. Por este motivo indignos de
compartilhar o Reino Milenar como co-herdeiros com Cristo.
Nós entendemos
estas palavras por conterem que no tempo da
presença
do Senhor (o
tempo presente — desde 1874), através deste sistema do Anticristo (uma das
principais agências de Satanás para engano e controle do mundo), tanto como
através de todas suas outras agências, o Diabo fará uma muitíssima
desesperada resistência à nova ordem de coisas que está para ser
estabelecida. Ele tirará partido ou vantagem de toda pequena circunstância,
e de toda fraqueza e egoísmo hereditários da família humana, para alistar
seus corações e mãos e penas nesta luta final contra a liberdade e a
completa elucidação da verdade. Os preconceitos serão inflamados lá, onde a
verdade for claramente percebida, ninguém subsistiria; o ardente fervor será
despertado, e uniões partidárias serão formadas, quais enganarão e
desencaminharão muitos. E isto será assim, não porque Deus não tem feito a
verdade clarear o suficiente para guiar todos os totalmente consagrados, mas
porque aqueles que foram enganados não foram suficientemente sinceros na
procura e uso da verdade provida como “para a tempo dar-lhes o sustento”. E
deste modo isto sera manifestado que os da classe enganada não receberam
o amor da
verdade,
mas antes através
de costumes, formalidades, ou temor. E a asseveração do Apóstolo dá a
impressão para ser que, nesta agonia final do Anticristo, apesar de ele dar
a impressão de ganhar aumento de poder no mundo por novos estratagemas,
enganos e combinações, já o verdadeiro Senhor da terra, o Rei dos reis, no
[360]
tempo
de sua
presença,
prevalecerá; e
finalmente, e durante o tempo de grande tribulação, totalmente aniquilará
para sempre seu poder e decepções.
Quanto à exata
forma na qual este conflito final deve ser esperado, podemos somente fazer
sugestões, baseadas largamente sobre os aspectos simbólicos do mesmo, dados
no Apocalipse. Antecipamos a gradual formação através do mundo de dois
grandes partidos — dos quais os fiéis, santos vencedores permanecerão
separados. Estes dois grandes partidos serão compostos num lado de
Socialistas, Livres-Pensadores, Infiéis, descontentes, e verdadeiros amantes
da liberdade cujos olhos estão começando de abrirem-se para os fatos do caso
como eles relataram os ambos ao político desgoverno religioso e despotismo:
no outro lado estarão gradualmente associados os oponentes da liberdade
humana e da igualdade — Imperadores, Reis, Aristocratas; e em estreita
simpatia com estes continuará a imitação do Reino de Deus, o Anticristo,
apoiando e sendo apoiado pelos déspotas civis da terra. Esperamos, também
que a diplomacia do Anticristo será um pouco modificada e suavizada para
procurar conseguir a fácil cooperação (ainda que não em união efetiva) com
extremistas de todas denominações protestantes, aqueles que mesmo agora
estão ofegantes por uma nominal
união
mútua e com Roma —
esquecendo que a verdadeira união é que produz e continua pela verdade, e
não pelos credos, convenções e leis. É improvável como esta cooperação de
protestantes e católicos pode parecer a alguns, nós vemos inconfundíveis
sinais de sua rápida aproximação. Ela está sendo apressada pelo serviço
secreto do Papado entre seu povo, por meio do qual tais políticos que estão
dispostos a cooperar com o Papado são assistidos em proeminentes posições
nos afazeres governamentais.
Leis podem ser
esperadas logo através das quais, gradualmente, a liberdade pessoal será
cortada, sob o pretexto de
necessidade
e
[361]
bem-estar públicos;
até que, passo a passo, finalmente mostra-se que será necessário de formular
uma
“simples lei de religião”;
e deste modo
Igreja e Estado podem estar em certa medida unidos, no governo dos Estados
Unidos da América. Estas leis, simples como elas podem ser feitas, para
satisfazer tudo assim chamado
“ortodoxo”
(isto é,
popular) aos aspectos religiosos, serão calculados para reprimir e impedir
mais adiante o crescimento na graça, e no conhecimento agora “o sustento a
seu tempo”. O pretexto provavelmente será, a prevenção do socialismo,
infidelidade, e erupção política das classes humildes e independentes.
Evidentemente, no
próximo futuro, como uma parte de sua tribulação, e ainda antes da
severidade da grande tribulação deste “dia de indignação” ter estourado
sobre o mundo e destruído toda a estrutura social da terra (isto será
preparatório para a nova e melhor estrutura organizada, uma promessa sob o
verdadeiro Cristo), sera uma severa hora de julgamento e prova da verdadeira
Igreja consagrada, tanto como isto foi nos dias de triunfo do Papado; apenas
agora os métodos de perseguição serão mais refinados e mais compatíveis com
os mais civilizados métodos do tempo presente: os pregos, torqueses e rodas
(antigos instrumentos de tortura; suplício da roda) terão mais a forma de
sarcasmos e denúncias, restrições de liberdades, e boicote: social,
financeiro e político. No entanto concerne a estes, e a novas combinações
quais o Anticristo formará sem demora neste conflito contra o
estabelecimento do verdadeiro Reino Milenar.
Em conclusão neste
estudo desejamos novamente impressionar nossos leitores com o fato que o
Papado é o Anticristo, não por causa de sua obliqüidade ou desvio moral, mas
porque ele é a
imitação
do verdadeiro
Cristo e do verdadeiro Reino. Isto é por causa da falta de compreender este
fato que muitos protestantes serão enganados para cooperação com o Papado em
oposição ao verdadeiro Rei da Glória.
[362]
Fiel até a Morte
“Sou Eu um soldado
da cruz,
Um seguidor do
Cordeiro?
E devo eu temer a
Sua própria causa
Ou envergonhar-se
para falar seu nome?
“Devo eu ser
levado para o Paraíso
Em brilhantes
leitos de comodidade,
Enquanto outros
pelejam para vencer o prêmio,
E navegam através
de mares sangrentos?
“Nem existem
inimigos para mim por face?
Eu não devo
represar o dilúvio?
É este mundo
inútil um amigo da graça,
Para ajudar me em
Deus?
“Certamente eu
devo lutar se eu reinarei.
Aumente minha
coragem, Senhor.
Eu suportarei a
labuta, suportarei a dor,
Ajudado pela tua
Palavra.
“Teus santos em
toda esta gloriosa guerra
Devem ser
vitoriosos, apesar de eles morrer.
Eles vêem o
triunfo desde longa distância,
Pela fé eles
trazem ele perto.
“Quando teus dias
ilustres surgirão,
E todos teus
santos resplandecerão,
E gritos altos de
vitória lacerão os esquis,
A glória, Senhor,
será tua.”
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